06 maio 2008

Exército turco anunciou a morte de mais de 150 rebeldes curdos no norte do Iraque

Mais de 150 rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram mortos durante ataques aéreos ocorridos na quinta e sexta-feira no norte do Iraque, anunciou o Exército turco, indicando que entre os separatistas mortos estarão comandantes do PKK. “Segundo as primeiras estimativas, as operações permitiram neutralizar mais de 150 terroristas”, indica um comunicado publicado no site do Exército turco, sublinhando que entre os mortos poderão figurar elementos dos comandos dos rebeldes e que a ofensiva aérea provocou um “grande movimento de pânico entre os membros” do PKK. Segundo o mesmo comunicado das tropas turcas, a operação desenvolvida nos dois dias tiveram 43 alvos, entre abrigos e um centro de comunicações do PKK, que ficaram destruídos nos bombardeamentos que se centraram na região montanhosa de Kandil, uma zona de difícil acesso que se reparte pelo território iraquiano, iraniano e turco.
O PKK, considerado uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia, luta desde 1984 pela autonomia do sudeste da Turquia, ocupada maioritariamente por Curdos. O conflito já fez mais de 37 mortos. Desde Dezembro, o Exército turco já bombardeou por 12 vezes as posições do PKK no norte do Iraque. Durante uma semana de Fevereiro, a Turquia realizou raides aéreos e uma operação terrestre no norte do território iraquiano onde estão refugiados mais de dois mil rebeldes curdos, segundo números do Governo de Ancara.
O Executivo tem uma autorização dada pelo Parlamento, que permite operações militares transfronteiriças contra o PKK até Outubro, altura em que o prazo dessa permissão termina. Desde o início das operações turcas contra os rebeldes curdos no Iraque que os Estados Unidos, aliado da Turquia na Nato, manifestam o seu apoio a Ancara fornecendo informações sobre as movimentações do PKK em território iraquiano. Na passada sexta-feira, a Casa Branca aprovou os ataques aéreos turcos, lembrando que os “Estados Unidos, Iraque e Turquia estão empenhados na resolução deste problema”.

(Fonte: AFP / Público)

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