03 julho 2023

Turquia vence no campeonato da inflação

Num ano em que os custos subiram acentuadamente, os atores da indústria da moda inflacionaram os preços, mas esse aumento não tem sido transferido para o consumidor ao mesmo ritmo em todos os países. Mercados como Espanha, Islândia e Noruega mantiveram uma certa estabilidade dos preços, enquanto na Turquia, o aumento dos preços chegou a 31,5%, devido à desvalorização da lira.

De acordo com os dados da Eurostat, a agência de estatística europeia, a Turquia lidera a lista dos mercados mais inflacionistas, seguida pela República Checa, com uma subida de 18,5% dos preços em 2022, e pela Croácia (+7,3%). O top 5 encerra com a Bulgária (+6,7%) e a Estónia (+6,5%).

Em Portugal, os preços (incluindo calçado) subiram 0,8%, sendo que, considerando apenas o vestuário, a inflação foi de 1,1%.

Em Itália o aumento dos preços dos artigos de moda foi de 1,5% e em França de 2,7%. Já em Espanha, os preços do vestuário e calçado mantiveram-se iguais a 2021, na Islândia aumentaram 0,3% e na Noruega cresceram 0,5%.

De acordo com o Eurostat, no conjunto da União Europeia, a inflação do sector foi de 2,9%, em comparação com 1% registado em 2021. Desde 2018, a tendência tem sido de crescimento, tendo 2022 sido o ano mais inflacionista para a União Europeia.

O aumento dos preços na moda, contudo, situa-se bastante abaixo do registado no geral, onde a inflação atingiu 9,2%, em comparação com 2,9% no ano anterior, 0,7% em 2020 e 1,5% em 2019.

Nos EUA, o índice de preços ao consumidor aumentou 5,5% no ano passado, sendo a maior subida dos preços da moda nos últimos cinco anos. Em 2021, os preços do sector registaram um aumento de 2,4% e em 2020 houve uma queda de 4,3%.

(Fonte: Portugal Têxtil)

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