Portugal poderá deixar de ser o maior participante estrangeiro na 30.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FIL), que se realiza em Julho, ao ser ultrapassado pela Turquia, afirmou hoje o presidente da empresa organizadora do evento.
Matos Cardoso, que falava em conferência de imprensa para anunciar o certame, disse que, à semelhança da edição de 2012, a Turquia terá o maior número de empresas estrangeiras expositoras, com um pavilhão de cinco mil metros quadrados.
"Já desde o ano passado que a Turquia superou o número de expositores portugueses, mas do nosso ponto de vista esse dado em si não encerra a expectativa daquilo que o mercado angolano espera de Portugal, nem Portugal espera de Angola", referiu Matos Cardoso.
Matos Cardoso lembrou que Portugal continua a ser o maior parceiro económico de Angola e que "a larga maioria das empresas (portuguesas) que operam em Angola, se não vieram por intermédio da FIL, já lá estiveram pelo menos uma vez".
Apesar de poder deixar de ser o maior participante estrangeiro, Matos Cardoso salientou que Portugal continuará a ser o expositor que mais efectiva negócios com Angola.
"É preciso assinalar que não é a quantidade que faz a realização, o que faz é a efectivação dos negócios e nesse ponto de vista acho que Portugal continuará a liderar", disse.
Como todos os anos, Portugal participará com um pavilhão próprio, com a dimensão de três mil metros quadrados.
Na edição de 2013, que se realiza de 16 a 21 de Julho, os indicadores de participação deverão ultrapassar os habituais, face à participação de novos países com elevada expressão, como a China, com um pavilhão de três mil metros quadrados e a Turquia, com os anunciados cinco mil metros quadrados.
De acordo com Matos Cardoso, 35 países que mantêm relações comerciais com Angola já participaram da feira, sendo este ano a Polónia e a Tunísia os estreantes.
"Precisamos de investir na atracção de investimento para que possamos descobrir novos mercados, novas empresas, para podermos suprir as nossas necessidades", referiu.
Para a edição deste ano vão ser construídos dois novos pavilhões, que terão custos entre os 5,1 milhões e os 7,3 milhões de euros, com as dimensões de três mil e cinco mil metros quadrados.
A FIL, que assinala este ano 30 anos de existência, terá como lema "Os Desafios da Atracção de Investimento: Estratégia, Legislação, Instituições, Infraestruturas e Recursos Humanos".
Um vasto programa foi elaborado para assinalar o 30.º aniversário daquela instituição, que inclui a sua inscrição na união Internacional de Feiras, a criação da Fundação FILDA, entre outras de carácter cultural.
(Lusa/SOL)
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