Uma bomba colocada numa bicicleta eléctrica, perto de uma paragem de autocarros, explodiu na manhã desta quinta-feira numa zona residencial em Istambul, na Turquia, e provocou ferimentos a sete pessoas.
“A explosão de uma bomba composta por um explosivo de média potência colocado numa bicicleta eléctrica provocou sete feridos, entre os quais um polícia”, disse o chefe da polícia metropolitana turca, Huseyin Çapkın, citado pela AFP. A polícia explicou que a bomba não era especialmente poderosa, mas que poderia causar uma destruição “moderada”. Cinco viaturas ficaram destruídas.
“O nosso consolo é ninguém ter morrido”, confessou Çapkın, adiantando que nenhum dos feridos corria perigo de vida.
Recusando formular hipóteses sobre a autoria do atentado, que não foi reivindicado, o chefe da polícia avançou apenas que o “o facto da explosão se ter produzido muito perto de uma escola da polícia, leva a pensar que o atentado poderia visar a polícia.” Çapkın disse ainda aos jornalistas que iriam “certamente descobrir quem fez isto.”
A explosão aconteceu em plena hora de ponta, às 9.00 horas locais, no bairro de Etiler e, de acordo com uma testemunha interrogada pela CNN, foram poucos os danos provocados nos arredores.
“De repente ouvi uma alta explosão, as janelas estavam a tremer,” contou à Reuters, Tuncay Özdemircan, que vive perto do local da explosão. “Parecia mais uma bomba do que um tiro de uma arma. Quando olhei para a janela vi fumo amarelo. Pensei para mim, é uma explosão provocada por uma bomba,” disse a testemunha.
As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança com receio de que se verificasse uma nova explosão, e para permitir aos especialistas examinar o local.
O incidente acontece a menos de três semanas das eleições legislativas, marcadas para o dia 12 de Junho, em que o favorito é o partido no poder, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP). Um deputado do AKP, Suat Kılıç, disse à Reuters que "o objectivo do ataque é impedir a Turquia de discutir a democracia, as eleições, uma nova Constituição." Kılıç acrescentou ainda que as "organizações terroristas levam a cabo estes ataques antes de qualquer eleição."
Vários grupos armados – curdos, islamitas e de extrema esquerda – já cometeram atentados em Istambul. Nas últimas semanas, os rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – que lutam pela independência no sudeste da Turquia – intensificaram os confrontos com as forças de segurança, depois de, em Março, terem ameaçado pôr fim a um cessar-fogo unilateral decretado em Agosto de 2010, lamentando o fracasso do Governo relativamente ao diálogo com os Curdos.
Já na passada segunda-feira, as forças policiais descobriram uma bomba colocada debaixo de uma ponte, por onde deveria passar o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdoğan.
(Fonte: Público)
“A explosão de uma bomba composta por um explosivo de média potência colocado numa bicicleta eléctrica provocou sete feridos, entre os quais um polícia”, disse o chefe da polícia metropolitana turca, Huseyin Çapkın, citado pela AFP. A polícia explicou que a bomba não era especialmente poderosa, mas que poderia causar uma destruição “moderada”. Cinco viaturas ficaram destruídas.
“O nosso consolo é ninguém ter morrido”, confessou Çapkın, adiantando que nenhum dos feridos corria perigo de vida.
Recusando formular hipóteses sobre a autoria do atentado, que não foi reivindicado, o chefe da polícia avançou apenas que o “o facto da explosão se ter produzido muito perto de uma escola da polícia, leva a pensar que o atentado poderia visar a polícia.” Çapkın disse ainda aos jornalistas que iriam “certamente descobrir quem fez isto.”
A explosão aconteceu em plena hora de ponta, às 9.00 horas locais, no bairro de Etiler e, de acordo com uma testemunha interrogada pela CNN, foram poucos os danos provocados nos arredores.
“De repente ouvi uma alta explosão, as janelas estavam a tremer,” contou à Reuters, Tuncay Özdemircan, que vive perto do local da explosão. “Parecia mais uma bomba do que um tiro de uma arma. Quando olhei para a janela vi fumo amarelo. Pensei para mim, é uma explosão provocada por uma bomba,” disse a testemunha.
As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança com receio de que se verificasse uma nova explosão, e para permitir aos especialistas examinar o local.
O incidente acontece a menos de três semanas das eleições legislativas, marcadas para o dia 12 de Junho, em que o favorito é o partido no poder, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP). Um deputado do AKP, Suat Kılıç, disse à Reuters que "o objectivo do ataque é impedir a Turquia de discutir a democracia, as eleições, uma nova Constituição." Kılıç acrescentou ainda que as "organizações terroristas levam a cabo estes ataques antes de qualquer eleição."
Vários grupos armados – curdos, islamitas e de extrema esquerda – já cometeram atentados em Istambul. Nas últimas semanas, os rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – que lutam pela independência no sudeste da Turquia – intensificaram os confrontos com as forças de segurança, depois de, em Março, terem ameaçado pôr fim a um cessar-fogo unilateral decretado em Agosto de 2010, lamentando o fracasso do Governo relativamente ao diálogo com os Curdos.
Já na passada segunda-feira, as forças policiais descobriram uma bomba colocada debaixo de uma ponte, por onde deveria passar o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdoğan.
(Fonte: Público)