24 abril 2013

Recompensa milionária para o Fenerbahçe eliminar o Benfica

Cinco milhões de dólares (cerca de 3,8 milhões de euros) é quanto o plantel do Fenerbahçe, incluindo o médio português Raul Meireles, vai receber como prémio monetário, caso elimine o Benfica nas meias-finais da Liga Europa, cuja primeira mão se disputa nesta quinta-feira, em Istambul.
De acordo com a imprensa turca desta quarta-feira, os donos do Fenerbahçe decidiram abrir os “cordões à bolsa” e aumentar os prémios de jogo para o seus jogadores, podendo esse montante subir aos 10 milhões de dólares (cerca 7,7 milhões de euros) caso vençam mesmo a competição.
De acordo com imprensa local, a formação da zona asiática de Istambul está praticamente afastada do título nacional e, apesar de ainda estar nas meias-finais da Taça da Turquia, aposta tudo na Liga Europa e na primeira conquista de uma competição do velho continente.
Até hoje, o máximo que o Fenerbahçe alcançou foram os quartos-de-final da Liga dos Campeões, em 2007-08.
 
(Fonte: Público)

Fenerbahçe tenta "novo capítulo" frente ao Benfica

O treinador Aykut Kocaman falou do orgulho e honra em liderar o Fenerbahçe SK na sua primeira meia-final das competições da UEFA, bem como defrontar um adversário do calibre do SL Benfica, mas insistiu que é chegada a hora da equipa turca.
"Este jogo vai ser um novo capítulo na nossa história", disse Kocaman. "Após eliminarmos o Plzeň e chegarmos aos quartos-de-final, disse que havia pouco para escolher entre as equipas ainda em prova. Agora acontece o mesmo e tudo se vai resumir às equipas que estiverem em melhor forma, que forem capazes de obrigar o adversário a cometer erros. Serão essas equipas que vão atingir a final."
As esperanças do Fenerbahçe em ultrapassar o Galatasaray AŞ na liderança da Super League turca sofreram um sério revés no domingo, por culpa da derrota por 2-0 com o Gençlerbirligi SK. Ainda assim, existe a sensação de que quinta-feira trará novas oportunidades.
Kocaman sublinhou o facto de, apesar de o clube de Istambul possuir "vários títulos nacionais" – 18 campeonatos no total –, as conquistas europeias têm-lhe escapado até ao momento. "Se formos a ver a experiência e sucessos recentes, o Benfica está um passo à nossa frente, mas já aqui estivemos", acrescentou o técnico de 47 anos, talvez baseando-se no triunfo sobre a S.S. Lazio, nos quartos-de-final. "Devemos ser agressivos, mas mantendo o equilíbrio em todo o relvado – os adeptos também têm de ser pacientes. Não devemos sofrer golos."
Kocaman, que não vai poder contar com o castigado Caner Erkin, espera um Benfica forte, especialmente nos instantes iniciais. De facto, o seu homólogo, Jorge Jesus, diz que as "águias" aterraram em Istambul com apenas um objectivo em mente: dominar o jogo. "Tentamos sempre atacar de forma perigosa, graças à rapidez dos nossos jogadores", disse Jesus, que não pode contar com o médio Enzo Peréz, castigado. "A nossa mentalidade é tentar marcar em todos os estádios, mesmo fora de casa. Por isso, amanhã não vamos mudar a nossa abordagem." "Estamos a jogar melhor em casa do que fora. Por esse motivo, se é para cometer erros, que seja amanhã, porque em casa somos muito fortes – essa é uma das nossas maiores vantagens. Encontramos sempre maneira de marcar em casa. Seremos capazes de marcar aqui? Vamos jogar para marcar pelo menos um golo." Ao mesmo tempo que destaca o positivismo do líder da Liga portuguesa, Jesus também está ciente da qualidade que Kocaman tem ao seu dispor. "São muito perigosos no ataque, precisamos de estar atentos", avisou. "Todos conhecem o médio brasileiro Cristian, e a qualidade técnica que possui. [Dirk] Kuyt passou pelo Liverpool antes de chegar ao Fenerbahçe e é um jogador de renome, para além de Moussa Sow, que marcou muitos golos aquando da sua passagem pelo Lille – é um avançado muito forte."

(Fonte: UEFA)

23 abril 2013

Volta à Turquia: José Mendes em 12.º

José Mendes, da NetApp, esteve em bom plano na terceira etapa da Volta à Turquia, a primeira de montanha da presente edição, ao cortar a meta no 12.º lugar, a 39 segundos. Bruno Pires, da Saxo-Tinkoff, foi 24.º (a 2.24 minutos), enquanto o sprinter Manuel Cardoso (Caja Rural) classificou-se no 91.º posto, a 13.09 minutos. Na geral, os Portugueses ocupam, respectivamente, o 12.º (a 49 segundos), 24.º (a 2.34 minutos) e 92.º (a 13.19 minutos) lugares. A grande surpresa da etapa veio do Eritreu Natnael Berhane, da Europcar. Aos 22 anos, o jovem africano, que passa agora a ser também o líder da corrida, conquistou a vitória mais importante da sua carreira, atacando na última subida para fazer a diferença.
 
(Fonte: Record)

08 abril 2013

Istambul: Tensão no julgamento do caso Ergenekon

Nem a forte presença de forças de segurança demoveu mais de uma centena de manifestantes de tentarem quebrar a barreira policial junto à prisão de Silivri, na Turquia. É aqui que está a decorrer o julgamento de 275 pessoas acusadas de conluio contra o Governo de Ancara.
Os réus fazem parte da chamada rede Ergenekon, uma organização ultra nacionalista que se inspira na doutrina do pai fundador da Turquia moderna, Kemal Atatürk, e estão a ser julgados num tribunal no interior da penitenciária de alta segurança do distrito de Istambul.
Para dispersar os manifestantes, a polícia recorreu a canhões de água e gás lacrimogéneo. O vento forte que se fez sentir empurrou o gás lacrimogéneo para o interior da sala de julgamento, afectando os presentes.
Entre os 275 réus encontra-se o comandante das forças armadas na reforma, Ilker Başbuğ, bem como outras altas patentes militares turcas, e os jornalistas de renome Tuncay Özkan e Mustafa Balbay.
Na sessão do julgamento de 18 de Março o procurador pediu prisão perpétua sem possibilidade de amnistia para 64 dos 275 acusados.
Num outro processo por tentativa de golpe de Estado contra o Governo de Recep Tayyip Erdoğan, cuja sentença foi pronunciada em Setembro do ano passado, a justiça turca aplicou pesadas penas de prisão a mais de 300 oficiais.
 
(Fonte: Euronews)

05 abril 2013

Parlamento turco aprovou lei de imigração exigida pela União Europeia

O Parlamento turco adoptou esta sexta-feira uma lei que reforça os direitos dos migrantes e candidatos a asilo, exigida há muito pela União Europeia no âmbito do processo de adesão da Turquia. A nova legislação atribui a uma administração específica a gestão dos migrantes, até agora a cargo da polícia num quadro jurídico confuso que era regularmente criticado pelas organizações de defesa dos direitos humanos. Ela prevê nomeadamente o direito de qualquer estrangeiro alvo de uma notificação de expulsão de recorrer da decisão no prazo de 15 dias para um tribunal administrativo e a ter um advogado oficioso. A retenção de estrangeiros em processo de expulsão em centros passa a estar limitada a um prazo máximo de seis meses e o envio para esses centros circunscrito às situações de necessidade, avaliadas mensalmente pelas autoridades, e passível de recurso judicial. A lei estipula que também que os migrantes retidos têm direito a cuidados de saúde gratuitos e a reunir-se com advogados, representantes consulares do país de origem ou do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Outra das alterações introduzidas pela nova lei é a eliminação dos dispendiosos procedimentos de renovação da autorização de permanência, ao estipular que a autorização de trabalho é suficiente para autorizar a residência no país. A nova legislação não permite, no entanto, a atribuição do estatuto de refugiado aos candidatos a asilo provenientes de países não-europeus, uma posição cara à Turquia, que receia vir a ter de assumir sozinha grandes fluxos migratórios de países vizinhos como o Iraque ou a Síria. Em vez disso, cria o estatuto de "refugiado condicional", ao abrigo do qual os candidatos a asilo não-europeus podem permanecer na Turquia até se instalarem num país de acolhimento, estatuto que se aplica nomeadamente aos cerca de 200 mil refugiados sírios actualmente em território turco.  
A adopção desta lei, esperada há várias meses pela UE no quadro das negociações de adesão da Turquia iniciadas em 2005, foi saudado pelos comissários para o Alargamento, Stefan Fuele, e dos Assuntos Internos, Cecilia Malmstroem. "Esta lei e as instituições por ela criadas mostram um empenho claro da Turquia em criar um sistema eficaz de gestão das migrações em conformidade com as normas europeias e internacionais", afirmaram os comissários num comunicado conjunto. A Turquia bloqueou durante vários meses a adopção desta legislação, exigindo como contrapartida uma simplificação do sistema de vistos aplicado aos turcos pelos países europeus. "A Comissão está convencida de que, uma vez em vigor, esta lei vai também dar resposta a vários problemas identificados no roteiro da Comissão para a liberalização dos vistos", referiram os comissários.
 
(Fonte: Lusa)

03 abril 2013

Governo turco cria comité de "sábios" para promover processo de paz


"Uma delegação de sábios foi criada (…). É composta por pessoas conhecidas e apreciadas na Turquia, abertas ao diálogo, são artistas, com uma identidade política, empresários, dirigentes ou especialistas de organizações não-governamentais (ONG) ou de centros de reflexão", afirmou o vice-primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, à margem de uma conferência em Ancara.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, que constituiu a lista das 63 individualidades, vai encontrar-se com o comité de “sábios” na quinta-feira em Istambul. Durante a reunião, o chefe do Governo turco irá debater com as personalidades os princípios da sua missão. “Depois deste encontro, os elementos do comité vão trabalhar e percorrer durante um mês todas as regiões da Turquia, com o objectivo de apresentar, informar e esclarecer a população sobre o processo de resolução” da questão curda, indicou Bulent Arinç. “Vão ser divididos em grupos de trabalho que serão constituídos para cada uma das sete regiões da Turquia. Um presidente, um vice-presidente e um porta-voz foram nomeados”, acrescentou o vice-primeiro-ministro. Entre as personalidades escolhidas para integrar o comité figuram artistas de grande mediatismo como o cantor Orhan Gencebay ou a actriz Hulya Koçyiğit, mas também empresários influentes, como é o caso do antigo representante dos patrões turcos Arzuhan Doğan Yalçindağ, segundo uma lista divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro turco. O grupo integra ainda vários académicos e jornalistas, com uma forte presença das correntes islamo-conservadora, próxima do Governo de Ancara, e liberal.
As autoridades de Ancara estão a discutir há vários meses com o líder rebelde curdo Abdullah Ocalan com o objectivo de acabar com o conflito curdo, que fez cerca de 45 mil mortos em quase três décadas de luta armada. No passado dia 21 de Março, Abdullah Ocalan, de 63 anos, detido na ilha prisão de Imrali desde 1999, assumiu um passo importante no processo de negociações, ao pedir aos rebeldes do PKK para deporem as armas e abandonarem a Turquia. “Chegámos a uma fase em que as armas devem calar-se (…) e os elementos armados devem retirar-se para lá das fronteiras da Turquia”, afirmou então Ocalan numa carta lida por um deputado pró-curdo perante centenas de milhares de pessoas reunidas em Diyarbakir, principal cidade do Curdistão turco. “Este não é um tempo de guerra e luta, mas de alianças e compromissos”, referiu na mesma altura. O anúncio de Ocalan surgiu depois de 2012 ter sido o ano mais sangrento desde o início do século, com 140 soldados e polícias turcos e mais de 500 rebeldes mortos em confrontos no sudeste da Turquia. A rebelião do PKK iniciou-se em 1984 para exigir direitos para os mais de 12 milhões de curdos da Turquia.
 
(Fonte: Lusa)