A fábrica comprada na Turquia no ano passado contribuiu para a subida do negócio do papel, o principal mercado da empresa. A embalagem também ajudou às contas. A dívida continua a ser para diminuir.
A Inapa conseguiu quintuplicar os lucros nos primeiros nove meses do ano. Os negócios do papel, a principal operação, e da embalagem, impulsionaram as contas da empresa liderada por José Félix Morgado.
O resultado líquido nos primeiros nove meses do ano ascendeu a 800 mil euros, praticamente cinco vezes mais do que os 160 mil euros alcançados no mesmo período de 2013, conforme aponta o comunicado de resultados enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O aumento das receitas permitiu este crescimento do lucro da distribuidora. As vendas subiram 4,8% para 681,3 milhões de euros. Para este campo contribuiu o negócio central da empresa, o papel, em que o aumento das receitas foi de 4,4%. Nos negócios complementares, a embalagem verificou um comportamento positivo, com um avanço de 24,9%, ao passo que a comunicação visual deslizou 1,7%.
A margem bruta ficou-se pelos 124,2 milhões de euros, uma subida de 4,7%. Os custos cresceram 1,7% para os 102,3 milhões de euros. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente – sem influência de aquisições – subiu 17,5% para 18,5 milhões de euros.
Turquia sustenta papel
As vendas do papel subiram 4,4% para 591,6 milhões de euros. Um valor que foi sustentado pela entrada no mercado turco, com a fábrica Korda, em 2013. "A ligeira desaceleração do crescimento económico levou a um abrandamento no crescimento do negócio do papel em termos orgânicos, cujo aumento de vendas reflecte a contribuição relevante decorrente da entrada no mercado turco", acrescenta o comunicado.
É por isso que, no documento, a Inapa ressalva que "a evolução do volume de negócios confirma a execução em 2013 do plano estratégico de investimento nos mercados emergentes, como a Turquia, e dos negócios complementares, designadamente no sector da embalagem".
A embalagem registou uma subida de 24,9% para 48,6 milhões de euros, "impulsionada pelo crescimento nos mercados onde opera e complementado pelas aquisições da Karbox (França), Tradembal (Portugal) e Realpack (Alemanha)". Já a comunicação visual obteve vendas 23,1 milhões de euros, uma quebra de 1,7% em termos homólogos.
Em relação à dívida, uma prioridade assumida pela gestão, houve uma redução de 2% para 321 milhões de euros. Excluindo as compras de activos do ano passado, a dívida caiu 6,6%.
(Fonte: Jornal de Negócios)
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