31 maio 2014

VII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica com convidado turco

Estes são alguns dos temas que vão ser abordados no VII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica, sob o tema “Iter aqua in Europa”, que decorre de 5 a 7 de junho, nas Termas do Luso. A sessão de abertura decorrerá dia 5 de Junho, pelas 16h00.
“Embora pouco divulgada, a Medicina Hidrológica é extremamente eficaz no combate às doenças crónicas, perturbações funcionais e doenças da civilização, como o stress e a ansiedade, sendo uma especialidade reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Com este congresso, vamos demonstrar que os tratamentos termais contribuem para a diminuição do consumo de fármacos e para o bem-estar geral da população.”, refere Teresa Vieira, Presidente da Associação de Termas de Portugal.
O VII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica é presidido pelo Dr. Pedro Cantista, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica, recentemente eleito no Japão Presidente da ISMH – International Society of Medical Hydrology. Entre os oradores vão marca presença especialistas nacionais como Frederico Teixeira, Luís Cardoso de Oliveira, António José dos Santos Silva, Albano Saraiva, Celso Gomes, Sérgio Franco, Paula Padrão, entre outros e vários convidados internacionais: Mufit Zeky Karagulle, da Turquia; Christian François Roques, de França; Francisco Maraver, de Espanha; Marco Vitale vindo de Itália e o polaco Jacek Chojnowski, Thierry Dubois, presidente do CNETh – Thermes et cures thermales en France e o Prof. de Direito Alcestre Santuari, cuja actividade se centra na defesa da circulação de doentes da União Europeia.
 
(Fonte: Local.Pt)

28 maio 2014

Turismo português na Turquia baixou 8,2% nos primeiros quatro meses de 2014

A Turquia recebeu 10.119 turistas portugueses no primeiro quadrimestre deste ano, -8,2% ou menos 903 que no período homólogo de 2013, mas ainda +5,1% ou mais 495 que há dois anos, de acordo com os dados do Ministério turco da Cultura e do Turismo.
A evolução no quadrimestre foi, relativamente a 2013, melhor que no mês de Abril, em que houve um decréscimo do número de visitantes portugueses em 9,7% ou 457, para 4.276, que também é um menor que o de Abril de 2012, em 3% ou 133.
Dados do Aeroporto de Lisboa, indicam que a Turkish Airlines, única companhia com voos regulares directos entre Portugal (Lisboa) e a Turquia (Istambul) somou 11,6 mil passageiros em Abril, +40,4% ou mais 3,3 mil que há um ano, e no quadrimestre teve um aumento em 17,6% ou 53 mil, para 35,4 mil.
Os dados do Ministério turco mostram que nos primeiros quatro meses a Turquia recebeu sete milhões de visitantes, +5,1% ou mais 337,7 mil que há um ano, pelo aumento do número de turistas (visitantes que pernoitaram pelo menos uma noite) em 6,3% ou 404,8 mil, para 6,855 milhões, o qual compensou o decréscimo dos excursionistas (que não pernoitam no destino) em 31,2% ou 67,1 mil, para 147,9 mil.
Os maiores emissores foram a Alemanha, com 887,6 mil, abaixo do primeiro quadrimestre de 3,3% ou 30,2 mil, e o Irão, que com um aumento em 51,7% ou 171,3 mil, para 503,8 mil, foi o ‘seguro’ do crescimento no quadrimestre.
A Geórgia foi o terceiro emissor, com 462 mil, em ligeira quebra de 0,9% ou 4,2 mil, à frente da Bulgária, com 440,4 mil, +5,5% ou mais 22,9 mil que há um ano, e da Rússia, com 423,6 mil, +6,9% ou mais 27,5 mil.
O conjunto dos restantes mercados emissores teve um aumento médio em 5,1%, que significou mais 337,7 mil, para 4,28 milhões.
Neste lote destacam-se o Reino Unido, com 275,1 mil (+8,9% ou mais 22,5 mil), Grécia, com 249,4 mil (+23,5% ou mais 47,5 mil), Holanda, com 233,9 mil (+6,3% ou mais 13,8 mil), Iraque, com 217 mil (+41% ou mais 63,1 mil), França, com 209,4 mil (-0,6% ou menos 1,2 mil).
 
(Fonte: PressTur)

27 maio 2014

Delegação turca visita InvestBraga

O Município de Braga e a InvestBraga recebem uma delegação turca que realiza visita oficial a Braga. 

O encontro terá lugar amanhã, quarta-feira, dia 28 de Maio, pelas 10h30, no Parque de Exposições de Braga.

Com o objectivo de aprofundar laços de cooperação e concretizar novas parcerias e investimentos em diversas áreas, a delegação turca, presidida por Kadir Sertel Otcu, vice-governador da província de Hatay, na Turquia, realiza uma visita de cinco dias à cidade de Braga.

 (Fonte: Local.PT)

Braga estreita relações com a Turquia

Aprofundar laços de cooperação e concretizar novas parcerias e investimentos em diversas áreas como o turismo religioso e a dinamização económica é o objectivo da visita de cinco dias que uma delegação turca está a realizar à cidade de Braga.
Presidida por Kadir Sertel Otcu, vice-governador da província de Hatay, na Turquia, a comitiva foi recebida ontem pelo executivo de Ricardo Rio.
“Esta visita serve para fortalecermos o intercâmbio de ideias. Braga e Hatay têm histórias similares e o turismo religioso, tal como a boa gastronomia, são imagens de marca e temos muitas coisas em comum”, salientou Ahmet Saldiran, director de projectos de Hatay, deixando o convite para que os responsáveis bracarenses retribuam a visita à província turca.
Este foi o primeiro dia da visita, no entanto, o responsável mostrou-se encantado com o que foi possível ver. “Estivemos no Bom Jesus, um espaço maravilhoso para o turismo religioso. Em Hatay também temos muitas igrejas, contudo, não possuímos aquela magnífica zona envolvente”, referiu Ahamet Saldiran.
Esta é uma visita que se insere na “política de geminações” do executivo municipal e, segundo Rio, é necessário “rever as geminações existentes e encontrar novas parcerias e ligações internacionais que possibilitem a abertura a novos mercados turísticos e o reforço da cooperação empresarial.
Esta parceria vem no seguimento da presença do Município de Braga na EU-Turkey Town Twinning Conference, realizada em Ancara, em Abril último, com a presença de várias cidades. Na ocasião foram “identificadas diversas afinidades com Hatay”, lembrou Ricardo Rio, salientando o ”intenso programa da visita, com vários contactos de promoção turística e com empresas locais de vários sectores”, prometendo “retribuir a visita, inserida num projecto financiado pela União Europeia, de forma a formalizar a parceria com Hatay”.
Segundo Rio, Braga “nunca aproveitou verdadeiramente as geminações que tinha, nem nunca teve uma visão estratégica das mesmas”, e lembrou a recente visita de responsáveis da cidade francesa de Puteaux, que abriu “oportunidades de colaboração na área da cultura e juventude” e a formalização da geminação com o Rio de Janeiro após “um impasse que se verificou durante o mandato anterior”.
Esta política de parcerias terá um novo fulgor, visto perspectivar-se novas geminações com outras cidades como Tianjin, na China, em que a sua Universidade é “parceira da Universidade do Minho, tendo sido dados passos importantes, nesse sentido por parte da InvestBraga, que fez parte da comitiva do Presidente da República na recente visita àquele território asiático”, adiantou Ricardo Rio.
 

23 maio 2014

Altitude Software espera ter em 2014 melhor ano de sempre na Turquia

A tecnológica portuguesa, especializada em centros de contacto, está neste mercado há cerca de dois anos e o negócio próspera a cada mês que passa, impulsionado pelo crescimento dos centros de contacto e pela “excelência” dos parceiros que tem no terreno.
A entrada da Altitude Software no mercado turco fez-se através de uma parceria com a Alotech, uma pequena, mas muito reputada, empresa de engenharia especializada na integração de sistemas, encontrada numa feira de negócios. Um outro acordo de âmbito mundial, estabelecido entre a Altitude Software e a Alcatel Lucent Entrepises, deu projeção à presença da tecnológica neste mercado.
Atualmente, as soluções da portuguesa são comercializadas na Turquia através destas duas empresas. “Temos os parceiros certos para este mercado, que é um mercado exigente, um mercado stressante, com o qual é preciso saber lidar”, salienta Rogério Neiva, vincando a importância de uma economia em crescimento, que precisa e exige serviços modernos.
Um desses serviços é os centros de contacto, um dos setores que mais tem evoluído e crescido e no qual operam grandes empresas. Existem atualmente, neste país, para cima de mil infraestruturas do género, que dão emprego a mais de 50 mil pessoas.
Para vencer neste mercado, junto fundamentalmente das grandes empresas, que são quem compra as suas soluções, a tecnológica portuguesa tem como principal argumento o Altitude uCI (Unified Customer Interaction), cuja última versão – 8 – foi recentemente lançada e já está em utilização em 1100 centros de contacto em todo o mundo. Ao incluir centenas de novas funcionalidades, a Altitude uCI8 inova em quatro áreas fundamentais: decisões informadas em tempo real; interações unificadas com as redes sociais; processos de negócio multimédia e campanhas inteligentes.
A Altitude uCI é uma suite de soluções de software que permite a gestão unificada, em tempo-real, de operações e serviços empresariais de serviço ao cliente, help desk, cobranças, televendas e inquéritos, entre outros.
Segundo Rogério Neiva, a Turquia tem, na Alotech e na Alcatel Lucent, “distribuidores de excelência”, pelo que uma eventual presença física nem sequer foi objeto de discussão. O envolvimento da tecnológica com os parceiros, que, na prática, são os distribuidores das suas soluções, é de tal ordem que é normal estes enviarem colaboradores seus para receberem formação específica em Portugal.
Criada em 1993 com o nome de Easyphone, a Altitude Software, fornecedor de soluções de software multi-plataforma, é hoje uma empresa fortemente internacionalizada, realizando cerca de 90% das suas vendas no mercado global.
Com sede em Lisboa, onde se encontra o seu centro de investigação e desenvolvimento, a tecnológica tem presença direta em 16 países em quatro continentes, a saber: Espanha, França, Bélgica, Reino Unido, Suécia, Alemanha, Brasil, México, Colômbia, Argentina, Canadá, Emiratos Árabes Unidos, Israel, Índia e Filipinas. Emprega cerca de 300 pessoas a nível mundial, com mais de 150 colaboradores altamente qualificados, em Portugal. A equipa reúne 20 nacionalidades.
A Altitude Software tem cerca de 1100 clientes (utilizando 300 mil licenças) de todas as dimensões em 80 países, apoiados diretamente ou através de uma vasta rede de parceiros. Esta rede conta com cerca de 160 membros, que disponibilizam soluções para centros de contacto com recurso aos produtos e serviços da Altitude. Siemens, NextiraOne, Teledata, Orange Business Services, Wipro Infotech, Fujitsu Services e Spanlink são alguns desses parceiros.
Como fornecedor de soluções de software multi-plataforma, a Altitude Software estabeleceu parcerias de desenvolvimento com um conjunto de fornecedores de infraestruturas e sistemas empresariais, como a Alcatel-Lucent, Avaya, Cisco, Microsoft, Oracle e SAP.
 
(Fonte: Oje)

19 maio 2014

Sensores da mina turca alertaram dias antes para alta concentração de gás tóxico

Os sensores da mina de carvão turca onde morreram 301 mineiros na semana passada alertaram, dois dias antes do acidente, para uma concentração pouco habitual de monóxido de carbono, informou, esta segunda-feira, o diário "Hürriyet".
O registo dos sensores, ao qual foi possível aceder através dos computadores apreendidos pela investigação ao acidente da semana passada, mostra um nível muito alto de monóxido de carbono dois dias antes da tragédia causada por uma explosão e pelo incêndio que se seguiu.
No entanto, a direcção da mina não tomou qualquer medida, segundo vários meios turcos.
A polícia turca deteve até agora 25 pessoas, entre as quais altos responsáveis da Soma Holding, a empresa gestora da mina de carvão de Soma, na zona ocidental do país.
Os detidos são suspeitos de homicídio "por negligência e descuidado" no mais grave acidente mineiro da história da Turquia.
Após serem interrogados, 15 dos detidos foram deixados em liberdade enquanto aguardam os próximos passos do processo, sendo possível que, esta segunda-feira, haja mais detenções, informou a imprensa local.
Entre os detidos há alguns altos dirigentes da empresa, nomeadamente o diretor geral, Ramazan Doğru, ou o director de operações, Akın Çelik.
Doğru e Çelik realizaram na semana passada uma polémica conferência de imprensa, juntamente com Alp Gürkan, o proprietário do grupo, na qual rejeitaram qualquer responsabilidade pelo acidente.
Can Gürkan, filho do proprietário da exploração também estará detido, segundo os media.
"Eu não sou responsável, os responsáveis são os especialistas em segurança laboral. Sinto-me muito mal pelo que aconteceu. Foram tomadas todas as medidas", disse Çelik, na sua primeira declaração judicial, segundo o diário Hürriyet.
O procurador responsável pelo caso, Bekir Sahiner, declarou à imprensa na noite de domingo que a tragédia ocorreu devido à queima de carvão dentro da exploração, devido ao incêndio inicial, o que libertou o monóxido de carbono que acabou com a vida dos trabalhadores.
Segundo o Hürriyet, há outros indícios de que a administração da mina ignorou repetidos avisos sobre as precárias condições de segurança, informa o diário.
Um sobrevivente do desastre afirma que duas semanas antes da tragédia ouviu um electricista advertir de forma insistente um dos supervisores sobre o mau estado de uns cabos elétricos, cujas faíscas poderiam provocar "um desastre".
 

Muhammed Çetin: "Erdoğan faz mal à Turquia"

Seguidor de Fethullah Gülen, Muhammed Çetin é autor de várias obras sobre o movimento Gülen, também chamado Hizmet (Serviço). Em 2011, aceitou ser candidato a deputado nas listas do AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento) e precisou de ser eleito para concluir que o primeiro-ministro é um “egoísta e um autoritário” que só “se move pela ambição pessoal”. Em ruptura com Recep Tayyip Erdogan, o Hizmet é um movimento com milhões de seguidores e uma rede de escolas e universidades em 160 países, às quais junta um império mediático, uma federação empresarial e associações empresariais. Os críticos falam em “sociedade secreta” e os nacionalistas turcos chegaram a acusar Gülen (que vive nos Estados Unidos desde 1998) de ser “agente da CIA”.
Os gulenistas defendem a modernização do islão e a separação entre política e religião. Gülen começou com campos de férias e a acabou por criar uma poderosa rede global. “A educação é o direito mais básico dado por Deus e garantido pela Constituição”, diz Çetin, que esteve em Portugal a convite da Associação de Amizade Luso-Turca, três meses depois de ter abandonado a bancada do AKP na sequência de um escândalo de corrupção que envolve o partido e pode chegar ao primeiro-ministro. Mantendo-se como deputado independente, diz que fará o que puder para mudar a Turquia através “do diálogo pacífico e do respeito mútuo”.
Quando é que descobriu Gülen?
Foi por volta de 1978 ouvi falar nele, mas só em 1980 é que me envolvi. Era o tempo do terrorismo e dos golpes de Estado na Turquia e eu era um activista político. As pessoas estavam a matar-se umas às outras e havia bombas a explodir, eu pensava que a violência não podia ser a solução para a Turquia. Voltei a ouvir uma série de conferências de Gülen e ele era completamente contra a violência. Dizia que se queríamos contribuir para o nosso país teríamos de o fazer através da educação, do diálogo, do entendimento e do respeito mútuos, e eu fiquei atónito. Pensei que era exactamente o que queria fazer. A educação fazia sentido e foi assim que me envolvi completamente com o movimento.
Mas trabalhou muito fora da Turquia.
Sim, estive cinco anos na Turquia mas completei a minha educação no Reino Unido e depois fui ensinar para os Estados Unidos. E foi quando lá estava que o primeiro-ministro me telefonou a perguntar se eu não queria candidatar-me a deputado por Istambul, mesmo não sendo eu membro do partido. Fui eleito, estive no Comité da NATO e fui vice-presidente do Comité dos Assuntos Externos. Pensámos que eles podiam beneficiar da nossa experiência. Na altura, a Turquia não estava com muito boas relações com os EUA e nós somos muito activos no diálogo intercultural e inter-religioso e na academia, pensámos que podíamos contribuir para diminuir a tensão.
Houve uma aliança entre o AKP e Gülen, mas isso foi algo discutido formalmente, planeado?
Não, nunca houve uma discussão formal sobre uma aliança, nós decidimos apoiar Erdogan e o seu partido porque ele disse que haveria uma nova Constituição, uma Constituição civil, disse que ia ser rápido no processo de adesão à União Europeia; que não haveria controlo sobre a sociedade civil; que as liberdades civis seriam alargadas; que não haveria mais nenhum conflito armado com os curdos… Era tudo o que nós queríamos e já defendíamos. A paz com os curdos é muito importante, faz-se através da educação e da melhoria das condições de vida. Nós acreditávamos em tudo o que ele dizia defender. Mas depois ele abandonou tudo isso, voltou atrás, envolveu-se na corrupção e lançou-se numa retórica dura e imparável e nós retirámos-lhe o apoio.
É verdade que o movimento se infiltrou nas forças polícias e na justiça, colocando membros em cargos importantes de várias áreas da função pública?
Eu chamo a atenção para uma série de acontecimentos e a irracionalidade da acusação de que nós estamos por trás das denúncias de corrupção ficará evidente. Primeiro, disse que o embaixador norte-americano estava por trás de tudo; depois, disse que os autores da conspiração eram a Alemanha, Angela Merkel e a Lufthansa, porque a Turquia ia construir o terceiro maior aeroporto da Europa e eles não queriam isso. Quando os alemães responderam com dureza, ele acusou lobbys – interrogado sobre a natureza desses lobbys, respondeu ‘Israel e a diáspora judaica’. Quando todas estas pessoas rejeitaram estas acusações ridículas, ele disse que os EUA e a Europa eram os autores das escutas [a membros do partido e ao próprio Erdogan] e que as tinham passado ao movimento Gülen para que nós as divulgássemos às suas ordens…
Mas se num determinado momento Erdogan e o movimento estiveram juntos é natural que várias pessoas tenham acedido a cargos importantes.
Nessa altura, 80% do AKP apoiava o nosso movimento, os filhos deles iam às nossas escolas, os filhos dos deputados também, acediam às bolsas do movimento. As pessoas estavam juntas. Quando tudo se tornou terrível, com este discurso de polarização, percebemos que a Turquia estava a perder e tivemos que desistir.
 
(Fonte: Público)

17 maio 2014

Balanço definitivo: Explosão na mina turca de Soma fez 301 mortos

As equipas de socorristas retiraram hoje os corpos de mais dois mineiros da mina de Soma e foi dada por encerrada a operação com um balanço definitivo de 301 mortos, anunciou o ministro da Energia da Turquia, Taner Yıldız.
"A missão de resgate chegou ao fim. Já não há nenhum mineiro no fundo da mina", disse Yıldız aos jornalistas, quatro dias após a explosão que devastou o local, na zona oeste da Turquia.
O acidente motivou uma nova onda de protestos contra o Governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdoğan, acusado de ter negligenciado a segurança dos mineiros e de ser indiferente à sua sorte.
 
(Fonte: Destak)

15 maio 2014

Tragédia em mina turca atinge o primeiro-ministro

Milhares de turcos protestaram quarta-feira nas ruas exigindo a demissão do primeiro-ministro, na sequência da explosão da mina de carvão em Soma, que vitimou pelo menos 282 mineiros, segundo o último balanço oficial. Cerca de 150 trabalhadores continuam soterrados no interior da mina, afirmou o ministro da Energia Taner Yıldız.
O Governo de Recep Tayyip Erdoğan é acusado de negligência por não salvaguardar a segurança dos trabalhadores do sector mineiro, que são alvo de frequentes acidentes no país. 
"Infelizmente estes acidentes são normais", declarou o primeiro-ministro turco, numa conferência de imprensa em Soma, citado pela BBC, enumerando várias tragédias que ocorreram no passado a nível mundial, incluindo acidentes mineiros na Grã-Bretanha durante o século XIX. E garantiu "todos os esforços" na operação de resgate e na investigação das causas do acidente. 
Chefe do Governo travado por manifestantes
A saída do local, o carro oficial de Recep Tayyip Erdoğan foi travado por manifestantes, obrigando o chefe do Governo turco a refugiar-se num supermercado até à chegada de reforço policial, refere o jornal turco "Today's Zaman". Oito pessoas foram detidas.
Também em Ancara cerca de 800 manifestantes tentaram marchar da zona universitária até ao Ministério da Indústria, em jeito de protesto, mas foram depois impedidos pela polícia, que usou gás lacrimogéneo e canhões de água.
Em Istambul, as autoridades recorreram também a canhões de água para dispersarem os manifestantes na Avenida de Istiklal, principal zona de comércio. O lema era comum: "Não foi um acidente, foi um assassinato", gritavam os manifestantes. 
Falta de segurança na mina 
Entretanto, um grupo de engenheiros, que está a investigar o caso, garante que a explosão não foi causada por uma falha elétrica, como foi inicialmente avançado. "A primeira inspecção revela que os sistemas de ar e de expulsão de gases na mina eram velhos e insuficientes", acusam os especialistas.  
Também a Confederação de Sindicatos Operários Revolucionários (DISK) denuncia a falta de segurança nas minas que são privatizadas, apelando para que a população saia para as ruas em protesto.
O deputado do Partido Popular Republicano (CHP), Özgür Özel, revelou também que 20 dias antes da tragédia o Parlamento tinha chumbado uma moção apresentada por todos os grupos parlamentares da oposição para se inspecionar a mina de Soma, o que aumenta as suspeitas sobre a falta de segurança no local.
A Turquia é o terceiro país da Europa no ranking da sinistralidade laboral. A tragédia na mina de Soma transformou-se na mais mortífera da história do país, depois da explosão da mina de Zonguldak, em 1992, que causou a morte a 263 mineiros

(Fonte: Expresso)

14 maio 2014

O Governo português expressou as suas condolências à Turquia pelo acidente «terrível» que ocorreu na terça-feira numa mina de carvão, causando pelo menos 238 mortos, anunciou esta quarta-feira fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Em declarações à Lusa, a mesma fonte referiu que o ministro Rui Machete enviou uma carta de condolências ao seu homólogo turco, Ahmet Davutoğlu.
Na carta, o governante exprimiu «grande tristeza» pelo «acidente terrível que ocorreu na mina de carvão».
«Neste momento de pesar, o Governo português deseja expressar as suas mais sentidas condolências às autoridades turcas pela perda trágica de vidas humanas», transmitindo ainda às famílias das vítimas e ao povo turco a sua mais profunda solidariedade.
O balanço da explosão na mina de carvão eleva-se a 238 mortos, anunciou hoje o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdoğan, que referiu ainda que cerca de 120 mineiros permanecem presos.
Mais de 360 mineiros foram retirados com vida da mina, onde ocorreu uma explosão que provocou um incêndio.
«As nossas esperanças [de encontrar sobreviventes] diminuem cada vez mais», disse.
O Governo turco decretou três dias de luto nacional, a partir de terça-feira, dia do acidente, um dos piores desastres industriais no país.
As explosões em minas são frequentes na Turquia, em particular nas do sector privado, onde as medidas de segurança não são frequentemente aplicadas.
O acidente mais grave ocorreu em 1992, quando 263 mineiros morreram numa explosão de gás na mina de Zonguldak (norte), zona da maior bacia mineira de carvão na Turquia.
 
(Fonte: TVI24)

13 maio 2014

Turquia condenada a pagar 90 milhões de euros ao Chipre

A Turquia foi condenada pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos a pagar 90 milhões de euros ao Chipre pelos danos causados durante a invasão militar, em 1974.
A alta instância decidiu que 60 milhões deverão reverter para os Cipriotas gregos que ainda residem em Carpas, península no norte administrada pela Turquia.
Os restantes 30 milhões, e os devidos impostos, como explicou o juiz destinam-se a compensar os danos morais das famílias dos desaparecidos.
A Turquia já anunciou que não acatará a sentença. O governo do Chipre mostrou-se satisfeito.
Há 40 anos o exército turco ocupou a parte norte da ilha cipriota. Respondia a um golpe de Estado, dos cipriotas gregos, que pretendia unificar a ilha com a Grécia. Em 1983 a região norte autoproclamou-se República Turca do Norte do Chipre, situação reconhecida apenas pela Turquia.
A decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos acontece no momento em que se retomam as conversações sobre a unificação da ilha cipriota, mediadas pelas Nações Unidas.
 
(Fonte: Euronews)