O ultimato feito à Síria pela Liga Árabe para que aceite a entrada no território de uma missão de observadores é já "a nova e última oportunidade" dada ao regime de Damasco sob risco de se ver a braços com sanções internacionais, avisou esta manhã o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoğlu.
A menos de três horas de terminar o prazo dado, ontem, pelos países árabes para a Síria responder àquela exigência – e que termina às 11 horas (em Portugal continental), o cerco diplomático continua a intensificar a pressão sobre o regime do presidente sírio, Bashar Al-Assad – criticado pela comunidade internacional pela repressão sobre o movimento de oposição e revolta no país, que se arrasta há mais de oito meses e em que já morreram mais de 3500 pessoas segundo estimativas das Nações Unidas.
A Liga Árabe suspendera já a Síria da organização, no passado dia 12, depois de o regime de Assad não ter dado quaisquer sinais práticos de recuo na repressão apesar de dias antes ter expressamente anuído ao Plano de Acção Árabe, no qual as autoridades sírias se comprometiam a retirar as tropas e tanques das cidades revoltosas, entrar em negociações com a oposição e autorizar a entrada no país de jornalistas estrangeiros.
Caso Damasco se negue agora a permitir a entrada da missão de pelo menos 500 observadores na Síria, a Liga Árabe avançará para a adopção de sanções, a serem decididas numa reunião a realizar-se já amanhã. “É crucial que a Síria nos dê a sua resposta quanto antes, para que se ponha termo ao derramamento de sangue,” sublinhou DavutoĞlu, numa conferência de imprensa em Istambul com o homólogo jordano, Nasser Judeh.
Moscovo veio entretanto esta manhã reiterar a sua posição intransigente de recusa de aprovar sanções contra a Síria. “Neste momento precisamos não de resoluções, sanções ou pressões, mas sim de Diálogo,” lê-se num comunicado do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.
A par da Rússia, também a China, Brasil e Índia – parceiros no grupo dos BRICS –, e ainda a África do Sul, voltaram ontem a instar o regime sírio a iniciar conversações com o movimento de oposição no país, ao mesmo tempo que alertaram para os riscos de ser lançada uma intervenção estrangeira na Síria. Num comunicado extremamente cuidadoso nas palavras, emitido ontem à noite, as cinco economias emergentes não fizeram qualquer menção à ameaça de sanções feita pela Liga Árabe.
(Fonte: Público)
A menos de três horas de terminar o prazo dado, ontem, pelos países árabes para a Síria responder àquela exigência – e que termina às 11 horas (em Portugal continental), o cerco diplomático continua a intensificar a pressão sobre o regime do presidente sírio, Bashar Al-Assad – criticado pela comunidade internacional pela repressão sobre o movimento de oposição e revolta no país, que se arrasta há mais de oito meses e em que já morreram mais de 3500 pessoas segundo estimativas das Nações Unidas.
A Liga Árabe suspendera já a Síria da organização, no passado dia 12, depois de o regime de Assad não ter dado quaisquer sinais práticos de recuo na repressão apesar de dias antes ter expressamente anuído ao Plano de Acção Árabe, no qual as autoridades sírias se comprometiam a retirar as tropas e tanques das cidades revoltosas, entrar em negociações com a oposição e autorizar a entrada no país de jornalistas estrangeiros.
Caso Damasco se negue agora a permitir a entrada da missão de pelo menos 500 observadores na Síria, a Liga Árabe avançará para a adopção de sanções, a serem decididas numa reunião a realizar-se já amanhã. “É crucial que a Síria nos dê a sua resposta quanto antes, para que se ponha termo ao derramamento de sangue,” sublinhou DavutoĞlu, numa conferência de imprensa em Istambul com o homólogo jordano, Nasser Judeh.
Moscovo veio entretanto esta manhã reiterar a sua posição intransigente de recusa de aprovar sanções contra a Síria. “Neste momento precisamos não de resoluções, sanções ou pressões, mas sim de Diálogo,” lê-se num comunicado do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros.
A par da Rússia, também a China, Brasil e Índia – parceiros no grupo dos BRICS –, e ainda a África do Sul, voltaram ontem a instar o regime sírio a iniciar conversações com o movimento de oposição no país, ao mesmo tempo que alertaram para os riscos de ser lançada uma intervenção estrangeira na Síria. Num comunicado extremamente cuidadoso nas palavras, emitido ontem à noite, as cinco economias emergentes não fizeram qualquer menção à ameaça de sanções feita pela Liga Árabe.
(Fonte: Público)