13 julho 2023

Yilport reclama exclusividade em Leixões


A Yilport insiste na exclusividade do TCL no porto de Leixões, onde se propõe investir entre 500 e mil milhões de euros, adianta Robert Yildirim, o líder do grupo turco.

“Agora temos tido disputas com as autoridades, que reclamam que não temos a exclusividade, mas é claro. Preto no branco. Está escrito. E queremos continuar assim para expandir o porto”, afirma, peremptório, o homem forte da Yilport.

As divergências sobre a exclusividade do TCL na movimentação de contentores no porto de Leixões arrastam-se há anos e terão sido uma das razões do protelamento da construção do novo terminal de -14 metros. Pouco antes de deixar a liderança da APDL, Nuno Araújo afirmou que o assunto estava sanado com um acordo entre as partes, o que abriria caminho ao avanço da transformação do terminal multiusos num novo terminal de contentores.

O CEO e Chairman da Yilport desfaz a ideia de existência de qualquer acordo e, outrossim, mantém, os planos de expansão, apresentados por si, em Leixões, já em 2019 (aquando da assinatura da renegociaçãpo do contrato de concessão), e reafirmados no final de 2021, pelo então co-CEO Nicolas Sartini (na comemoração do recorde dos 700 mil TEU).

“Queremos construir no lado Norte um novo terminal de contentores e carga geral”, afirma Robert Yildirim, “mas estamos com dificuldades. Temos dialogado com os ministros, mas os ministros dos Transportes estão sempre a mudar, e quando explicamos a situação o ministro sai. E quando o apresentamos ao novo ministro, e o fazemos entender, e estamos à beira de conseguir o apoio, muda de novo”.

“Mais de 500 milhões de euros”, podendo chegar aos “mil milhões, é o montante do investimento proposto pela Yilport para Leixões. Para o lado Norte do porto (tendo por base o actual terminal de contentores Norte do TCL), Robert Yildirim fala num terminal “state of the art”, equipado com “pórticos super-post-panamax”, com “dragagens e fundos para trazer os maiores navios do mundo”, mais terraplenos e novas e maiores frentes de cais.

O projecto, diz, já foi actualizado várias vezes – “a versão actual é a melhor” -, mas “ainda não sabemos o que a autoridade portuária nos deixará fazer, em termos de dimensões físicas: localização, terraplenos, cais,…”.

No entretanto, e desde que assumiu o controlo do TCL, a Yilport já investiu “cerca de 50 milhões de euros” na modernização e aumento da capacidade do terminal de contentores. Robert Yildirim refere, a propósito, a instalação dos RTG automatizados, as melhorias no parque de contentores e a adopção do sistema de gestão Navis (que não correu bem, concede, tendo originado protestos dos transportadores rodoviários).

“Hoje o TCL está a trabalhar a 110% da capacidade”, garante.

(Fonte: Transportes e Negócios)

03 julho 2023

Turquia vence no campeonato da inflação

Num ano em que os custos subiram acentuadamente, os atores da indústria da moda inflacionaram os preços, mas esse aumento não tem sido transferido para o consumidor ao mesmo ritmo em todos os países. Mercados como Espanha, Islândia e Noruega mantiveram uma certa estabilidade dos preços, enquanto na Turquia, o aumento dos preços chegou a 31,5%, devido à desvalorização da lira.

De acordo com os dados da Eurostat, a agência de estatística europeia, a Turquia lidera a lista dos mercados mais inflacionistas, seguida pela República Checa, com uma subida de 18,5% dos preços em 2022, e pela Croácia (+7,3%). O top 5 encerra com a Bulgária (+6,7%) e a Estónia (+6,5%).

Em Portugal, os preços (incluindo calçado) subiram 0,8%, sendo que, considerando apenas o vestuário, a inflação foi de 1,1%.

Em Itália o aumento dos preços dos artigos de moda foi de 1,5% e em França de 2,7%. Já em Espanha, os preços do vestuário e calçado mantiveram-se iguais a 2021, na Islândia aumentaram 0,3% e na Noruega cresceram 0,5%.

De acordo com o Eurostat, no conjunto da União Europeia, a inflação do sector foi de 2,9%, em comparação com 1% registado em 2021. Desde 2018, a tendência tem sido de crescimento, tendo 2022 sido o ano mais inflacionista para a União Europeia.

O aumento dos preços na moda, contudo, situa-se bastante abaixo do registado no geral, onde a inflação atingiu 9,2%, em comparação com 2,9% no ano anterior, 0,7% em 2020 e 1,5% em 2019.

Nos EUA, o índice de preços ao consumidor aumentou 5,5% no ano passado, sendo a maior subida dos preços da moda nos últimos cinco anos. Em 2021, os preços do sector registaram um aumento de 2,4% e em 2020 houve uma queda de 4,3%.

(Fonte: Portugal Têxtil)