Dois operacionais dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, partem esta tarde por volta das 16h30, para a Turquia, para missões de salvamento e resgate na sequência do sismo registado na segunda-feira, que já fez mais de 5.000 vítimas mortais.
A acompanhar os bombeiros algarvios está o Axe, um cão treinado para cenários de busca e salvamento. Os operacionais juntam-se a um grupo espanhol que já está no terreno, sendo uma missão ibérica. Para os dois elementos de Albufeira, será a primeira operação de resgate.
Ao Algarve Primeiro, o Comandante dos Bombeiros de Albufeira, explicou que os dois operacionais e o cão, vão operar no sul da Turquia, na zona de Adana, uma das zonas mais afetadas pelo terramoto.
Abel Zua explicou que os Bombeiros de Albufeira fazem parte de uma rede de centros de formação designada "Método Arcon", que forma binómios para resgate e salvamento de pessoas soterradas com vida, que tem sede em Málaga, Espanha, e que após a tragédia, disponibilizou ajuda junto da embaixada turca. "Na prática a nossa equipa de dois operacionais, mais um cão, vai juntar-se aos seis operacionais espanhóis que já partiram, sendo no total oito operacionais com quatro cães". O comandante salientou que o objetivo, é tentar localizar "o maior número de vidas que seja possível", durante os próximos dois dias.
Sublinhou ainda, que a corporação tem investido na formação nesta área, com uma equipa de busca e resgate em estruturas colapsadas e uma outra de busca canina, constituída por seis operacionais, certificados com o "Método Arcon": "Estamos a falar de uma formação de alta intensidade quer para o operacional, quer para o cão que decorre ao longo de um mês e meio, sendo um método utilizado, por exemplo, em forças de socorro e militares em mais de 30 países, onde somos exemplo único em Portugal".
Sobre a capacidade de resposta da nossa Proteção Civil, em caso de sismo de magnitude elevada, Abel Zua, considera que o País "evoluiu muito do ponto de vista de recursos, contudo, é preciso promover ações de formação do cidadão, porque até que as estruturas de socorro estejam disponibilizadas, vai levar tempo e aqueles que testemunham ou sobrevivem ao evento, deverão ser os primeiros a saber socorrer as vítimas, a pedir ajuda médica em caso de ferimentos ou como alojar as vítimas pontualmente, enquanto a normalidade não é reposta numa situação de catástrofe", concluiu.
Entretanto, uma equipa de 53 elementos da Proteção Civil, GNR e emergência médica parte na quarta-feira para a Turquia com o mesmo objetivo.
“Nas próximas horas, uma equipa de 53 elementos compostos por elementos da Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil, por elementos da UEPS (Unidade de Emergência de Proteção e Socorro) da Guarda Nacional Republicana e também por elementos da emergência médica, sairá do nosso país para se juntar aos esforços europeus de cariz humanitário de proteção civil e, muito particularmente no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento”, disse hoje o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, à margem de um encontro com autarcas da região Centro em Coimbra.
De acordo com a Agência Lusa, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, explicou tratar-se de uma força conjunta com elementos da estrutura da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção civil, elementos da UEPS da GNR, unidades do Regimento de Sapadores Bombeiros e uma equipa de intervenção médica do INEM para a segurança da própria força.
“Estamos a prever a sair amanhã durante o dia. Já foram encontradas, em parceria com o Mecanismo Europeu, as metodologias que são necessárias para meter a força na Turquia, conjuntamente com outros esforços europeus e outras forças europeias que neste momento se estão a preparar”, explicou.
(Fonte: AlgarvePrimeiro)
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