Num ano em que os custos subiram acentuadamente, os atores da indústria da moda inflacionaram os preços, mas esse aumento não tem sido transferido para o consumidor ao mesmo ritmo em todos os países. Mercados como Espanha, Islândia e Noruega mantiveram uma certa estabilidade dos preços, enquanto na Turquia, o aumento dos preços chegou a 31,5%, devido à desvalorização da lira.
De acordo com os dados da Eurostat, a agência de estatística europeia, a Turquia lidera a lista dos mercados mais inflacionistas, seguida pela República Checa, com uma subida de 18,5% dos preços em 2022, e pela Croácia (+7,3%). O top 5 encerra com a Bulgária (+6,7%) e a Estónia (+6,5%).
Em Portugal, os preços (incluindo calçado) subiram 0,8%, sendo que, considerando apenas o vestuário, a inflação foi de 1,1%.
Em Itália o aumento dos preços dos artigos de moda foi de 1,5% e em França de 2,7%. Já em Espanha, os preços do vestuário e calçado mantiveram-se iguais a 2021, na Islândia aumentaram 0,3% e na Noruega cresceram 0,5%.
De acordo com o Eurostat, no conjunto da União Europeia, a inflação do sector foi de 2,9%, em comparação com 1% registado em 2021. Desde 2018, a tendência tem sido de crescimento, tendo 2022 sido o ano mais inflacionista para a União Europeia.
O aumento dos preços na moda, contudo, situa-se bastante abaixo do registado no geral, onde a inflação atingiu 9,2%, em comparação com 2,9% no ano anterior, 0,7% em 2020 e 1,5% em 2019.
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor aumentou 5,5% no ano passado, sendo a maior subida dos preços da moda nos últimos cinco anos. Em 2021, os preços do sector registaram um aumento de 2,4% e em 2020 houve uma queda de 4,3%.
(Fonte: Portugal Têxtil)
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