30 outubro 2014

Turquia é "uma das molas que está a puxar pela melhoria da rentabilidade "

O presidente da Inapa acredita que fez um bom investimento ao adquirir a fábrica Korda, na Turquia, que contribuiu para uma evolução positiva do negócio do papel. "Por enquanto", a Korda está apenas centrada no papel. Mas Félix Morgado frisou o "por enquanto".
A fábrica de papel turca Korda foi comprada em Setembro de 2013. E já ajudou as contas da compradora, a Inapa, até Setembro de 2014. Aliás, segundo o presidente executivo da empresa, "é uma das molas que está a puxar pela melhoria da rentabilidade".
 
A Inapa conseguiu que o lucro quintuplicasse, nos primeiros nove meses do ano, até aos 800 mil euros, graças ao avanço das vendas. O negócio do papel é o mais significativo. E a fábrica turca permitiu que esta operação, em declínio na Europa, tivesse um desempenho positivo. 
 
"Se retirássemos a Turquia e Angola, não teríamos crescido 4,8% nas vendas da Inapa. Teríamos um volume de negócios equivalente ao do ano passado", comentou ao Negócios o presidente executivo da empresa.

No comunicado de resultados, a Inapa sublinha que as contas confirmam "a oportunidade da execução" daquela compra no ano passado. A fábrica da Turquia centra-se no negócio do papel. "Por enquanto", sublinhou Félix Morgado.
 
As últimas compras foram bem sucedidas, segundo o CEO da distribuidora de papel, que está "a olhar para novas oportunidades". Novidades nunca são dadas antes de serem concretizadas, diz, mas certo é que a gestão não quer "descurar a redução da dívida" – uma das razões para que os dividendos não devam ser, novamente, distribuídos no próximo ano.
 
A melhoria dos resultados, com uma maior geração de fundos de caixa ("cash flow") tem permitido reembolsar alguma dessa dívida - que superou os 321 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2014. O fundo de maneio também tem vindo a ser reduzido. O controlo de custos também contribui para isso. Ainda assim, sublinha Félix Morgado, não se prevêem despedimentos. A Inapa emprega cerca de 1.500 funcionários nos vários mercados onde opera. Alterações neste número tanto podem ser no sentido ascendente como descendente, defende o CEO, referindo que se trata da normal vida das empresas.
 
O papel e as embalagens deram um contributo positivo para as contas dos primeiros nove meses de 2014. Já a comunicação visual sofreu uma ligeira contracção, algo que Félix Morgado atribui "a algum adiamento de algumas operações de investimento por parte de clientes", que espera que sejam retomadas no quarto trimestre. Apesar desta evolução "pontual", é para continuar a apostar neste negócio complementar. 
 
(Fonte: Jornal de Negócios)

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