08 fevereiro 2008

Erdoğan visitou o local do incêndio que vitimou nove Turcos na Alemanha


O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, apelou ontem para a manutenção da amizade entre a Turquia e a Alemanha, durante uma visita às ruinas do prédio onde, Domingo, morreram nove cidadãos turcos, num incêndio, em Ludwigshafen. "Espero que a dor provocada pelos mortos e feridos sirva para um recomeço em paz", disse o chefe do Governo turco, apelando também aos meios de comunicação do seu país para que tenham ponderação, antes de falarem em fogo posto. Erdoğan lembrou que os quatro especialistas que estão na Alemanha a investigar também as causas do incêndio "cooperam estreitamente" com as autoridades germânicas, que concordaram com a sua vinda. O primeiro-ministro turco sublinhou ainda que o seu país "tem responsabilidades pelos cidadãos que vivem no estrangeiro e, por isso, está a acompanhar atentamente" o que se passou em Ludwigshafen. Ainda na Turquia, Erdoğan tinha afirmado, no princípio da semana, que o seu país "não quer que haja um novo Solingen", em alusão ao fogo posto por quatro neonazis num prédio daquela cidade renana, em 1993, em que morreram cinco cidadãos turcos, duas mulheres e três meninas. Os investigadores alemães prosseguiram as pesquisas no prédio em ruínas da Danziger Platz, em Ludwigshafen, para apurar o que atiçou o fogo que causou a morte de nove pessoas e feriu mais 60, das quais oito ainda estavam hospitalizadas com lesões graves. Entretanto, o bebé que foi atirado pela janela durante o incêndio, teve ontem alta e, segundo a família, está bem. A criança foi lançada do terceiro andar por um tio porque, explicou Kamil Kaplan, era a única hipóptese de sobreviver. Apesar da queda, o tio teve razão. A criança salvou-se.


(Fonte: Jornal de Notícias)

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