21 fevereiro 2023

Terminaram oficialmente as buscas por sobreviventes na província de Hatay

A província turca de Hatay foi a mais duramente atingida pelos terramotos de 6 de fevereiro e, esta segunda-feira, sofreu mais dois sismos que provocaram vítimas.

As autoridades turcas deram esta terça-feira por terminadas as buscas por sobreviventes na província de Hatay, a mais duramente atingida pelos terramotos de 6 de fevereiro e que sofreu mais dois tremores na segunda-feira à noite.

Os sismos de magnitude 6,4 e 5,8 da noite passada causaram o colapso de muitos edifícios que já tinham sido gravemente danificados pelos terramotos de há 15 dias.

Seis pessoas morreram em resultado dos colapsos, um número que as autoridades consideram agora definitivo, segundo a agência noticiosa turca oficial Anadolu, enquanto 294 pessoas, 18 das quais gravemente feridas, receberam cuidados médicos.

O número de mortos não foi mais elevado porque desde o primeiro sismo, que causou a morte a pelo menos 42.310 pessoas em toda a Turquia, os edifícios em Antakya e arredores permanecem desocupados e as pessoas têm passado a noite ao ar livre em tendas ou em casas pré-fabricadas que estão a ser montadas.

Pelo menos três das seis vítimas eram pessoas que tinham entrado em edifícios vazios ainda de pé para recuperar os seus pertences, uma prática comum nos dias de hoje, mas muito arriscada como o terramoto de segunda-feira à noite demonstrou.

O novo tremor de terra e o seu tremor secundário, com o seu epicentro a apenas uma dúzia de quilómetros a sul de Antakya, abalaram também edifícios que até agora pareciam intactos, de modo que nenhuma casa pode ser considerada segura de momento, segundo a emissora turca NTV.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdo[an, disse hoje que 139.000 edifícios, incluindo quase meio milhão de casas ou escritórios nas 11 províncias afectadas, foram demolidos ou severamente danificados pelos tremores de terra.

No total, depois de investigar mais de um milhão de edifícios na área, um em cada dez está desmoronado ou tem de ser demolido urgentemente, concluiu o ministro do Urbanismo, Murat Kurum.

A proporção é duas vezes superior nas duas províncias mais afectadas, Kahramanmaras e Hatay, onde um em cada cinco edifícios controlados é destruído.

Hatay, uma província de 1,6 milhões de habitantes com uma agricultura florescente, indústria, artesanato e turismo local, é de longe a mais afetada, com 37.000 edifícios em ruínas.

A capital provincial, Antakya, com quase 400.000 habitantes, está tão destruída que a economia não poderá recuperar a curto prazo, disse Hikmet Çinçin, presidente da câmara de comércio local, à emissora NTV.

Segundo este responsável, das 2.000 pequenas empresas registadas, 1.700 foram arruinadas pelos terramotos, causando um êxodo de sobreviventes que carecem dos serviços necessários para a vida quotidiana.

Duas instalações industriais nas colinas da periferia de Antakya resistiram ao terramoto praticamente incólumes, mas não poderão continuar a funcionar, uma vez que tanto os trabalhadores como os empregados mais instruídos deixaram a área, disse Çinçin.

A indústria local está agora desesperadamente à procura de trabalhadores mas terá de fechar se ninguém ficar para viver numa cidade onde não há electricidade neste momento, concluiu.

O terramoto de 6 de fevereiro, com epicentro em território turco, e ao qual se seguiram várias réplicas, fez pelo menos 44 mil mortos e mais de 100 mil feridos na Turquia e na Síria, números ainda provisórios e que deverão continuar a aumentar.

(Fonte: SIC Notícias)

Pelo menos seis mortos e quase 300 feridos após novo sismo na Turquia


Pelo menos seis pessoas morreram em dois sismos de magnitude 6,4 e 5,8 que atingiram a província turca de Hatay na segunda-feira à noite, noticiaram esta terça-feira os média locais.

Já o Ministério da Saúde turco indicou terem sido identificados até ao momento 294 feridos. O anterior balanço apontava para três mortos e 213 feridos.

O terramoto principal foi registado a sul da cidade de Antakya, na província de Hatay, uma das 11 regiões turcas devastadas há 15 dias por dois sismos que mataram pelo menos 44 mil pessoas, na Turquia e na Síria.

(Fonte: CMTV)

14 fevereiro 2023

“Caos e sofrimento”: O relato de um médico português na Turquia

“Vemos, ouvimos e lemos / Não podemos ignorar.” Assim começa a cantata da paz, escrita por Sophia de Mello Breyner.  Assim nos obriga a sentir a dimensão da tragédia humana, após o devastador terramoto que assolou a Síria e a Turquia, longe de poder ser contabilizada. 

Perante as imagens que nos chegam todos os dias, dividimos as lágrimas e a frequência cardíaca entre a atualização em crescendo do número de mortos e a esperança por cada vida salva, contra as probabilidades. 

O Dr. António Gandra d’Almeida, é o médico responsável da equipa do INEM em missão na Turquia e aceitou partilhar o seu testemunho, apesar do trabalho infindável e das condições adversas.

Onde se encontra a equipa da missão portuguesa na Turquia?

Estamos em Hatay. Estivemos, até domingo, no centro da cidade. Agora, começámos as operações nas zonas mais remotas. 

Quais foram as primeiras impressões à chegada à Turquia?

Caos e sofrimento. As pessoas perderam família, amigos e as suas casas. Não havia elettricidade nem água. As temperaturas são muito baixas. 

Estiveram envolvidos na operação que resgatou com vida uma criança de 10 anos, o pequeno Baran. O que sentiram?

É uma sensação difícil de explicar. Uma explosão de sentimentos muito intensa. O mais importante: o Baran vai ficar bem. Valeu a pena. 

Como é o cenário em termos de assistência médica no terreno e nos hospitais?

Há equipas médicas de emergência a dar apoio no terreno. Os hospitais nacionais de regiões vizinhas também estão a prestar apoio, ainda que por vezes se encontrem a grande distância.

Da sua experiência de cenários de catástrofe, o que podemos esperar nos próximos dias? Ainda se poderá encontrar pessoas com vida entre os escombros?

É cada vez mais improvável encontrar sobreviventes, mas continuamos com esperança e mantemos as operações de busca. Aos poucos, a população está a tentar restabelecer as suas vidas. Vai ser demorado e muito difícil.

Como está a equipa portuguesa? Como têm sido os vossos dias?

Os nossos dias são de muito trabalho e longos. Todos estão a dar o seu melhor. Estamos a fazer os possíveis e impossíveis para ajudar, apoiar e estarmos onde precisam de nós. Estamos bem e muito moralizados.

(Fonte: CNN)

12 fevereiro 2023

Equipa portuguesa resgata criança de dez anos em Hatay


A equipa portuguesa de busca e salvamento que está na Turquia resgatou com vida uma criança de dez anos. Em entrevista à RTP este domingo, o comandante da missão, José Guilherme, diz já ter valido a pena a deslocação a esse país.

O comandante explicou que o alerta sobre a criança foi dado por populares e que a operação de resgate "demorou algumas horas".

"Vamos continuar empenhados na nossa missão, que todos os portugueses nos confiaram, na ajuda a este país", declarou José Guilherme, falando num "orgulho pelos operacionais" que resgataram o menino de dez anos.

(Fonte: RTP)

11 fevereiro 2023

Equipa portuguesa de resgate procura vida nos escombros de Antáquia


Na baixa de Antáquia, junto a um edifício em que o rés-do-chão desapareceu, Orhan Demir e a mulher correm até à equipa portuguesa que está a apoiar operações de busca e salvamento em Antáquia, no sudeste da Turquia, desde quarta-feira.

A mulher pede ajuda, de forma insistente.

Orhan implora à equipa para olharem para dentro daquele prédio destruído, diz que há uma luz ao fundo de um buraco, que haverá alguma forma de lá chegar e que lá estarão a sua irmã e os seus três filhos.

Há um desespero e um sentido de urgência na voz do homem, que se põe em risco e salta logo de seguida para cima de um prédio altamente danificado, tentando mostrar à equipa portuguesa onde poderá estar a sua irmã e sobrinhos.

Pouco mais tarde, Orhan, sentado numa cadeira de plástico, fuma um cigarro, de olhos molhados, enquanto observa o prédio onde estará a sua irmã, junto ao seu, também completamente destruído.

Está em choque.

Chora e conta que, a juntar à irmã e sobrinhos (de oito, dez e 15 anos de idade) que não são encontrados, soma-se agora a morte do marido da sua irmã, que Orhan encontrou morto pelo frio, na noite de sexta-feira, à frente da casa, quando lhe ia entregar uns cobertores.

Orhan Demir apenas diz que vai continuar à espera, a fazer o que tem feito todos os dias, a gritar pelos nomes da sua irmã e dos seus sobrinhos, para o caso de estarem vivos.

"Fico aqui até poder fazer o funeral dos meus sobrinhos e da minha irmã", conta à agência Lusa.

No local, a equipa portuguesa, que se divide entre membros da Proteção Civil, GNR e INEM, vai verificando ruínas, à procura de sinais de vida, com a preciosa ajuda de Red, Agra e Síria, três cães que conseguem entrar dentro dos escombros das casas e ladrar, caso encontrem alguém vivo.

Junto à equipa, uma mulher fala com o tradutor e chora.

A mulher tinha ouvido ruídos da sua casa e acreditava que o seu filho estaria vivo, preso nos escombros.

A equipa fez uma busca extensa à residência, com o recurso aos cães, tiraram fotos e tiveram uma conversa, difícil, mas necessária.

"Havia a angústia de poder estar com vida e precisar de ajuda. Agora, aquela mãe pode, ao menos, começar o processo do luto", disse à Lusa a psicóloga do INEM, Joana Anjos.

A equipa avança por entre os escombros da baixa de Antáquia, uma zona mais pobre daquela cidade de meio milhão de habitantes onde não há qualquer edifício intacto.

Logo de seguida, a equipa pára e toda a gente se cala, outros pedem silêncio.

"Se alguém está vivo, que dê um som! Se alguém está vivo, que dê um som!", gritou um homem, em turco, enquanto toda a gente permanecia calada, imóvel, na expectativa.

Nada se ouviu e a equipa seguiu para a casa onde tinha estado com a mãe. Numa das paredes, grafitaram: "Vd" - sinal de que o edifício tinha sido verificado e que não tinha sido encontrado ninguém com vida.

Noutras ruínas, espalham-se fotos de família, uma mulher feliz a segurar um bebé recém-nascido, uma turma sorridente na escola, momentos de festa familiar, ou um casal a posar para uma fotografia de casamento.

A equipa portuguesa, que trabalha num setor que ainda estava por verificar, é chamada mais à frente.

Vão sempre confirmar, sempre à procura da chance, mesmo que ínfima, de encontrar um sobrevivente, que a prioridade ainda não é desenterrar os mortos, mas encontrar possíveis vivos.

Um militar da GNR recorda à Lusa uma história de uma pessoa que foi encontrada uma hora depois de morrer por outra equipa, de outro país.

Noutra ruela daquela baixa completamente intransitável, um homem aborda a missão portuguesa, pede para encontrarem a sua tia que poderá estar viva, debaixo de uns escombros.

Os cães avançam, mas nenhum deles ladra.

Na rua ao lado, um rapaz pede uma câmara térmica para encontrar uma prima que estaria dentro de outra casa completamente destruída.

É-lhe explicado que os cães já por lá andaram e também não encontraram qualquer sinal de vida.

Passados alguns metros, novamente outro pedido.

"Três vizinhos meus moravam aí. Eu não sei se estão vivos, mas, por favor, usem o cão", pede um homem velho, a chorar.

O cão entra nos escombros, mas também não sinaliza vida.

Pelo caminho, cruzam-se com a equipa portuguesa mineiros do Mar Negro, vestidos de branco, que seguem para as ruínas com as suas picaretas.

No final da operação da manhã, uma senhora, a chorar, chega ao pé da psicóloga do INEM, Joana Anjos, e dá-lhe um abraço.

"Espero que venham, mas como turistas e que todos nós nos possamos juntar, mas já sem desgraças, sem nada destruído", diz a mulher, de nome Sevim, que morava num prédio muito afetado, na baixa de Antáquia.

(Fonte: Mundo ao Minuto/Lusa)

Sismo: "Uma demonstração de solidariedade da Humanidade"

Um dos mais poderosos sismos do século, com magnitude de 7.7, ocorreu na província turca de Kahramanmaraş nas primeiras horas do dia 6 de fevereiro. Cerca de 700 réplicas reverberaram por toda a região após o sismo inicial e uma vasta área de 10 províncias na Turquia, assim como na Síria, estão severamente afetadas. Só na Turquia já ceifou perto de 20 mil vidas e o número continua a aumentar à medida que os esforços de resgate continuam. Cerca de 70 mil pessoas encontram-se feridas. Os socorristas estão numa corrida contra o tempo e um clima adverso para salvar crianças, homens e mulheres que se encontram debaixo dos escombros. Mais de 6 mil edifícios ruíram. Existe um profundo pesar misturado com esperança.

Enquanto enviamos as nossas sentidas condolências às famílias das vítimas e desejamos rápidas melhoras a todos os que se encontram feridos, o que este devastador sismo nos lembra a todos uma e outra vez é o quão vulneráveis somos enquanto seres humanos face a desastres de larga escala, e o quão significativo é poder demonstrar a solidariedade humanitária nas horas mais negras.

Para além dos intensos esforços governamentais e da sociedade civil da Turquia, tendo enviado para o local mais de 60 mil operacionais, que estão ativos nos esforços de socorro, mais de 5 mil membros de equipas internacionais de busca e salvamento de todo o Mundo estão também presentes na zona do terramoto em resposta ao nosso apelo, a avaliar necessidades, a prestar assistência. A UE anunciou que mais de 30 equipas médicas e de busca e salvamento foram mobilizadas por parte de 20 países, incluindo mais de 1.200 elementos e 70 cães de busca. Uma Força Operacional Conjunta portuguesa com 53 pessoas, acompanhadas de equipamento e cães, partiu para a Turquia no dia 8 de fevereiro, numa missão de busca e salvamento. ONGs de Portugal enviaram equipas de busca e salvamento. Agradecemos a resposta imediata e estamos gratos pelo apoio e solidariedade demonstrados pela comunidade internacional.

Pessoas de todo o mundo também uniram as suas mãos para ajudar pessoas que foram resgatadas do terramoto. Estão a ser enviadas doações em géneros para os centros de crise na Turquia para serem distribuídas pelas pessoas necessitadas. A ONU e ONGs estão mobilizadas para ajudar. A autoridade oficial da Turquia para a gestão de desastres e emergência, a AFAD, o Türk Kızılay, sendo a maior organização humanitária na Turquia e parte da Cruz Vermelha Internacional e do Crescente Vermelho, estão a receber e a transferir estas doações.

Apelamos à comunidade internacional para ajudar milhares de famílias atingidas por este desastre, especialmente aqueles que se encontram em áreas onde o acesso é um desafio por vários motivos. Estamos a receber doações em géneros na Embaixada turca em Lisboa e no nosso centro de recolha no Porto, e também através de transferências bancárias. Poderá encontrar toda a informação nas páginas de Facebook e Twitter da Embaixada. Agradecemos ao Governo e ao povo português pelo sentido interesse e caloroso apoio.

Agradecemos também o apelo à sociedade internacional por parte do secretário-geral da ONU, António Guterres, para que se erga pelos povos turco e sírio, reconhecendo a Turquia como um país que generosamente recebeu e protegeu milhões de refugiados e pessoas deslocadas.

A Turquia está também a facilitar a passagem de ajuda para a Síria de forma a ajudar as pessoas afetadas pelo terramoto. Seis caravanas com ajuda da ONU atravessaram a fronteira da Turquia para a Síria no dia 9 de fevereiro, a primeira ajuda internacional que aquelas pessoas tiveram.

Desastres acontecem em todo o mundo, do Japão ao Chile, de Itália ao Haiti, causando sofrimento sob várias formas e magnitudes. O importante no dia seguinte é como nos unimos ao estender uma mão amiga para curar as feridas das pessoas afetadas. Dar uma mão para o salvamento, fazer um contacto visual com a esperança, lembrando-nos da razão pela qual nós, humanos, existimos no mundo. Hoje, é por isso que o povo turco está grato.

Embora nos sintamos gratos pelo apoio demonstrado pela humanidade, apelo humildemente às vossas orações por aqueles que ainda esperam por um salvamento.

Lale Ülker, Embaixadora da Turquia em Portugal

(Fonte: DN)

Sismo: Número de mortos ultrapassa os 24 mil


O número de vítimas mortais provocadas pelo sismo que, na segunda-feira, abalou o sul da Turquia e o norte da Síria subiu, na mais recente atualização para 24.218.

Na Turquia, morreram pelo menos 20.665 pessoas. Na Síria, contabilizando o território controlado pelo governo de Assad e as zonas controladas pelos rebeldes, 3553 pessoas perderam a vida.

Neste momento, há também já cerca de 80 mil feridos confirmados pelas autoridades dos dois países. Para apoiar a população síria afetada pela tragédia, a ONU já anunciou que irá doar 25 milhões de dólares (€23,3M).

Equipas de emergência resgataram este sábado várias pessoas que estiveram soterradas sob escombros, em diferentes cidades da Turquia, durante mais de 120 horas.

As esperanças de encontrar mais sobreviventes vão diminuindo a cada minuto que passa e os trabalhos de resgate já pararam em algumas áreas, com as equipas a começarem a remover os escombros.

Ajuda e equipas de salvamento concentraram-se nas grandes cidades turcas após o terramoto, mas há um grande número de pequenas localidades onde o apoio ainda não chegou, 

O diário turco Hurriyet noticia que muitas das estradas que levam a aldeias rurais da região estão fechadas devido à queda de neve, enquanto o mau estado de muitas estradas de montanha, que já era assim antes do terramoto, complica as comunicações.

Em muitas localidades, as casas tornaram-se inabitáveis e alternativas como as tendas não chegam, sendo que a falta de água e comida também afeta os animais nestas pequenas aldeias agrícolas.

O sismo afetou uma população de 13 milhões de habitantes em 10 províncias turcas, onde o acesso à água ainda está cortado ou restrito, na melhor das hipóteses, e há falta de alimentos e o frio também aumenta o risco de epidemias.

Embora mais de 100 mil socorristas e pessoal de emergência trabalhem na área, a sua enorme dimensão, o elevado grau de destruição, os mais de mil tremores secundários registados e o frio complicam os trabalhos de auxílio às vítimas dos sismos.

O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter que atingiu o sudeste da Turquia, numa área maior do que a superfície de Portugal, provocou um elevado grau de destruição, incluindo infraestruturas básicas, o que torna difícil a distribuição da ajuda.

(Fonte: Expresso)

10 fevereiro 2023

Equipa de resgate portuguesa a caminho da Turquia



Uma equipa de resgate portuguesa, composta por seis operacionais e dois cães, está a caminho da Turquia para ser integrada nas operações de socorro às vítimas do sismo, ocorrido na madrugada de segunda-feira. 

Os elementos das Associação Portuguesa de Busca e Salvamento são voluntários e contaram com a colaboração das entidades patronais para participar numa missão que se estenderá, pelo menos, pelos próximos sete dias.

Fundamentais para o sucesso da ação de resgate serão as cadelas que integram a comitiva. Tracy, uma pastora belga, terá o seu batismo internacional, mas não será a primeira vez que estará num teatro de operações. Foi esta cadela que, entre outros casos, descobriu o cadáver de Fernando Ferreira, conhecido pela alcunha de "Conde", nas margens do Rio Ave, em Barco, em 2020. A vítima, de 63 anos, atirou-se ao rio, "em pânico, por se ver emboscado".

Encontrar sobreviventes na área mais afetada

Ao JN, Pedro Baptista, da Associação Portuguesa de Busca e Salvamento, explica que, logo após o sismo que afetou a Turquia e a Síria, foi mostrada disponibilidade por parte de vários elementos para participar nas operações de socorro em curso. E acrescenta que, recentemente, a Embaixada da Turquia em Portugal solicitou o seu auxílio.

(Fonte: JN)

07 fevereiro 2023

Ajuda chega de todo o mundo e Portugal vai enviar equipa de 53 operacionais nas “próximas horas”

Vários países estão a enviar ajuda e pessoal especializado, como engenheiros estruturais, soldados e socorristas, para a Turquia e Síria para resgatar sobreviventes dos sismos que atingiram os dois países na segunda-feira.

A União Europeia (UE) mobilizou equipas de busca e salvamento para ajudar a Turquia, enquanto o sistema de satélites Copernicus foi ativado para fornecer serviços de mapeamento de emergência. Pelo menos 13 países-membros da UE ofereceram assistência.

Uma equipa de 53 elementos da Proteção Civil, GNR e emergência médica de Portugal parte na quarta-feira para a Turquia para apoiar os esforços de busca e salvamento das vítimas. Além dos 53 elementos, Portugal enviará também equipamento de busca e salvamento, mas não equipamento pesado.

A Grécia vai enviar para a Turquia uma equipa com 21 socorristas, dois cães de busca e um veículo especial de resgate, além de um engenheiro estrutural, cinco médicos e especialistas em planeamento sísmico.

A agência de proteção civil THW da Alemanha está a enviar hoje uma equipa de resgate de 50 membros para a Turquia. Uma equipa do grupo International Search and Rescue Germany, com 42 especialistas e sete cães, já está a caminho de Kirikhan, perto da fronteira com a Síria. A Alemanha também está a preparar entregas de geradores de emergência, tendas, cobertores e equipamentos de tratamento de água.

Os Estados Unidos estão a coordenar a assistência imediata à Turquia, incluindo equipas para apoiar os esforços de busca e resgate. Da Califórnia, partirão cerca de 100 bombeiros e engenheiros estruturais do condado de Los Angeles, juntamente com seis cães de busca.

Equipas de resgate do Ministério de Emergências da Rússia foram enviadas para a Síria, onde militares russos deslocados naquele país já enviaram 10 unidades com 300 pessoas para ajudar na remoção de escombros e busca por sobreviventes. Os militares russos estabeleceram pontos para distribuir assistência humanitária.

O Reino Unido vai enviar 76 especialistas em busca e resgate com equipamentos e cães, bem como uma equipa médica de emergência, para a Turquia. O Reino Unido também diz que está em contacto com a ONU para enviar apoio às vítimas na Síria.

A França irá a enviar equipas de resgate para a Turquia e a Jordânia enviará ajuda de emergência à Síria e à Turquia por determinação do rei Abdullah II.

A Índia também vai enviar 100 equipas de busca e resgate da sua Força de Resposta a Desastres Naturais para a Turquia, bem como cães de busca e equipamentos necessários para o socorro das vítimas e equipas médicas, paramédicos e medicamentos essenciais.

A Coreia do Sul enviará uma equipa de busca e resgate com 60 especialistas em resgate, 50 soldados e ainda meios médicos para a Turquia, enquanto Taiwan enviará 130 membros do grupo de resgate, cinco cães de busca e 13 toneladas de equipamentos para a Turquia. O ministro do Interior, Lin Yu-chang, disse que o primeiro grupo partiu na noite de segunda-feira e outro foi hoje enviado. Taiwan disse anteriormente que doaria 200 mil dólares (186 mil euros).

O ministro dos Negócios Estrangeiros do México disse que o país enviará equipamentos e especialistas em resgate à Turquia, assim como o Egito prometeu ajuda humanitária urgente ao país.

A Síria, devastada por uma guerra há quase 12 anos, pediu que as Nações Unidas e os seus membros ajudem nos esforços de resgate, serviços de saúde, abrigo e ajuda alimentar. Tanto o território controlado pelo Governo como a região controlada pela oposição foram atingidos pelos terramotos.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha enviou material cirúrgico suficiente para tratar 100 pessoas a um dos hospitais públicos da cidade síria de Aleppo. Mais equipamentos médicos estão a caminho de Aleppo, Latakia e Tartus. A Cruz Vermelha também está a doar alimentos enlatados, cobertores, colchões e outros itens essenciais para distribuição nos muitos abrigos que estão a ser montados nas áreas afetadas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riad Malki, disse que a Autoridade Palestiniana enviará duas missões humanitárias para ajudar na Síria e na Turquia. As missões de socorro incluirão defesa civil e equipas médicas.

A Cruz Vermelha da China vai doar ao Crescente Vermelho Turco e ao Crescente Vermelho Sírio 200.000 dólares (186.000 euros) a cada uma das instituições de assistência humanitária.

(Fonte: Expresso)

Dois bombeiros de Albufeira acompanhados de um cão partem hoje para a Turquia

Dois operacionais dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, partem esta tarde por volta das 16h30, para a Turquia, para missões de salvamento e resgate na sequência do sismo registado na segunda-feira, que já fez mais de 5.000 vítimas mortais.

A acompanhar os bombeiros algarvios está o Axe, um cão treinado para cenários de busca e salvamento. Os operacionais juntam-se a um grupo espanhol que já está no terreno, sendo uma missão ibérica. Para os dois elementos de Albufeira, será a primeira operação de resgate. 

Ao Algarve Primeiro, o Comandante dos Bombeiros de Albufeira, explicou que os dois operacionais e o cão, vão operar no sul da Turquia, na zona de Adana, uma das zonas mais afetadas pelo terramoto.

Abel Zua explicou que os Bombeiros de Albufeira fazem parte de uma rede de centros de formação designada "Método Arcon", que forma binómios para resgate e salvamento de pessoas soterradas com vida, que tem sede em Málaga, Espanha, e que após a tragédia, disponibilizou ajuda junto da embaixada turca. "Na prática a nossa equipa de dois operacionais, mais um cão, vai juntar-se aos seis operacionais espanhóis que já partiram, sendo no total oito operacionais com quatro cães". O comandante salientou que o objetivo, é tentar localizar "o maior número de vidas que seja possível", durante os próximos dois dias.

Sublinhou ainda, que a corporação tem investido na formação nesta área, com uma equipa de busca e resgate em estruturas colapsadas e uma outra de busca canina, constituída por seis operacionais, certificados com o "Método Arcon": "Estamos a falar de uma formação de alta intensidade quer para o operacional, quer para o cão que decorre ao longo de um mês e meio, sendo um método utilizado, por exemplo, em forças de socorro e militares em mais de 30 países, onde somos exemplo único em Portugal".

Sobre a capacidade de resposta da nossa Proteção Civil, em caso de sismo de magnitude elevada, Abel Zua, considera que o País "evoluiu muito do ponto de vista de recursos, contudo, é preciso promover ações de formação do cidadão, porque até que as estruturas de socorro estejam disponibilizadas, vai levar tempo e aqueles que testemunham ou sobrevivem ao evento, deverão ser os primeiros a saber socorrer as vítimas, a pedir ajuda médica em caso de ferimentos ou como alojar as vítimas pontualmente, enquanto a normalidade não é reposta numa situação de catástrofe", concluiu.

Entretanto, uma equipa de 53 elementos da Proteção Civil, GNR e emergência médica parte na quarta-feira para a Turquia com o mesmo objetivo.

“Nas próximas horas, uma equipa de 53 elementos compostos por elementos da Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil, por elementos da UEPS (Unidade de Emergência de Proteção e Socorro) da Guarda Nacional Republicana e também por elementos da emergência médica, sairá do nosso país para se juntar aos esforços europeus de cariz humanitário de proteção civil e, muito particularmente no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento”, disse hoje o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, à margem de um encontro com autarcas da região Centro em Coimbra.

De acordo com a Agência Lusa, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, explicou tratar-se de uma força conjunta com elementos da estrutura da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção civil, elementos da UEPS da GNR, unidades do Regimento de Sapadores Bombeiros e uma equipa de intervenção médica do INEM para a segurança da própria força.

“Estamos a prever a sair amanhã durante o dia. Já foram encontradas, em parceria com o Mecanismo Europeu, as metodologias que são necessárias para meter a força na Turquia, conjuntamente com outros esforços europeus e outras forças europeias que neste momento se estão a preparar”, explicou.

(Fonte: AlgarvePrimeiro)

02 fevereiro 2023

Fenerbahçe fica mais longe da liderança e Jorge Jesus é expulso



O Fenerbahçe, de Jorge Jesus, ficou hoje mais longe do líder Galatasaray, após empatar no reduto do Adana Demirspor (1-1), num encontro da 22.ª jornada do campeonato turco em que o treinador português acabou expulso.

No primeiro tempo, o Fenerbahçe viu o VAR anular-lhe um golo da autoria de Mert Hakan Yandas, por mão na bola do médio turco, enquanto do lado anfitrião, o marroquino Younes Belhanda permitiu ao guardião Altay Bayindir defender uma grande penalidade, com os golos a ficarem reservados para o segundo tempo.

O conjunto de Istambul até poderia ter saído derrotado do reduto do quinto classificado da prova, mas o equatoriano Enner Valencia marcou o golo da igualdade perto do fim, aos 88 minutos, instantes depois de o suplente utilizado Badou Ndiaye inaugurar o marcador, através da marca do castigo máximo, aos 84.

Já depois do apito final, Jorge Jesus viu o árbitro da partida exibir-lhe o cartão vermelho direto, devido a protestos.

Com este empate, o Fenerbahçe passa a somar 45 pontos, contra os 51 do rival e líder Galatasaray. Já o emblema de Adana ocupa o quinto posto, com 38.

(Fonte: 365 Futebol)