21 dezembro 2014

Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condena o tratamento dos Alevitas na Turquia

Num acórdão proferido a 2 de Dezembro de 2014, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou a Turquia por ter recusado ao culto Alevita os benefícios concedidos a outras religiões.
Muito embora seguida por 15 a 20 milhões de turcos, o Estado turco não considera o Alevismo como uma religião.
Os Alevitas são muçulmanos xiitas (Alevita significa "discípulo de Ali"), defensores de uma exegese profunda do Alcorão, e, da sua adaptação a todos os lugares e a todas as épocas. Não vão às mesquitas, mas praticam o ritual do semah (o dos "dervixes rodopiantes"). Crentes numa estrita igualdade entre homens e mulheres, promoveram o laicismo na Turquia embora continuem, ainda, sem beneficiar disso.
Desde o século XVI, o Estado, otomano ou o turco, reprime ou ostraciza os Alevitas. O último massacre teve lugar em 1993 (aquando do festival cultural de Sivas). Até à data, continua a não haver qualquer alto funcionário Alevita, apesar desta comunidade ser particularmente brilhante.
A 16 de Novembro de 2014, ao anúncio da sentença do Tribunal Europeu, o primeiro- ministro, Ahmet Davutoglu, anunciou querer resolver o problema Alevita. No entanto, o discurso do Presidente Recep Tayyip Erdoğan mantêm-se sempre marcado por desprezo em relação a eles. Por seu lado, o CHP, o partido de oposição, apresentou uma proposta de lei para tratar da questão. Ela prevê o reconhecimento dos locais de culto Alevitas, a retirada da menção da religião no bilhete de identidade, a revogação dos cursos de cultura religiosa, a adopção de um dia feriado para a grande festa Alevita, Ghadir Khumm, e a transformação do hotel Madimak (local do massacre de 1993) em museu.
 
(Fonte: Rede Voltaire)

19 dezembro 2014

Turquia pede prisão para o imã rival de Erdoğan

O Ministério Público turco pediu mandado de prisão para o imã Fethullah Gülen, que se tornou o arqui-rival do Presidente Recep Tayyip Erdoğan, e vive nos Estados Unidos desde 1998. Gülen, de 73 anos, é acusado de ser o líder de “uma organização criminosa, que se estrutura nos media, na economia e na burocracia, violando a leis e os regulamentos”.
Este é o passo mais ousado na ofensiva de Erdoğan lançada nos últimos dias contra sectores dos media ligados a Gülen, defensor da modernização do islão, que construiu a sua influência graças a uma rede de escolas e universidades que formaram boa parte da moderna elite turca e tem um especial peso na justiça e na polícia.
A 14 de Dezembro foram presos o director de um important
e jornal diário ligado a Gülen, o Zaman, e o director do grupo de televisão Samanyolu, bem como outras figuras ligada aos media, criticadas pela União Europeia.
Mas nesta semana foram também anulados processos por corrupção iniciados em Dezembro do ano passado contra 53 pessoas, que chegaram a membros do Governo e figuras importantes da administração de Erdoğan. O dinheiro apreendido na casa do filho do ex-ministro do Interior Muammer Güler (cerca de 300 mil euros) e 1,5 milhões de euros descobertos dentro de caixas de sapatos na casa de Süleyman Aslan, ex-director geral do banco Halkbank, confiscados na altura, vão ser-lhes devolvidos – e com pagamento de juros, noticia o jornal turco Hürriyet, na sua edição online em inglês.
Estes processos foram considerados a grande ofensiva dos sectores que apoiam Gülen contra Erdoğan. Agora, está-se a assistir à resposta de Erdoğan, que acusa o ex-aliado de conspirar para o derrubar.
Mas colocar a disputa no plano internacional não será o mais benéfico para Erdoğan. As relações da Turquia com os Estados Unidos, que teriam de extraditar Gülen, já não são as melhores, tanto pelo discurso nacionalista do agora Presidente turco como pelas posições turcas sobre a guerra na Síria, nem sempre as mais satisfatórias para os EUA.
 
(Fonte: Público)   

Tribunal liberta editor de jornal com a mira apontada a Gülen

A Turquia prepara-se para pedir aos Estados Unidos a extradição do clérigo islamita e opositor do governo, Fethullah Gülen, sob acusação de alegada associação terrorista. Um tribunal anunciou esta sexta-feira ter aceitado o pedido do Procurador-Geral de Istambul para emitir um mandato de captura contra o clérigo islamita que reside nos Estados Unidos há mais de 15 anos.
Esse mandato, ao abrigo de um acordo geral neste sentido assinado entre os dois países, deverá conduzir ao pedido de Ancara a Washington para a extradição de Gülen, um antigo aliado do actual Presidente turco e actual opositor ao regime em vigor na Turquia.
O clérigo islamita é um dos responsáveis do grupo de comunicação Samanyolu, do qual fazem parte o jornal diário Zaman e a estação de televisão STV, que terão dado eco de uma reportagem e várias notícias, em 2013, sobre um caso de corrupção ao mais alto nível na Turquia e que motivou a queda de quatro ministros do executivo do então ainda primeiro-ministro Erdoğan.
O Governo de Ancara terá alegado provas de acusação contra várias pessoas ligadas a este grupo de comunicação, por alegada associação a grupo terrorista. Isso levou à prisão de quase 30 pessoas, entre elas o editor chefe do Zaman e o director executivo da STV.
Com muitos apoiantes da oposição a Erdoğan em protesto junto ao Palácio da Justiça de Istambul, o editor do jornal, Ekrem Dumanli, embora não absolvido, foi libertado esta sexta-feira ao lado de sete polícias suspeitos de corrupção. O jornalista vai aguardar julgamento em liberdade.
“Nós fomos interrogados pelo Procurador durante toda a noite. No final, perguntei-lhe se o motivo do tratamento a que fomos expostos por vários dias eram aqueles dois artigos e uma reportagem? Ele disse que ‘sim’, relatou Dumanli, ao microfone, perante a multidão de manifestantes, que apupou a alegada resposta do Procurador.
Menos sorte teve o director executivo da televisão. Hidayet Karaca vai aguardar julgamento atrás das grades e não calou a sua revolta, gritando repetidamente para as câmaras de televisão que “a imprensa livre não pode ser silenciada.”
Estados Unidos e União Europeia já revelaram desconfiança das acusações do Governo turco contra estes meios de comunicação e apelou a Ancara para não colocar pressão sobre a liberdade de imprensa.
 
(Fonte: Euronews)

18 dezembro 2014

Turkish Airlines reforça a operação em Portugal em 2015

A companhia aérea turca Turkish Airlines vai reforçar a operação em Portugal a partir da próxima Primavera, com a inauguração da rota entre o Porto e Istambul e o reforço da rota entre Lisboa e aquela mesma cidade turca.
A rota entre o Porto e Istambul, com três voos semanais, vai ser inaugurada no final de Abril e os voos entre a cidade turca e a capital portuguesa vão ser reforçados a partir do final de Março.
Nessa altura, a Turkish Airlines vai passar a disponibilizar 13 voos semanais, em vez dos 10 actuais, entre Lisboa e Istambul. No final de Abril, "ainda será adicionado mais um voo, num total de 14 voos por semana, entre as duas cidades.
 
(Fonte: Dinheiro Digital com Lusa)

03 novembro 2014

Nuno Coelho marca pelo Balikesirspor

O Balikesirspor empatou esta segunda-feira em casa do Eskişehirspor a dois golos, com dois portugueses no onze, André Santos e Nuno Coelho, em jogo da oitava jornada.
Yildirim marcou para os visitantes aos 27 minutos, mas Lawal empatou já na segunda parte, aos 65', e Funes Mori, avançado emprestado pelo Benfica, completou a reviravolta aos 74 minutos. Ainda assim, Nuno Coelho conseguiu empatar a 10 minutos dos 90.
 
(Fonte: Record)

02 novembro 2014

Turquia viola direito à educação

O Governo de Ancara está a fechar escolas de ensino secular substituindo-as por escolas públicas de ensino religiosas (Iman Hatip). Mais de 40.000 alunos, incluindo os não muçulmanos, foram forçados a frequentar estas escolas.
Com a reforma do sistema educativo, iniciada em Setembro, os alunos são colocados nas escolas com base nos resultados dos exames nacionais. Os que não conseguem entrar na primeira escolha vão para os estabelecimentos mais perto das suas casas. O problema é que as escolas seculares têm vindo a ser substituídas pelas Iman Hatip e em muitas áreas são a única opção disponível, deixando os alunos e os pais sem qualquer poder de escolha.
O problema não é novo: em Setembro, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou a Turquia dando procedência a uma queixa datada de 2011 de pais de alunos alevitas por estes serem forçados a frequentar um sistema educativo baseado nas convicções sunitas. Esta violação do direito à educação tem de ser resolvida «o mais rápido possível», recomendou o tribunal.
Actualmente existem cerca de 40.000 escolas públicas na Turquia. Segundo o Economic Research Institute (ERI), o número de escolas Iman Hatip aumentou 83 % nos últimos cinco anos, em comparação com o aumento de 57% das escolas de ensino regular e de 23% de escolas técnicas.
Mais de 1.450 escolas foram convertidas em escolas religiosas, desde 2010 a 2013, diz o ERI.
Os críticos acusam o novo sistema de educação de ser ideológico e de fazer parte de um plano dos dirigentes do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), que está no poder, de ‘islamizar’ a educação e de desmantelar o sistema secular fundado por Mustafa Kemal Atatürk.
«As mudanças no sistema foram feitas para apoiar a ideologia e o projecto religioso do Governo. Este sistema vai substituir o conhecimento, a ciência e as artes pelo dogma», disse à Al Jazeera Namik Havutca, do Partido Republicano (CHP).
 
‘Nova’ Turquia
 
Sinal dos tempos, Tayyp Erdoğan inaugurou na quarta-feira um palácio presidencial com mil divisões, em Ancara. Terá custado 280 milhões de euros e é mais um factor de divisão. «A nova Turquia deve afirmar-se com algo novo», disse o Presidente. Mas os secularistas encaram o abandono do palácio Çankaya, símbolo da República, como uma provocação e um gasto desnecessário.
 
(Fonte: Sol)

01 novembro 2014

Cidade síria de Kobane lembrada em Lisboa

A cidade síria de Kobane e a luta que ali acontece há mais de um mês foi lembrada este sábado no centro de Lisboa, numa manifestação aplaudida por Serdar Tunagur, curdo com o “coração na terra”.
Este sábado, “Dia Mundial Kobane”, em que ocorrem em todo o mundo acções para mobilizar apoios à cidade cercada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), no Rossio, em Lisboa, a situação também foi lembrada, com cartazes e com música.
Tunagur, 34 anos, refugiado curdo a viver em Portugal há quase quatro anos, dois filhos, um deles já nascido no país, esteve na frente dos cartazes, para dizer que “os curdos não aceitam os islamismos radicais”.
“Kobane historicamente é curda, são os curdos quem vive lá, e o EI quer matar os curdos”, diz Serdar Tunagur, acrescentando que estão de facto a matar, incluindo idosos, mulheres e crianças.
E há 47 dias, afirma, que os curdos estão a lutar para viver, “para não deixar a sua terra”, porque o EI não conseguiu em Kobane o que fez no Iraque, que foi tomar cidades numa noite.
Ainda assim, Serdar Tunagur é um homem optimista. Louva o apoio dos países ocidentais na luta contra o EI, mas lamenta que tenham “esperado 35 dias”, deixando os curdos a lutar sozinhos, quase sem armas, sem perceberem que “os curdos não iam deixar a sua terra e iam morrer ali”.
De Portugal vai acompanhando o que se passa lá. “Vivemos aqui, mas os nossos sonhos, ideias, a nossa cabeça, está tudo lá”, justifica. E por isso admite voltar “a casa um dia”. “O nosso coração vive na nossa terra”.
Foi por tudo isso que com a mulher e os filhos esteve junto da estátua de D. Pedro V, no Rossio, ao lado de cartazes a dizer “Save Kobane” ou “Viva a Resistência em Kobane”.
Muitos cartazes e música, e panfletos distribuídos por Sian Eden, turco, do movimento Ritmos de Resistência, uma rede de activistas contra o capitalismo, a globalização, a exploração e a opressão.
Diz à Lusa que os Estados Unidos apenas apoiam Kobane para a situação ficar como está, mas “não para o movimento curdo ganhar”.
Basicamente, diz, é preciso abrir “um corredor” para que outros curdos se possam juntar aos que lutam em Kobane, porque há muitos a querer fazê-lo.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, na noite passada entraram na cidade (que fica perto da fronteira com a Turquia) 150 curdos iraquianos (peshmergas),para combater o EI.
Desde o início da ofensiva, a 16 de Setembro, Kobane está completamente cercada pelos radicais do EI, excepto a norte, parte que limita com Turquia.
Nas últimas horas os combates continuam em Kobane, nomeadamente na zona da mesquita Al Hach Rachad, lá onde vive o coração de Tunagur.
 
(Fonte: Observador)

31 outubro 2014

Chegadas de portugueses à Turquia aumentam 31,6% em Setembro

A Turquia teve em Setembro um aumento em 31,6% do número de visitantes residentes em Portugal, que foram 6 410.
 
Esta subida, que significou um incremento de 1 540 relativamente a Setembro de 2013, impulsionou o crescimento da chegada de residentes em Portugal nos primeiros nove meses deste ano para 13,6%, representando um aumento de 5 054, para 42 319.
Estes números, divulgados pelo Ministério turco da Cultura e do Turismo, seguem a tendência verificada no Aeroporto de Lisboa, mas sem atingir os mesmos níveis de crescimento.
Em Setembro o movimento de passageiros em voos de e para a Turquia aumentou em 69,8% ou cerca de 5,8 mil, atingindo um total de 14 202, e nos nove meses de Janeiro a Setembro o aumento é em 33,1% ou cerca de 25,8 mil, para 103,9 mil.
A Turkish Airlines, parceira da TAP na Star Alliance e única companhia com voos regulares entre Portugal (Lisboa) e a Turquia (Istambul), teve em Setembro 13 247 passageiros nestas ligações, em alta de 58,5% ou cerca de 4,9 mil, e nos primeiros nove meses deste ano somou 99,3 mil, em alta de 33,3% ou cerca de 24,8 mil.
A Turkish, porém, não se dedica em Portugal apenas ao tráfego que tem como destino final a Turquia, pois aposta também em fazer valer o seu hub de Istambul para conexões para outros destinos, designadamente do Médio e Extremo Oriente.
Além dos voos da Turkish, o Aeroporto de Lisboa teve também este Setembro charters para Antália e Istambul, que no mês homólogo de 2013 não existiram.
Os charters para Antália somaram 693 passageiros nos dois sentidos em Setembro e 3 011 nos primeiros nove meses, neste caso com um crescimento superior a 200%.
Os charters para Istambul transportaram 262 passageiros em Setembro e 1 615 deste o início de 2014, neste caso em queda de 60,8%.

Fonte: (Press Tur)

30 outubro 2014

Crise da Rússia chega ao turismo da Turquia

A Turquia teve em Setembro um aumento das chegadas de visitantes estrangeiros em 2% ou 86,3 mil, para 4,352 milhões, porque lhe ‘valeram’ os emissores da Ásia, que compensaram a queda do seu maior emissor este ano, a Rússia.

Dados do Ministério turco da Cultura e da Economia revelam que em Setembro as chegadas da Rússia caíram 10,2% ou cerca de 72,3 mil, a que se somou uma queda também das chegadas da Ucrânia, em 35,4% ou cerca de 37,7 mil.
Estas quedas acarretaram um decréscimo em 9,5% ou cerca de 113,2 mil visitantes residentes nos países da UIS (União de Estados Independentes), que foi compensada principalmente pelo aumento das chegadas dos emissores asiáticos em 23,5% ou 110,4 mil, com realce para o Irão, que foi mesmo o emissor de onde teve o maior aumento em Setembro, em 34,5% ou 47,9 mil.
Igualmente em alta estiveram as chegadas de emissores europeus, com realce para a Alemanha (+4,6% ou mais 28,6 mil), Reino Unido (+10,8% ou mais 10,3 mil), Bulgária (+10,8% ou mais 17,3 mil) e Grécia (+21,9% ou mais 13,4 mil).
O maior emissor em Setembro foi a Alemanha, com 645,9 mil visitantes, seguida da Rússia, que apesar da queda totalizou 637,7 mil, ficando à frente do Reino Unido (400,4 mil), Irão (186,5 mil) e Bulgária (176,7 mil).
O Top10 dos emissores em Setembro inclui ainda a Geórgia, com 163,6 mil (-9,7% ou menos 17,7 mil), a Holanda, com 132,4 mil (-5,1% ou menos 7,1 mil), França, com 90,3 mil (-1,2% ou menos 1,1 mil), Estados Unidos, com 89,6 mil (-3,4% ou menos 3,1 mil), e Suécia, com 84,5 mil (-11,2% ou menos 10,6 mil).
Entre os emissores de onde a Turquia teve maiores aumentos das chegadas em Setembro contaram-se, além do Irão (mais 47,9 mil), Alemanha (mais 28,6 mil), Reino Unido (mais 20,3 mil), Bulgária (mais 17,3 mil) e Grécia (mais 13,4 mil), também a Arábia Saudita, que foi mesmo o emissor com o segundo maior aumento, com mais 35 mil (+240,2%, para 49,6 mil).
Os dez maiores aumentos do mês incluem ainda a Polónia, com mais 9,2 mil (+12,4%, para 83,2 mil), a China, com mais 8,6 mil (+57,1%, para 23,6 mil), a Índia, com mais 4,7 mil (+60,6%, para 12,5 mil), e o Japão, com mais 4,6 mil (+31,3%, para 19,6 mil).
Nos nove meses de Janeiro a Setembro, em que se dilui o impacto da crise Rússia-Ucrânia e da desvalorização do rublo, a Rússia mantém-se o maior emissor para a Turquia com 4,143 milhões de visitantes, em alta de 8,6% ou 328,8 mil, suplantando a Alemanha, que no período homólogo de 2013 era nº 1, mas cujo crescimento este ano é de 3,4% ou 133 mil, para 4,089 milhões.
A lista dos maiores emissores até Setembro inclui ainda o Reino Unido, com 2,219 milhões (+4,5% ou mais 96,5 mil), a Geórgia, com 1,344 milhões (-2,6% ou menos 35,5 mil), o Irão, com 1,297 milhões (+39,6% ou mais 367,7 mil), a Bulgária, com 1,269 milhões (+8,3% ou mais 96,7 mil), a Holanda, com 1,092 milhões (-0,1% ou menos 1,3 mil), França, com 869,1 mil (+0,8% ou mais 6,8 mil), Iraque, com 670,2 mil (+25,3% ou mais 135,4 mil), e a Grécia, com 631,3 mil (+24% ou mais 122,3 mil).
O Irão mantém-se nos nove meses como o emissor com o maior aumento (mais 367,7 mil), seguido da Rússia (mais 328,8 mil), Iraque (mais 135,4 mil), Alemanha (mais 133 mil), Grécia (mais 122,3 mil), Arábia Saudita (mais 104,2 mil ou +56%, para 290,3 mil), Bulgária (mais 96,7 mil), Reino Unido, mais 96,5 mil), Polónia (mais 83,8 mil) e Coreia (mais 47,6 mil ou +33,3%, para 190,5 mil).
A informação do Ministério turco da Cultura e Turismo mostra que o aumento em 6,1% ou 1,733 milhões de visitantes nos primeiros nove meses deste ano, para +30,088 milhões, deveu-se ao aumento em 7,1% ou 1,909 milhões de turistas (que pernoitaram pelo menos uma noite no país), para 28,679 milhões, compensando um decréscimo dos excursionistas (que não fizeram qualquer pernoita) em 11,1% ou 175,6 mil, para 1,408 milhões.
Antalya manteve-se a principal ‘porta de entrada’ na Turquia, com 10,014 milhões de visitantes de Janeiro a Setembro, acima do período homólogo de 2013 em 4,7% ou 453,3 mil, mas foi Istambul que teve o maior aumento, em 12,7% ou 1,015 milhões, para 8,985 milhões.

(Fonte: PressTur)


Lucro da Inapa quintuplica para 800 mil euros com ajuda da Turquia

A fábrica comprada na Turquia no ano passado contribuiu para a subida do negócio do papel, o principal mercado da empresa. A embalagem também ajudou às contas. A dívida continua a ser para diminuir.
 
A Inapa conseguiu quintuplicar os lucros nos primeiros nove meses do ano. Os negócios do papel, a principal operação, e da embalagem, impulsionaram as contas da empresa liderada por José Félix Morgado.
 
O resultado líquido nos primeiros nove meses do ano ascendeu a 800 mil euros, praticamente cinco vezes mais do que os 160 mil euros alcançados no mesmo período de 2013, conforme aponta o comunicado de resultados enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
 
O aumento das receitas permitiu este crescimento do lucro da distribuidora. As vendas subiram 4,8% para 681,3 milhões de euros. Para este campo contribuiu o negócio central da empresa, o papel, em que o aumento das receitas foi de 4,4%. Nos negócios complementares, a embalagem verificou um comportamento positivo, com um avanço de 24,9%, ao passo que a comunicação visual deslizou 1,7%.
 
A margem bruta ficou-se pelos 124,2 milhões de euros, uma subida de 4,7%. Os custos cresceram 1,7% para os 102,3 milhões de euros. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente – sem influência de aquisições – subiu 17,5% para 18,5 milhões de euros.
 
Turquia sustenta papel
 
As vendas do papel subiram 4,4% para 591,6 milhões de euros. Um valor que foi sustentado pela entrada no mercado turco, com a fábrica Korda, em 2013. "A ligeira desaceleração do crescimento económico levou a um abrandamento no crescimento do negócio do papel em termos orgânicos, cujo aumento de vendas reflecte a contribuição relevante decorrente da entrada no mercado turco", acrescenta o comunicado.
 
É por isso que, no documento, a Inapa ressalva que "a evolução do volume de negócios confirma a execução em 2013 do plano estratégico de investimento nos mercados emergentes, como a Turquia, e dos negócios complementares, designadamente no sector da embalagem".

A embalagem registou uma subida de 24,9% para 48,6 milhões de euros, "impulsionada pelo crescimento nos mercados onde opera e complementado pelas aquisições da Karbox (França), Tradembal (Portugal) e Realpack (Alemanha)". Já a comunicação visual obteve vendas 23,1 milhões de euros, uma quebra de 1,7% em termos homólogos.
 
Em relação à dívida, uma prioridade assumida pela gestão, houve uma redução de 2% para 321 milhões de euros. Excluindo as compras de activos do ano passado, a dívida caiu 6,6%.  
 
(Fonte: Jornal de Negócios)
 

Turquia é "uma das molas que está a puxar pela melhoria da rentabilidade "

O presidente da Inapa acredita que fez um bom investimento ao adquirir a fábrica Korda, na Turquia, que contribuiu para uma evolução positiva do negócio do papel. "Por enquanto", a Korda está apenas centrada no papel. Mas Félix Morgado frisou o "por enquanto".
A fábrica de papel turca Korda foi comprada em Setembro de 2013. E já ajudou as contas da compradora, a Inapa, até Setembro de 2014. Aliás, segundo o presidente executivo da empresa, "é uma das molas que está a puxar pela melhoria da rentabilidade".
 
A Inapa conseguiu que o lucro quintuplicasse, nos primeiros nove meses do ano, até aos 800 mil euros, graças ao avanço das vendas. O negócio do papel é o mais significativo. E a fábrica turca permitiu que esta operação, em declínio na Europa, tivesse um desempenho positivo. 
 
"Se retirássemos a Turquia e Angola, não teríamos crescido 4,8% nas vendas da Inapa. Teríamos um volume de negócios equivalente ao do ano passado", comentou ao Negócios o presidente executivo da empresa.

No comunicado de resultados, a Inapa sublinha que as contas confirmam "a oportunidade da execução" daquela compra no ano passado. A fábrica da Turquia centra-se no negócio do papel. "Por enquanto", sublinhou Félix Morgado.
 
As últimas compras foram bem sucedidas, segundo o CEO da distribuidora de papel, que está "a olhar para novas oportunidades". Novidades nunca são dadas antes de serem concretizadas, diz, mas certo é que a gestão não quer "descurar a redução da dívida" – uma das razões para que os dividendos não devam ser, novamente, distribuídos no próximo ano.
 
A melhoria dos resultados, com uma maior geração de fundos de caixa ("cash flow") tem permitido reembolsar alguma dessa dívida - que superou os 321 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2014. O fundo de maneio também tem vindo a ser reduzido. O controlo de custos também contribui para isso. Ainda assim, sublinha Félix Morgado, não se prevêem despedimentos. A Inapa emprega cerca de 1.500 funcionários nos vários mercados onde opera. Alterações neste número tanto podem ser no sentido ascendente como descendente, defende o CEO, referindo que se trata da normal vida das empresas.
 
O papel e as embalagens deram um contributo positivo para as contas dos primeiros nove meses de 2014. Já a comunicação visual sofreu uma ligeira contracção, algo que Félix Morgado atribui "a algum adiamento de algumas operações de investimento por parte de clientes", que espera que sejam retomadas no quarto trimestre. Apesar desta evolução "pontual", é para continuar a apostar neste negócio complementar. 
 
(Fonte: Jornal de Negócios)

28 outubro 2014

Dezanove homens presos em mina de carvão

Dezanove homens estão presos numa mina de carvão em Ermenek, província de Karaman, na Turquia, depois de um desabamento provocado por uma inundação.
O governador de Karaman revelou que 25 trabalhadores terão conseguido escapar, enquanto 19 ficaram presos dentro da mina. A operação de salvamento já está em marcha. Os mineiros estão presos numa galeria a cerca de 300 metros da superfície. Os ministros turcos da Energia e dos Transportes, Taner Yildiz e Lutfi Elvan, respectivamente, estão a dirigir-se para o local para acompanhar as operações de resgate.
 
(Fonte: TVI)

27 outubro 2014

Investidores turcos interessados nos portos nacionais

Mais de duas dezenas de empresas portuguesas de vários sectores foram à Turquia na busca de novas oportunidades de negócio.
As concessões portuárias que se prevê serem adjudicadas nos próximos meses em Portugal despertaram o interesse de vários investidores turcos, apurou o Diário Económico junto de fonte do Governo, que não especificou a identidade desses potenciais concorrentes. A abertura para a entrada do investimento turco no sector portuário português está mais consolidada desde que, nas passadas quinta e sexta-feira, o vice primeiro-ministro Paulo Portas fez uma visita diplomática e económica à Turquia. Um dos pontos altos dessa visita foi a assinatura de um acordo de cooperação bilateral, Estado a Estado, para o sector portuário.
Segundo o Diário Económico soube, de entre as áreas de cooperação previstas nesse acordo para o sector portuário, está previsto o estabelecimento de parcerias para a construção, gestão e desenvolvimento dos portos, assim como a construção de navios e iates, manutenção e reparação naval, reciclagem de navios e construção de estaleiros navais.
O acordo sobre o sector dos portos entre Portugal e a Turquia, assinado em Ancara, capital turca, na passada quinta-feira (dia 23), determina ainda a cooperação entre os dois países no âmbito da formação profissional em áreas como segurança marítima; prevenção da poluição marinha; gestão portuária e de frotas; construção, manutenção e reparação naval; e desenvolvimento de sistemas de transporte multimodal entre os dois países.
"Espera-se ainda que este novo instrumento jurídico contribua para reforçar as ligações marítimas directas entre operadores dos dois países", refere um documento governamental sobre este protocolo, a que o Diário Económico teve acesso.
A estreia do investimento turco em Portugal, em montantes de referência, ocorreu precisamente este ano, em Julho, quando o consórcio integrado pela GPH - Global Ports Holding (Global Liman Isletmeleri) ganhou o concurso para a construção e concessão do novo terminal de cruzeiros do porto de Lisboa.
A GPH tem sede em Istambul e gere os três maiores portos comerciais e de cruzeiro da Turquia, servindo mais de 850 mil passageiros por ano e detendo uma quota de mercado de cerca de 50%. Das 55 empresas de cruzeiro que operam no Mediterrâneo, 43 escalam regularmente os portos geridos pela GPH.
A delegação chefiada por Paulo Portas integrou o secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, assim como a administração da AICEP.
Ocorreram encontros com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoğlu; com o vice-primeiro-ministro, Ali Babacan; e com os ministros turcos dos Transportes e da Economia, na passada quinta-feira.
Esta missão de Paulo Portas à Turquia foi precedida pela primeira reunião da comissão conjunta entre os dois países, a 27 de Junho. A segunda reunião teve lugar já na passada sexta-feira, na Turquia, liderada por Paulo Portas e pelo ministro turco da Economia, Nihat Zeybecki. Os objectivos passaram por "estimular a relação económica para criar oportunidades para o sector privado, reforçar as exportações, facilitar o investimento e parcerias empresariais, geradoras de emprego", sublinha o documento oficial.
Durante esta visita à Turquia realizou-se também o Fórum Empresarial Portugal-Turquia, em que participaram 24 empresas portuguesas dos sectores industrial, de engenharia, arquitectura, tecnologias de informação, farmacêutica e biotecnologia.
As exportações portuguesas para a Turquia cresceram 7,6% no ano passado, para 382 milhões de euros.
 
(Fonte: Económico)

24 outubro 2014

Consulados da Turquia evacuados devido a envelope com pó amarelo

A recepção de um envelope com um pó amarelo desencadeou a evacuação, como medida de prevenção, de três consulados da Turquia, o canadiano, o belga e o alemão, informou esta sexta-feira a emissora CNNTürk.
O primeiro a soar o alarme foi o consulado do Canadá, situado no distrito de negócios de Levent de Istambul, que avisou a polícia da chegada de um envelope com um estranho pó amarelo.
A polícia evacuou as dependências do consulado, situado num prédio de escritórios, e iniciou uma investigação na qual participam especialistas do serviço de emergências turco, com trajes especiais de protecção.
Do consulado alemão também chegou uma notícia muito similar e este foi igualmente evacuado, o mesmo acontecendo na delegação belga, assegurou a emissora.
Até ao momento não se sabem mais detalhes sobre a natureza do envio nem qual é a substância dentro dos envelopes.
 
(Fonte: Diário Digital)

20 outubro 2014

Turquia cede o mínimo e insiste que os EUA estão a armar curdos “terroristas”

Norte-americanos fazem primeira entrega de armas e munições aos combatentes que defendem a cidade síria de Kobani dos jihadistas.

À Turquia tem-se pedido muito: que autorize a entrada na Síria de combatentes turcos curdos, que permita a passagem pelo seu território de armas para reforçar os curdos que combatem os fundamentalistas do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, e que deixe a coligação liderada pelos Estados Unidos usar as suas bases aéreas. Para Ancara, os riscos são altos – e daí todas as condições que tem colocado. O anúncio de que vai facilitar a entrada na Síria aos combatentes curdos iraquianos é um primeiro passo, mas também é uma forma de continuar a evitar entrar nesta guerra.
Os curdos que defendem Kobani, cidade síria junto à fronteira com a Turquia, cercada pelo EI por todos os lados menos por Norte, tiveram esta segunda-feira um dia de boas notícias. Primeiro, vieram os “27 fardos” largados por aviões de transporte C-130 norte-americanos: 21 toneladas de armas e munições fornecidas pelas autoridades do Curdistão iraquiano, incluindo armamento antitanques, dizem os curdos no terreno, que esperam novos carregamentos nos próximos dias.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, telefonou ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, a avisá-lo desta operação, que não implicou a entrada no espaço aéreo turco. Horas depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavusoğlu, anunciava que o seu Governo ia “ajudar os peshmerga [combatentes] a passar para Kobani”.
Mas nada disto muda o facto de Ancara ver o YPG (Unidades de Defesa do Povo), a milícia do Partido da União Democrática (PYD, sírio) que defende Kobani, como igual aos seus aliados do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão, turco), que tanto a Turquia como os EUA e Bruxelas consideram um “grupo terrorista”, ou mesmo como igual ao EI.
“Nos últimos dias, começou a surgir a ideia de armar o PYD para combater o ISIL [outro acrónimo de EI]. “Para nós, PYD e PKK são o mesmo, uma organização terrorista”, disse Erdoğan este fim-de-semana. “Seria errado esperar um ‘sim’ como resposta da nossa parte se um país amigo e aliado da NATO nos pede colaboração e admite apoiar uma organização terrorista.”
Entretanto, as autoridades turcas libertaram os últimos curdos sírios dos 250 detidos há duas semanas. O grupo, vindo de Kobani, era acusado de ligações ao PKK, o movimento com o qual Ancara iniciou negociações há dois anos, após um conflito com mais de 30 anos que já fez mais de 40 mil mortos.
“Deixem-me dizer claramente aos nossos aliados turcos que compreendemos os fundamentos da sua oposição e os nossos a qualquer tipo de grupo terrorista, e são particularmente óbvios os desafios que eles enfrentam com o PKK”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry. Mas os membros do EI “escolheram este campo de batalha [Kobani], atacando um pequeno grupo que, apesar de estarem ligados às pessoas a que os nossos amigos turcos se opõem, estão corajosamente a combater o ISIL”.
Se o PYD e o seu exército são próximos do PKK – e são, muito próximos –, a lógica dita que Washington também se oporia. Mas a Síria e a ameaça dos jihadistas pôs em causa muitas lógicas. Com esta operação de entrega de armas, os EUA admitem pela primeira vez estar a armar directamente o YPG.
UE pressiona Ancara
Não é de agora que a Turquia teme o PYD. Este partido controla desde há muito várias zonas da Síria conquistadas ao regime de Bashar al-Assad. No final do ano passado, anunciou a criação de um governo para três distritos. Esta ambição territorial (que Ancara usa para sustentar a comparação com o EI) é o que mais preocupa um país onde vivem 14 milhões de curdos, muitos dos quais já protestaram violentamente pela ausência de mais ajuda a Kobani, razão que levou também o PKK a ameaçar desistir das negociações de paz.
Permitir a entrada de combatentes curdos iraquianos – Ancara acabou por se render à existência de um Curdistão iraquiano e tem boas relações com os seus líderes – e libertar os sírios são formas de aliviar um pouco a pressão sem ceder em nada no que são as suas linhas vermelhas.
Para mais cooperação, Erdoğan exige que o alvo se alargue do EI ao regime de Assad, que seja imposta uma zona de segurança na Síria junto à fronteira turca para os refugiados (a Turquia recebe pelo menos 1,5 milhões, incluindo quase 200 mil que fugiram de Kobani), a criação de uma zona de exclusão aérea no espaço sírio junto à Turquia para proteger os refugiados e os sírios que combatem Assad (Exército Livre da Síria) e que outros grupos da oposição (não ligados à Al-Qaeda nem ao EI) recebam treino e equipamento.
A pressão é que não vai parar. Já ao fim do dia, a União Europeia pediu a Ancara que “abra a sua fronteira para todos os reabastecimentos para a população de Kobani”. O comunicado, saído de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros, não é claro, mas um diplomata ouvido pela AFP diz que o pedido se refere a bens de primeira necessidade, mas também a combatentes e armas.
 
(Fonte: Público)

17 outubro 2014

A Turquia e a questão curda

1.A Turquia é um Estado complexo, em termos de identidade e geopolíticos. Isso resulta da sua própria história, da extensão do seu território, superior a 780.000 Km2, mas também da heterogeneidade de uma população que ronda os 80 milhões.
Sendo, simultaneamente, Europa e Médio Oriente, o leste e o sudeste do país interligam-na com essa área geopolítica conturbada e os seus intrincados conflitos. Às suas portas decorrem a violenta guerra civil na Síria, a guerra intermitente no Iraque e as bárbaras atrocidades do ISIL (Estado Islâmico do Iraque e Levante, na sigla Inglesa), sobre as minorias cristãs, yazidis, xiitas e curdas. Consequência da instabilidade geopolítica e da crise humanitária gerada, a questão curda voltou a reentrar na política internacional. Como se pode ver pelas recentes e dramáticas imagens do cerco à cidade síria de Kobani, junto à fronteira turca, pelo ISIL, o problema curdo tem um perfil transnacional. O que explica a repartição das populações curdas por vários Estados? Como se chegou à questão curda actual, onde esta minoria étnica é alvo frequente de violência e sofrimentos provocados pelos próprios Estados onde vive? Impõe-se um breve enquadramento político e histórico.
2. Até à I Guerra Mundial os curdos encontravam-se essencialmente repartidos entre o Império Otomano e o Império Persa. Hoje encontram-se nos seus Estados sucessores, respectivamente Turquia, Iraque e Síria (Império Otomano) e Irão (Império Persa). A sua população total é estimada algures entre os 27,5 e os 35 milhões de pessoas. A seguir aos árabes, aos turcos e aos persas/iranianos, os curdos são o quarto maior grupo étnico do Médio Oriente. Não existem, todavia, estatísticas oficiais que permitam dar um número rigoroso, pelo que todos os valores que se possam apontar são meras aproximações. A dispersão territorial e política da população curda acentuou a sua heterogeneidade. Encontram-se repartidos por vários grupos religiosos e linguísticos, a par de divisões tribais e em clãs. Em termos religiosos, existe uma grande predominância de muçulmanos sunitas (rondará os 80% ou até um pouco mais). É significativo o número de alevis (estimado entre 12% a 15 %). Em termos mais residuais, encontram-se também yazidis, judeus e cristãos (na ordem dos 3% ou algo inferior). Quanto à língua curda contém vários dialectos: o curmanji, o sorani, o zaza e o gorani. Os dois primeiros são predominantes, existindo, também, diversos subdialectos. Importa notar que uma parte significativa dos curdos não fala curdo, em qualquer dos seus dialectos. As razões são essencialmente políticas e estão ligadas à proibição legal e/ou marginalização política e social do uso da língua curda, nos Estados onde vivem.
3. A história faz sentir o seu peso na questão curda. O Tratado de Sèvres, assinado em 1920, entre as potências vencedoras da I Guerra Mundial e o Império Otomano/Turquia previa a possibilidade de nascimento de um Estado curdo. À parte os interesses estratégicos das potências europeias na região, a ideia inseria-se na linha dos ideais do Presidente dos EUA, Woodrow Wilson e da fórmula do “direito das Nações disporem de si próprias”. O Tratado de Sèvres nunca chegou a ter validade jurídica, pois não foi ratificado pelo Império Otomano/Turquia. Todavia, o seu texto reflecte problemas bem actuais. No seu artigo 62.º, sob a epígrafe “Curdistão”, estabelecia a preparação da “autonomia local para as regiões predominantemente curdas, situadas a leste do Eufrates [...] e a norte da fronteira da Turquia com a Síria e a Mesopotâmia.” Previa, complementarmente, “garantias plenas para a protecção dos assírios-caldeus e outras minorias raciais ou religiosas no interior destas regiões”. Por sua vez, o artigo 64.º considerava uma possível independência: “Se, no prazo de um ano a contar da entrada em vigor do presente Tratado, a população curda [...] demonstrar que uma maioria da população dessas regiões deseja tornar-se independente da Turquia [...]” esta compromete-se “a executar essa recomendação e a renunciar a todos os direitos e títulos sobre essas regiões.” Não foi esse o rumo da história, após a vitoriosa campanha militar de Mustafa Kemal Atatúrk, em 1921-1922, que levou à fundação da moderna República da Turquia em 1923.
 
(Fonte: Público)

14 outubro 2014

Turquia quebra cessar-fogo e bombardeia PKK

Esta é a primeira grande falha num cessar-fogo de quase dois anos entre independentistas curdos e a Turquia. Tensões regressaram depois de Ancara ter recusado apoiar os curdos no combate aos avanços do autoproclamado Estado Islâmico.

Aviões F-16 e F-4 turcos bombardearam esta terça-feira duas bases militares do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), perto da fronteira com o Iraque. As acções desta terça-feira não deixam dúvidas acerca do momento de tensão vivido no cessar-fogo em vigor há quase dois anos.
Os ataques aéreos em Daglica, cidade próxima da fronteira com o Iraque, constituíram uma resposta ao bombardeamento de um posto militar turco pelo PKK, dizem as forças armadas, citadas pela BBC. Também o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoğlu, fez saber que as acções do exército turco constituem uma retaliação face a ataques do PKK na zona fronteiriça, de acordo com a agência Reuters.
Pelo menos 35 pessoas morreram em tumultos durante a semana passada quando membros da minoria turca (que conta cerca de 15 milhões) se insurgiam contra a inércia da Turquia no combate ao Estado Islâmico (EI), especialmente no combate travado no enclave sírio de Kobane, cidade que os jihadistas tentam tomar há quase um mês e da qual detêm agora a maior parte.
"Pela primeira vez em quase dois anos, uma operação aérea foi levada a cabo contra nós pelas forças do exército da ocupante República da Turquia", disse uma fonte do PKK, citada pela agência Reuters. "Estes ataques contra duas bases da guerrilha em Daglica violaram o cessar-fogo", declarou o membro do PKK.
Os curdos do PKK têm ajudado a milícia curda YPG (Unidades de Protecção Popular) no combate aos extremistas sunitas do EI. Já a Turquia não está disposta a abrir mão do combate de três décadas contra o movimento curdo independentista e nega firmemente armar as forças curdas ou permitir-lhes que atravessem a fronteira com a Síria através de território turco.
Ancara, como os EUA e a União Europeia, classifica o PKK como organização terrorista. O líder e cofundador dos rebeldes soberanistas, Abdullah Ocalan, está preso na Turquia desde 2012.
Ocalan terá dito esta semana que as conversações de paz entre o grupo e Ancara deveriam ocorrer até quarta-feira, segundo a agência Reuters. Citado pelo seu irmão, Mehmet, Ocalan terá avisado a partir da prisão: "Esperaremos até 15 de outubro... Depois nisso não haverá nada que possamos fazer".
Num funeral na cidade turca de Suruc (a cerca de 10 quilómetros da fronteira síria) de quatro mulheres combatentes do YPG, centenas de pessoas cantavam: "'Erdoğan [Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan] assassino" em turco e também 'longa vida ao YPG' em curdo", contava a Reuters esta terça-feira.
Relutante em juntar-se às fileiras de combate aos jihadistas, o Parlamento de Ancara aprovou a 2 de outubro a entrada do país na coligação internacional - liderada pelos EUA - que tem levado a cabo ataques aéreos no Iraque e na Síria. Contudo, o país não está disposto a abrir mão do combate ao regime sírio de Bashar al-Assad e aos separatistas curdos do PKK.
A Turquia põe como condição para um apoio real à campanha militar contra os jihadistas do EI uma luta paralela contra o regime de Damasco. Todavia, Washington opõe-se a esta medida, por dispersar a estratégia militar em curso, que visa unicamente destruir o autoproclamado EI.

(Fonte: Expresso)

13 outubro 2014

Afinal, ainda não há acordo entre EUA e Turquia para uso das bases aéreas turcas

Estados Unidos anunciaram o acordo no domingo, mas a Turquia negou-o esta segunda-feira, revelando que existem conversações e que se mantêm.
 
Falso alarme. O acordo entre Estados Unidos e Turquia para o acesso dos primeiros às bases aéreas turcas, com particular foco em Incirlik, foi negado pelo governo de Erdogan, avançou o New York Times esta segunda-feira. Ainda assim, as conversações existem e mantêm-se. Tudo não terá passado de um mal-entendido.
As negociações surgem no âmbito da campanha internacional liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico (EI), que quererá envolver a Turquia depois do grupo jihadista ter investido na conquista de Kobane, uma cidade síria próxima da fronteira turca.
O anúncio de domingo foi feito pela conselheira de Defesa, Susan Rice, na rede de televisão NBC, acrescentando que os norte-americanos teriam ainda autorização para treinarem “forças rebeldes moderadas” nessas mesmas instalações. “Este é um novo compromisso, e um acordo que é muito bem-vindo”, disse Susan Rice, referindo que ainda haveria detalhes sobre a utilização destas bases aéreas que estariam a ser acertadas entre os dois países. Sabe-se agora que serão mais do que detalhes, embora o diálogo continue de pé.
A base de Incirlik é atualmente utilizada por forças turcas e norte-americanas, uma situação que não está inserida no plano de coligação internacional contra o Estado Islâmico. Estas instalações têm especial interesse por se localizarem perto da fronteira entre a Turquia e a Síria.
A Turquia tem estado relutante em aderir a este esforço internacional devido às reservas em apoiar as forças curdas com quem manteve uma longa guerra civil. Com o avanço dos terroristas em Kobane, o país mobilizou tropas para aquela zona do território, mas pôs de lado qualquer intervenção terrestre. Mais de 200 mil pessoas já fugiram da cidade e estão agora refugiadas do lado turco.
 
(Fonte: Observador)

28 setembro 2014

Agrava-se a tensão na fronteira entre a Turquia e a Síria

Com a cidade curda de Kobani submetida a um intenso ataque dos radicais sunitas da organização Estado Islâmico, continua a aumentar a tensão na fronteira entre a Turquia e a Síria.
Enquanto do lado sírio, os jihadistas  mantêm o cerco à cidade curda de Kobani, as autoridades turcas procuram impedir que curdos turcos e sírios entrem na Síria, para se juntarem à resistência curda que procura defender Kobani.
A poucos quilómetros de Suruc, milhares de curdos forçam as barreiras fronteiriças, enquanto o exército turco tenta travá-los.
Para os curdos, esta atitude das autoridades turcas traduz um apoio claro aos jihadistas.
“Não temos provas de que o Governo turco está a apoiar diretamente a organização Estado Islâmico, mas a política e a diplomacia da Turquia têm consistido em isolar a revolução em Kobani”, disse o deputado curdo do Partido Republicano do Povo (CHP),Ertugrul Kürkcu.
As críticas à atuação do Governo chovem também do lado da oposição laica turca, que acusa as autoridades de terem permitido que combatentes e armamento tenham chegado aos jihadistas através de território turco.
As acusações de um apoio camuflado aos extremistas sunitas, foram rejeitadas pelo primeiro ministro turco, Ahmet Davutoğlu.
“Nós abrimos as nossas fronteiras aos nossos irmãos sírios e recentemente aos nossos irmãos e amigos iraquianos, sem perguntar se são árabes, curdos, yezidis, muçulmanos, cristãos, xiitas ou sunitas”, disse o chefe do Governo turco, acrescentando que “vamos continuar a fazer como até agora”.
Com receio de que os jihadistas massacrem a população civil, 150 mil curdos da Síria fugiram na última semana para a Turquia.
O Parlamento turco votará no dia 2 de outubro a participação da Turquia nas operações da coligação militar internacional.
 
(Fonte: Euronews)

Três franceses acusados de terrorismo na Turquia

Três cidadãos franceses detidos na Turquia, depois de viajarem para a Síria, foram acusados hoje de planearem actos terroristas, afirmou hoje o seu advogado.
Os três homens, que foram alvo de um inquérito judicial esta semana, após a sua prisão na Turquia, foram acusados por um juiz de "associação criminosa com o objectivo de planear actos terroristas", disse à AFP o advogado Pierre Dunac.
Do grupo faz parte um homem de 29 anos, de Toulouse, cunhado do 'jihadista' Mohamed Merah, que foi morto pela polícia depois que ter assassinado sete pessoas, incluindo três crianças, em 2012.
 
(Fonte: DN)

26 setembro 2014

Turquia admite integrar coligação contra jihadistas

O Presidente turco confirmou a mudança de posição do seu país em relação ao combate ao grupo Estado Islâmico e admitiu juntar-se em breve à coligação militar liderada pelos Estados Unidos da América.
Depois do seu regresso da Assembleia Geral da ONU, o Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan confirmou perante os meios de comunicação a mudança de posição da Turquia, que está a ser relacionada com a libertação no sábado de 46 cidadãos turcos mantidos reféns pelo Estado Islâmico desde Junho. “A nossa posição mudou agora. O processo seguinte será totalmente diferente”, declarou à chegada a Istambul. “Como sabem, o projecto de mandato vai ser entregue no Parlamento. Será discutido em 2 de Outubro e espero que possam ser adoptadas as medidas necessárias após a sua votação. Este mandato autoriza a intervenção das forças armadas”, frisou o chefe de Estado.
O poder islamita-conservador turco recusou até agora integrar a coligação militar reunida pelos Estados Unidos para combater o EI, que esta semana iniciou os bombardeamentos de alvos Jihadistas em território sírio, após o início da ofensiva aérea no vizinho Iraque a 8 de Agosto. Ancara tinha designadamente excluído a utilização da base aérea de Incirlik (sul) e do seu espaço aéreo aos aviões com destino à Síria.
Suspeito de ter fornecido armamento durante um largo período aos movimentos mais radicais, incluindo o EI, que defrontam o regime do Presidente sírio Bachar al-Assad, o governo turco justificou a sua alegada “neutralidade” pela necessidade de proteger a vida dos seus 46 cidadãos sequestrados em Junho pelos jihadistas em Mossul, norte do Iraque. Estes reféns foram libertados há seis dias após negociações que — como referiram diversos meios de comunicação social turcos e não desmentidas por Ancara — implicaram a libertação de 50 jihadistas detidos na Turquia.
Já na terça-feira, Erdoğan tinha emitido um sinal sobre uma alteração da abordagem da Turquia face aos conflitos nos dois países vizinhos, quando saudou os primeiros ataques aéreos da coligação na Síria e assegurou que o seu país estava pronto “para qualquer forma de apoio, incluindo militar e político”.
 
(Fonte: Observador)

24 setembro 2014

Novos ataques aéreos atingem fronteira com a Turquia

Os EUA perpetraram esta madrugada novos ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, junto da fronteira com a Turquia, obrigando à fuga de milhares de curdos da região. Barack Obama já avisou que a operação será longa: "Os ataques do início desta semana foram apenas o começo. Haverá mais", declarou o Presidente norte-americano, citado pela CNN.
Segundo o Pentágono, os ataques desta madrugada atingiram a região síria junto à fronteira com o Iraque, a noroeste de Al Qa'im, tendo sido destruídos oito veículos dos jihadistas do Estado islâmico do Iraque e da Síria (ISIS).
No Iraque registaram-se ataques aéreos na zona oeste de Bagdade. Foram destruídos dois veículos armados dos combatentes do ISIS e um esconderijo de armas. Outros dois ataques ocorreram a sudeste da cidade de Irbil, tendo sido anuladas posições de combate do Estado islâmico.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a cidade de Kobani tem sido alvo de mais ataques, tendo-se refugiado cerca de 130 mil pessoas no território vizinho.
Desde agosto os EUA levaram a cabo cerca de 200 atques aéreos na região, contando neste momento com o apoio da  Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain e Qatar.
Observatório Sírio dos Direitos Humanos diz que cerca de 130 mil pessoas se refugiaram no território vizinho. EUA avisam que a luta contra o Estado Islâmico "poderá durar anos".
Na terça-feira, contra-almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono, já tinha avisado que o combate do Estado Islâmico "poderia durar anos". "Haverá um sério esforço por parte de todos os envolvidos. Nós acreditamos que a luta poderá durar anos", afirmou o responsável à BBC.
Entretanto, o Parlamento britânico anunciou que a participação do Reino Unido nos ataques aéreos contra o Estado Islâmico será discutida na próxima sexta-feira, depois de David Cameron ter defendido a necessidade de uma "forte coligação internacional" para destruir o ISIS. Cameron diz que é uma luta em que "ninguém pode escolher ficar de fora".
O Governo holandês pondera também participar na acção militar, estando agendada para esta quarta-feira uma reunião que abordará a eventual entrada em acção de quatro caças F16.
Já a Turquia, que sempre recusara envolver-se no combate contra o Estado Islâmico, mudou de posição pressionada pela comunidade internacional. "Daremos o apoio necessário à operação a nível militar ou logístico," afirmou o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdoğan, em Nova Iorque, após a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Durante o encontro, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, garantiu que mais de 50 países se associaram ao país na coligação internacional contra o Estado Islâmico.

(Fonte: Expresso)

21 setembro 2014

Cerca de 70 mil curdos sírios refugiam-se na Turquia para fugirem do Estado Islâmico

"O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está a reforçar os seus esforços de ajuda ao Governo da Turquia para auxiliar os cerca de 70 mil sírios que fugiram para a Turquia nas últimas 24 horas", adiantou a organização, num comunicado publicado na noite de sábado.
Diz também que o "Governo turco e o ACNUR preparam-se para a possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias", enquanto os combates continuarem.
A Turquia abriu na quarta-feira as suas fronteiras aos refugiados sírios que, na quinta-feira, começaram a abandonar a localidade de Ain al-Arab, cercada pelos combatentes do grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI).
Ain al-Arab, a terceira maior cidade curda da Síria, tinha sido relativamente poupada pelo conflito na Síria e chegou a servir de abrigo a cerca de 200 mil sírios deslocados, refere a ONU.
Mas o recente aumento da atividade dos jihadistas do EI na região e o cerco que fizeram à cidade, levou muitos moradores a fugirem, principalmente curdos.
"O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está a reforçar os seus esforços de ajuda ao governo da Turquia para auxiliar os cerca de 70 mil sírios que fugiram para a Turquia nas últimas 24 horas", adiantou a organização, num comunicado publicado na noite de sábado.
Diz também que o "governo turco e o ACNUR preparam-se para a possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias", enquanto os combates continuarem.
A Turquia abriu na quarta-feira as suas fronteiras aos refugiados sírios que, na quinta-feira, começaram a abandonar a localidade de Ain al-Arab, cercada pelos combatentes do grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI).
Ain al-Arab, a terceira maior cidade curda da Síria, tinha sido relativamente poupada pelo conflito na Síria e chegou a servir de abrigo a cerca de 200 mil sírios deslocados, refere a ONU.
Mas o recente aumento da atividade dos jihadistas do EI na região e o cerco que fizeram à cidade, levou muitos moradores a fugirem, principalmente curdos.

Presidente turco declara que reféns foram libertados após negociações

O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, declarou, este domingo, que as dezenas de reféns da Turquia sequestrados pelo grupo extremista Estado Islâmico em Mossul, em Junho, foram libertados no sábado na sequência de "negociações diplomáticas" e não foi pago resgate.
"Uma troca monetária estava totalmente fora de questão. Houve apenas negociações diplomáticas e políticas. É uma vitória da diplomacia", declarou Erdoğan aos jornalistas no aeroporto de Ancara, antes de partir para Nova Iorque, onde participará da 69.ª Assembleia Geral da ONU.
No sábado, Erdoğan referiu uma "operação secreta" do serviço de informação turco.
"Não importa se houve troca ou não. A coisa mais importante é que (os reféns) estão de volta e reunidos com as suas famílias", disse Erdoğan ao ser questionado se os reféns haviam sido libertados em troca de militantes do grupo Estado Islâmico (EI).
Diplomatas turcos e os seus familiares foram raptados, juntamente com oficiais das forças especiais, no consulado do seu país, a 11 de Junho, em Mossul, por militantes do grupo radical islâmico Estado Islâmico, que já ocupou uma vasta região do norte do Iraque.
A Turquia tem estado relutante em participar na coligação de países, liderado pelos Estados Unidos, que estão a combater o EI. Entretanto, Erdoğan disse que o país pode mudar de posição, agora que os reféns foram libertados.
 
(Fonte: Jornal de Notícias)

12 setembro 2014

"Turquia espera que a adesão à UE não demore 50 anos"


O recém empossado ministro turco dos Assuntos Europeus, Volkan Bozkır, veio a Lisboa a convite do seu homólogo e para discutir questões ligadas à adesão à UE.

De forma franca, Bozkır disse ao DN que a Turquia é "teimosa", não desiste da UE mas "espera que a adesão não demore outros 50 anos". O responsável turco reconheceu que, no que toca à adesão de Ancara, o "quadro não é animador" mas isso não significa que a Turquia desista de integrar a União Europeia. Pelo contrário. "Estamos a trabalhar como se todos os capítulos estivessem abertos", assim, quando isso acontecer, a "Turquia está pronta para as negociações".
Volkan Bozkır, falando sobre a Ucrânia e o papel da UE, considerou existirem países da UE que fazem promessas que, na prática e "realisticamente" não podem cumprir mas, entretanto, já enviaram os sinais errados. Aconteceu na Geórgia, quando prometeram apoiar o seu Presidente e depois não o fizeram, "e hoje não se sabe o que pertence ou não à Geórgia". Aconteceu o mesmo com a Ucrânia mas quando esta perdeu a Crimeia "nada se fez". No que toca à Turquia, ela "não é a mesma de há 50 anos". "É uma ilha de estabilidade em termos políticos, económicos e militares" no meio de vizinhos cheios de problemas, diz Bozkır.
 
(Fonte: DN)

Rui Machete reitera apoio de Portugal ao processo de adesão da Turquia à UE

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, reiterou o apoio de Portugal ao processo de adesão da Turquia à União Europeia (UE), num encontro com o novo ministro dos Assuntos da UE turco, Volkan Bozkir. “Debatemos o processo de adesão da Turquia à UE, com a oportunidade de reiterar o apoio de Portugal a esse processo. Somos a favor do ingresso da Turquia na UE, e já o somos há alguns anos”, afirmou Machete durante a conferência de imprensa conjunta no Palácio das Necessidades e antes do almoço de trabalho que conclui a visita oficial do ministro.
Antes, e no decurso de um encontro prévio que se prolongou por mais de uma hora, o ministro português teve oportunidade de defender um novo impulso às negociações de adesão, bloqueadas há vários anos, e a abertura de novos capítulos negociais. “Se foram fixados os objetivos que devem ser atingidos em cada capítulo, acredito que a UE e a Turquia vão progredir mais rapidamente”, afirmou ainda, após sublinhar a importância de ambas as partes se “conhecerem melhor” e “garantir confiança mútua”. “Somos claramente a favor da adesão turca, ajudaremos no que for possível, é um processo complexo e não posso indicar todos os aspetos em que possamos ser úteis, mas esta é a posição de Portugal”, disse.
A nível económico, foi abordado o atual estado da união aduaneira UE-Turquia, com Machete a defender “uma maior articulação entre as posições negociais da Comissão Europeia e as preocupações da Turquia”, de forma a garantir o relacionamento existente entre as duas partes. A parceria transatlântica de comércio e investimento com os EUA foi outro tema em destaque, com o ministro português a sublinhar o interesse de Ancara “em poder participar, ou conhecer com detalhes as negociações, para que o tratado seja estendido até à Turquia quando for estabelecido”.
No âmbito do “bom relacionamento” bilateral entre as duas capitais, o chefe da diplomacia destacou o seu “reforço substancial” a nível político e económico, destacou o trabalhos das comissões mistas — com uma segunda reunião agendada para outubro — e a evolução positiva das relações comerciais com as exportações portuguesas para a Turquia “a aumentarem 17,5% nos últimos cinco anos”.
A situação internacional também foi um dos temas em debate, tendo sido analisada “a difícil situação política e humanitária no Mediterrâneo e Médio Oriente” e a importância do papel da Turquia na resolução destes problemas. O ministro português também expressou a solidariedade do Governo de Lisboa pelo “papel fundamental” assumido pela Turquia “no apoio às vítimas da catástrofe humanitária provocada pelos jihadistas que atuam na Síria e Iraque” e disse que Portugal “encorajou” o reforço das suas fronteiras para impedir o afluxo, através de território turco, de combatentes ocidentais que pretendam alistar-se nas fileiras dos fundamentalistas.
Nas suas declarações, Volkan Bozkır — um dos membros do novo Governo islamita conservador turco do primeiro-ministro e ex-MNE Ahmet Davutoğlu, que tomou posse no início de Setembro após a eleição de Recep Tayyip Erdoğan para a Presidência — disse ter optado por Portugal na primeira deslocação para “receber energias” antes das visitas a Bruxelas e Estrasburgo. “A adesão à UE permanece um alvo estratégico, a Turquia vai prosseguir neste caminho, no futuro e utilizando todos os meios necessários. Foi uma importante mensagem (…) temos que compensar o tempo perdido nos últimos anos e manter esta relação viva”, assinalou.
Numa referência às relações bilaterais, o ministro dos Assuntos da União Europeia turco mostrou-se descontente com a atual dimensão do comércio bilateral. “O volume de negócios é de 1,3 mil milhões de dólares, não representa as potencialidades dos dois países, deverá ser de cinco mil milhões de dólares, e os investimentos económicos estão a crescer”, disse.
Bozkir admitiu, numa referindo-se à UE, a necessidade de recuperar a “confiança mútua” no centro das suas preocupações nas próximas deslocações à sede da UE e ao Parlamento europeu. “Passo a passo, talvez tenhamos um cenário correto antes do final do ano, em vez da atual situação que não traduz a realidade”, prognosticou.
A 1 de Setembro, ao apresentar o seu programa de Governo no Parlamento, Davutoğlu fixou o ano de 2023 como a data para a entrada do seu país na União Europeia, que coincide com as comemorações do primeiro centenário da fundação da República turca por Mustafa Kemal Atatürk.
 
(Fonte: Observador)

03 setembro 2014

Polícia turco que matou manifestante nos protestos de 2013 condenado a sete anos de prisão

Um tribunal de Ancara condenou hoje a sete anos e nove meses de prisão um agente da polícia que atingiu a tiro na cabeça um manifestante durante os amplos protestos antigovernamentais em 2013.
O agente Ahmet Sahbaz foi considerado culpado de assassinato pela morte de Ethem Sarisülük, um trabalhador de 27 anos que foi atingido à queima-roupa durante um protesto em Ancara em 1 de Junho de 2013.  A vítima faleceu após mais de duas semanas em estado de morte cerebral.
O tribunal estabeleceu inicialmente uma pena de prisão perpétua por um delito de assassinato em primeiro grau, que foi de seguida reduzida para sete anos e nove meses, ao considerar como atenuantes a possibilidade de o polícia não ter morto o manifestante de forma intencional, e pelo facto de o disparo ter sido efetuado sob uma forte provocação.
A leitura do veredicto por “assassinato possivelmente intencional” motivou fortes protestos na sala onde decorreu o julgamento, rodeado por fortes medidas de segurança.
Os familiares do manifestante exprimiram a sua decepção, pronunciaram-se por uma condenação mais severa e anunciaram que vão recorrer da sentença.
Sarisülük foi uma das 14 vítimas mortais, incluindo dois polícias, dos protestos iniciados no parque Gezi em Istambul no final de Maio de 2013.
A vaga de manifestações foi desencadeada pelos planos do Governo em eliminar essa zona verde da cidade para construir um centro comercial e um museu.
Os protestos depressa assumiram uma forte componente política com acusações de “deriva autoritária” do então primeiro-ministro islamita conservador Recep Tayyip Erdoğan, eleito Presidente da Turquia em 10 de Agosto.
 
(Fonte: Jornal da Madeira)

Polícia tira 'selfie' enquanto homem se prepara para se suicidar

Um caso na Turquia está a ganhar contornos de escândalo: um polícia fã de 'selfies' decidiu tirar uma no momento em que um homem ia saltar de uma ponte. A insensibilidade perante o suicídio levou a que uma investigação fosse aberta.
 
Perante um homem que se ia suicidar, um polícia, que se encontrava no local, decidiu captar o momento com uma selfie. O caso aconteceu na Turquia, mais concretamente em Istambul, e o choque alastrou das redes sociais para as autoridades, que decidiram avançar com uma investigação ao polícia em causa.
     
Conta o britânico Mirror que Sadettin Şaşkın, de 35 anos, estava a passar por um período conturbado, que envolvia problemas familiares e financeiros. O homem acabou por subir à ponte do Bósforo, com intenção de se suicidar. Mas antes de saltar um dos polícias que estava no local optou por tirar uma selfie, com Şaşkın a surgir ao fundo da imagem.
A insensibilidade do polícia foi rapidamente criticada nas redes sociais, onde a fotografia acima foi publicada, despoletando esta investigação. A edição inglesa do turco Hurriyet, conta que esta era a terceira tentativa de suicídio do homem. Şaşkın saltou e o seu corpo foi recolhido poucos minutos depois. Estaria ainda vivo mas acabou por não sobreviver.
 
(Fonte: Notícias ao Minuto)

01 setembro 2014

Primeiro-ministro turco fixa 2023 como data de adesão à UE

O novo primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davotuğlu, estabeleceu hoje 2023 como data limite para a entrada do país na União Europeia (UE) e assegurou que a solução do conflito com a minoria curda será uma prioridade do seu Governo. 

"O objectivo é coroar o 100.º aniversário a nossa República com a integração na UE", disse o chefe do Governo ao apresentar o programa do executivo no Parlamento, dominado pelo islamita-conservador Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) e que no próximo sábado deverá legitimar o novo gabinete.

Em 2023 assinalam-se os 100 anos da fundação da Turquia moderna, na sequência do colapso do Império otomano no final da I Guerra Mundial.
  
Davutoğlu, o ex-responsável pela diplomacia de Ancara que substituiu na chefia do governo Recep Tayyip Erdoğan, o novo Presidente do país, prometeu que a adesão à UE permanece um dos objectivos da Turquia, apesar dos atrasos e obstáculos nas negociações que decorrem desde 2005, e cuja responsabilidade atribuiu a Bruxelas.

Nesta perspetiva, anunciou que entre 2014 e 2017 vai ser aplicado um programa nacional de medidas para preparar a entrada do país euroasiático no clube europeu.

O primeiro-ministro também insistiu na ideia da construção de uma "nova Turquia", emitida por Erdoğan no seu discurso da vitória após a eleição para a Presidência em 10 de Agosto.
Uma renovação do país que, como assegurou, implica a aprovação de uma nova Constituição, que será "democrática".

Entre as prioridades do seu Governo, Davutoğlu destacou o processo negocial destinado a terminar com 30 anos de conflito armado com a minoria curda, definindo-o como uma iniciativa "de abertura democrática, unidade nacional e irmandade".

No decurso do mandato de Erdoğan, que chefiava o executivo desde 2003, a Turquia e a guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) iniciaram contactos diretos e em Março de 2013 foi iniciado um processo de paz que as duas partes afirmam pretender aprofundar.

Outro ponto central do programa do Governo reside no prosseguimento do combate ao "Estado paralelo", que segundo as autoridades turcas foi erguido pela confraria religiosa de Fethullah Gülen, autoexilado nos Estados Unidos no final da década de 1990, e que ainda manterá uma importante influência no sistema judicial e nas forças de segurança.

"O combate dentro da lei contra aqueles que ameacem a democracia vai prosseguir", advertiu o primeiro-ministro, que tem prometido "tolerância zero" a quem manifestar mais lealdade a Gülen que ao Estado turco.

A resolução do conflito palestiniano, a crise com a vizinha Síria, a divisão de Chipre e o desenvolvimento das relações com a Rússia, incluindo a situação na Ucrânia, vão também permanecer como prioridades para o novo executivo de Ancara.

Na área económica, Davutoğlu decidiu manter a mesma equipa e a mesma estratégia adoptada por Erdoğan, com o objectivo de colocar a Turquia entre as dez economias mais poderosas do mundo em 2023.
 
(Fonte: Notícias ao Minuto)

26 agosto 2014

Paulo Portas representa Portugal na tomada de posse de Erdoğan

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, vai representar Portugal na cerimónia de posse do Presidente da Turquia, Recep Tayip Erdoğan, na quinta-feira, em Ancara, indicou hoje o seu gabinete.

Erdoğan, chefe de Governo desde 2003, venceu a 10 de agosto, por maioria absoluta, as primeiras eleições presidenciais diretas na Turquia e tomará posse para um mandato de cinco anos, na presença de mais de 80 líderes de países estrangeiros e de organizações internacionais. Em comunicado enviado à Lusa, o gabinete do vice-primeiro-ministro sublinhou que "Portugal e a Turquia têm vindo a reforçar as suas relações a nível diplomático e também no plano económico, tendo as trocas comerciais atingido em 2013 um novo máximo histórico, próximo de 700 milhões de euros".

Além disso, lê-se no documento, "o número de empresas exportadoras para a Turquia tem aumentado continuamente, sendo hoje mais de 640" e estão paralelamente "em curso importantes projectos de investimento turcos em Portugal, bem como de empresas portuguesas na Turquia".

Ao tornar-se o nono chefe de Estado eleito da história da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, de 60 anos, que sucede a Abdullah Gül, emitiu uma mensagem de unidade, declarando querer inaugurar "uma nova era" no país e ser "o Presidente dos 77 milhões de turcos", por meio de "um novo processo de reconciliação social", em que todos os turcos, independentemente da origem ou credo, serão cidadãos iguais do país, e "os conflitos do passado" serão deixados para trás.
 
(Fonte: Notícias ao Minuto)

08 julho 2014

Portugal e Turquia vão cooperar na indústria da defesa

O Parlamento aprovou hoje, com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP e PS, o  Acordo entre Portugal e a Turquia sobre a cooperação no domínio da indústria da defesa, documento firmado inicialmente em Novembro de 2013.
PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" votaram contra a proposta de resolução, que respeita a um acordo de cooperação que foi assinado inicialmente pelo ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, e pelo seu homólogo turco, Ismet Ylmaz, durante uma visita oficial à Turquia, a convite das autoridades locais.
"O Acordo tem por objectivos estabelecer uma cooperação no âmbito da indústria de defesa, melhorando as capacidades das suas indústrias de defesa através de uma cooperação mais eficaz nas áreas de desenvolvimento, produção, aquisição e manutenção de bens e serviços de defesa e apoio técnico e logístico relevante", diz o texto hoje aprovado.
A investigação conjunta, o desenvolvimento, produção e modernização de peças sobressalentes, instrumentos e equipamento técnico necessários às Forças Armadas, a venda a terceiros através de parcerias comuns e a aquisição de equipamento militar são alguns dos objetivos previstos no acordo.
A Turquia produz actualmente 55% das suas necessidades em termos de indústrias de Defesa, e admite, segundo o ministro da Defesa turco, abrir as portas às capacidades portuguesas nos restantes 45%.

(Fonte: Dinheiro Vivo)

Parlamento aprova acordo com a Turquia na Defesa

O Parlamento aprovou esta terça-feira, com votos favoráveis do PSD, CDS e PS, o acordo entre Portugal e a Turquia sobre cooperação na indústria da defesa. PCP, BE e Verdes votaram contra.
A cooperação será nas áreas da investigação conjunta, o desenvolvimento, produção e modernização de peças sobressalentes, instrumentos e equipamento técnico necessários às Forças Armadas, a venda a terceiros através de parcerias comuns e a aquisição de equipamento militar, entre outros.
O acordo tem como base um documento firmado em Novembro de 2013 e foi assinado inicialmente por José Pedro Aguiar-Branco, e o homólogo turco, Ismet Yılmaz, durante uma visita oficial à Turquia a convite das autoridades locais.
"O Acordo tem por objectivos estabelecer uma cooperação no âmbito da indústria de defesa, melhorando as capacidades das suas indústrias de defesa através de uma cooperação mais eficaz nas áreas de desenvolvimento, produção, aquisição e manutenção de bens e serviços de defesa e apoio técnico e logístico relevante", diz o texto hoje aprovado.
A Turquia produz atualmente 55% das suas necessidades em termos de indústrias de Defesa, e admite, segundo o  ministro turco, abrir as portas às capacidades portuguesas nos restantes 45%.

(Fonte: Diário de Notícias)

27 junho 2014

Portugal e Turquia com novas parceiras à vista em 2015

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse esta sexta-feira que Portugal e a Turquia deverão ter já no próximo ano novas parcerias em áreas que poderão passar pelo turismo, energia, tecnologias de informação, educação e saúde.
Paulo Portas foi o anfitrião da primeira Comissão Conjunta Económica e Comercial Portugal-Turquia, que decorreu na manhã desta sexta-feira em Lisboa, e avançou que "esta foi apenas a primeira comissão" e que vai liderar em Outubro a ida à Turquia de uma delegação, que vai integrar empresas de diversos sectores.
"Estamos a trabalhar arduamente a nossa relação económica para criar oportunidades para o sector privado, para reforçar as exportações, o investimento e as parcerias e criar crescimento e empregos", disse Paulo Portas, sublinhando as oportunidades das empresas dos dois países e a necessidade de estas se conhecerem melhor.
 
(Fonte: Correio da Manhã)

08 junho 2014

Economista turco Daron Acemoğlu analisa os problemas estruturais da sociedade portuguesa


O polémico economista do MIT veio a Lisboa chamar a atenção para os problemas estruturais da sociedade portuguesa. Em entrevista ao Expresso sublinhou que não é o momento certo para estender o tapete a um disparo do consumo.
"Portugal era um retardatário em termos de capital humano, a sua força de trabalho não era suficientemente educada. Agora está a recuperar o atraso. O segundo problema é que muitos aspectos da economia portuguesa são muito arcaicos", diz Daron Acemoğlu, economista do Massachusetts Institute of Technology em Cambridge, Boston, nos Estados Unidos.
Para este turco de 46 anos com dupla nacionalidade, esses são os dois problemas estruturais mais importantes da economia portuguesa que estão associados a problemas institucionais da sociedade portuguesa, que levam a que a economia não esteja orientada "para criar emprego, e especialmente emprego de elevada produtividade", sublinhou em entrevista ao Expresso, no âmbito de uma iniciativa do semanário com o Deutsche Bank e a Universidade Católica intitulada "Como tornar Portugal mais próspero?".
Refere, ainda, que a boa adaptação realizada pela economia portuguesa na pós-crise financeira se baseia ainda "nos pontos fortes que já tinha" - nos sectores que já eram base da sua especialização internacional, como o turismo, a agricultura, o calçado e o vestuário. Mas que não está a criar novos pontos fortes. "As reformas que foram realizadas nos últimos três anos vão na direção certa, mas não vejo que a sociedade portuguesa como um todo tenha realmente noção da gravidade da situação e da urgência das reformas".
Acemoğlu, co-autor do best seller "Porque as Nações Falham" (editado em 2012 em inglês pela Crown Business), concluiu da investigação realizada com James Robinson, da Universidade de Harvard, que as sociedades precisam do que os dois académicos designam por "instituições inclusivas" em que as classes médias têm um papel decisivo.
Na entrevista ao Expresso afirma que tem uma visão positiva sobre os três anos de ajustamento do programa da troika e que a questão do sector público tem de ser resolvida: "O que posso dizer é que o sector público no seu conjunto é muito grande e ineficiente em Portugal. Tem de ser incluído no debate saber que partes da administração pública são necessárias e quais não são". Duvida, também, que, "agora, seja o momento certo de estender o tapete para um grande disparo do consumo".

(Fonte: Expresso)

03 junho 2014

Equipa de Hóquei Feminino da Turquia em competição no Parque da Cidade do Porto

A 25 de Maio o Sport Club do Porto sagrou-se tricampeão nacional feminino, feito inédito na modalidade em Portugal.
O EuroHockey Club Champions Challenge III B feminino vai reunir seis equipas de sexta-feira a segunda-feira (6 a 9 de Junho) no Parque da Cidade do Porto, em organização do Sport Club do Porto. Além do tricampeão nacional de hóquei em campo, vão competir as formações do Sport Athletique Merignacais (França), Eagles HC (Gibraltar), HC Imittos (Grécia), Hawks HC (Gibraltar) e Abant Izzet Baysal Universitesi SK (Turquia).
A competição desenrola-se em dois grupos com jogos a partir das 15:00, sendo que a final de segunda-feira decorre às 10h00.
                       

02 junho 2014

Lisboa acolhe assembleia geral da Associação Europeia para a Preservação do Património Judaico com presença da Turquia

Portugal recebe, pela primeira vez, uma assembleia geral da Associação Europeia para a Preservação do Património Judaico (AEPJ), organismo europeu que tutela a THE EUROPEAN ROUTE OF JEWISH HERITAGE, rota cultural do Conselho da Europa. O evento irá ser organizado pela Rede de Judiarias de Portugal, membro associado desta instituição desde Dezembro de 2013.
Estarão presentes em Lisboa, de 6 a 8 de Junho, mais de 40 representantes oriundos de cerca de 14 países. As reuniões decorrerão no edifício da Câmara Municipal de Lisboa, que oferece uma recepção no Salão Nobre às 19h do próximo dia 7 de Junho, e incidirão na valorização patrimonial da herança judaica na Europa. Jorge Martins, autor de Portugal e os Judeus, apresentará previamente a história judaica de Lisboa e o contributo dos judeus portugueses para o desenvolvimento do país e do mundo.
Integrarão os participantes diversas personalidades tais como alcaides e autarcas de diversas cidades espanholas, o Presidente da Associação de Museus Judaicos da Europa, dirigentes da Federação de Comunidades Judaicas Italianas, o Presidente da AEPJ, o luxemburguês François Moyse, responsáveis culturais e comunitários de Áustria, Croácia, França, Eslovénia, Inglaterra, Sérvia, Turquia, Alemanha, bem como das portuguesas Comunidade Israelita de Lisboa e Comunidade Judaica de Belmonte.
“Portugal era um dos seis países do continente que não integrava uma das mais importantes rotas culturais do Conselho da Europa. Passa agora a fazê-lo através dos conteúdos apresentados pela Rede de Judiarias de Portugal – Rotas de Sefarad”, refere o comunicado da associação.
 
(Fonte: Publituris)

Três engenheiros turcos mortos em atentado bombista suicida no Afeganistão

Três engenheiros turcos morreram hoje no leste do Afeganistão, na sequência de um atentado contra o veículo em que seguiam.
O ataque ocorreu em Benegah, na província de Nangarhar, quando um bombista suicida se fez explodir a bordo de um riquexó, disse o porta-voz do governador provincial, Ahmad Zia Abdulzai
Diversas pessoas ficaram feridas no atentado, mas ainda não foi adiantado um número exacto.
 
(Fonte:Destak)

31 maio 2014

VII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica com convidado turco

Estes são alguns dos temas que vão ser abordados no VII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica, sob o tema “Iter aqua in Europa”, que decorre de 5 a 7 de junho, nas Termas do Luso. A sessão de abertura decorrerá dia 5 de Junho, pelas 16h00.
“Embora pouco divulgada, a Medicina Hidrológica é extremamente eficaz no combate às doenças crónicas, perturbações funcionais e doenças da civilização, como o stress e a ansiedade, sendo uma especialidade reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Com este congresso, vamos demonstrar que os tratamentos termais contribuem para a diminuição do consumo de fármacos e para o bem-estar geral da população.”, refere Teresa Vieira, Presidente da Associação de Termas de Portugal.
O VII Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica é presidido pelo Dr. Pedro Cantista, Presidente da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica, recentemente eleito no Japão Presidente da ISMH – International Society of Medical Hydrology. Entre os oradores vão marca presença especialistas nacionais como Frederico Teixeira, Luís Cardoso de Oliveira, António José dos Santos Silva, Albano Saraiva, Celso Gomes, Sérgio Franco, Paula Padrão, entre outros e vários convidados internacionais: Mufit Zeky Karagulle, da Turquia; Christian François Roques, de França; Francisco Maraver, de Espanha; Marco Vitale vindo de Itália e o polaco Jacek Chojnowski, Thierry Dubois, presidente do CNETh – Thermes et cures thermales en France e o Prof. de Direito Alcestre Santuari, cuja actividade se centra na defesa da circulação de doentes da União Europeia.
 
(Fonte: Local.Pt)