Moradores de um bairro de classe média-alta de Istambul foram acordados na madrugada de segunda-feira com um tiroteio entre as forças de segurança e o dirigente de um grupo de extrema-esquerda.
Três mortos, oito feridos e um valente susto para os residentes de Bostanci - bairro de classe média-alta de Istambul - pouco habituados a tiroteio em plena madrugada. O confronto ocorreu quando a polícia se preparava para prender um dos líderes do grupo de extrema-esquerda Comando Revolucionário e foi recebida a tiro.
Helicópteros, carros blindados e centenas de polícias acabaram por ser envolvidos no tiroteio - que terá durado cinco horas - de que resultou a morte de um agente, a do activista e a de um transeunte, este atingido na cabeça. Entre os feridos estão sete polícias e um civil, um repórter de imagem de uma televisão turca, também ele surpreendido pela operação.
A operação no bairro Bostanci, situado no lado asiático da cidade turca, foi uma das 60 que a polícia realizou durante a noite de Domingo para segunda, revelou uma fonte governamental. De acordo com esta mesma fonte, as operações policiais decorreram sem incidentes e saldaram-se pela detenção de 40 suspeitos, 12 dos quais com ligações ao Comando Revolucionário, um grupo com ligações ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatista).
Em Istambul, porém, a situação foi bem menos pacífica. A polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo para o interior do edifício de apartamentos, esperando que todos os moradores abandonassem o prédio, incluindo um líder extremista que seria detido de imediato. Fortemente armado, o activista optou por responder às forças de segurança, lançando contra estas engenhos explosivos que feriram vários agentes. E o tiroteio, que prosseguiu até à eliminação do radical, acabaria por vitimar um transeunte e um polícia.
"Sou um combatente e lutarei até ao fim", afirmou o activista, em conversa com a polícia via rádio. E acrescentou: "Provavelmente irei ser morto mas a nossa luta contra o fascismo e o terrorismo irá continuar tal como no passado".
Besir Atalay, ministro do Interior turco, num encontro com a imprensa horas mais tarde, identificou o activista como sendo Orhan Yilmazkaya, um dos três líderes do grupo Comando Revolucionário. O ministro revelou ainda que este grupo atacou alvos militares e a sede, em Istambul, do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, no Governo). Por seu lado, o governador de Istambul, Muammer Güler, explicava que o grupo estava a preparar "para breve, um ataque espectacular. Apreendemos imensas armas, bombas e granadas".
"Fiquei em estado de choque, nem percebi o que estava a acontecer", disse Ilhan Kandaz, repórter de imagem da televisão turca NTV, apanhado no meio do tiroteio e ferido levemente numa orelha.
As operações policiais destinavam-se a prevenir um qualquer ataque no próximo dia 1 de Maio, que o Governo turco - sob pressão dos sindicatos - declarou, na semana passada, ser feriado nacional este ano.
Três mortos, oito feridos e um valente susto para os residentes de Bostanci - bairro de classe média-alta de Istambul - pouco habituados a tiroteio em plena madrugada. O confronto ocorreu quando a polícia se preparava para prender um dos líderes do grupo de extrema-esquerda Comando Revolucionário e foi recebida a tiro.
Helicópteros, carros blindados e centenas de polícias acabaram por ser envolvidos no tiroteio - que terá durado cinco horas - de que resultou a morte de um agente, a do activista e a de um transeunte, este atingido na cabeça. Entre os feridos estão sete polícias e um civil, um repórter de imagem de uma televisão turca, também ele surpreendido pela operação.
A operação no bairro Bostanci, situado no lado asiático da cidade turca, foi uma das 60 que a polícia realizou durante a noite de Domingo para segunda, revelou uma fonte governamental. De acordo com esta mesma fonte, as operações policiais decorreram sem incidentes e saldaram-se pela detenção de 40 suspeitos, 12 dos quais com ligações ao Comando Revolucionário, um grupo com ligações ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, separatista).
Em Istambul, porém, a situação foi bem menos pacífica. A polícia lançou granadas de gás lacrimogéneo para o interior do edifício de apartamentos, esperando que todos os moradores abandonassem o prédio, incluindo um líder extremista que seria detido de imediato. Fortemente armado, o activista optou por responder às forças de segurança, lançando contra estas engenhos explosivos que feriram vários agentes. E o tiroteio, que prosseguiu até à eliminação do radical, acabaria por vitimar um transeunte e um polícia.
"Sou um combatente e lutarei até ao fim", afirmou o activista, em conversa com a polícia via rádio. E acrescentou: "Provavelmente irei ser morto mas a nossa luta contra o fascismo e o terrorismo irá continuar tal como no passado".
Besir Atalay, ministro do Interior turco, num encontro com a imprensa horas mais tarde, identificou o activista como sendo Orhan Yilmazkaya, um dos três líderes do grupo Comando Revolucionário. O ministro revelou ainda que este grupo atacou alvos militares e a sede, em Istambul, do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, no Governo). Por seu lado, o governador de Istambul, Muammer Güler, explicava que o grupo estava a preparar "para breve, um ataque espectacular. Apreendemos imensas armas, bombas e granadas".
"Fiquei em estado de choque, nem percebi o que estava a acontecer", disse Ilhan Kandaz, repórter de imagem da televisão turca NTV, apanhado no meio do tiroteio e ferido levemente numa orelha.
As operações policiais destinavam-se a prevenir um qualquer ataque no próximo dia 1 de Maio, que o Governo turco - sob pressão dos sindicatos - declarou, na semana passada, ser feriado nacional este ano.
(Fonte: Diário de Notícias)