Uma mulher e quatro crianças morreram quando a sua casa na cidade de Akçakale, na Turquia, foi atingida por um morteiro disparado a partir de solo sírio. Pelo menos outras oito pessoas ficaram feridas. O incidente provocou protestos populares nas ruas da cidade atingida e por parte do governo turco, junto da ONU e da NATO. De acordo com a agência de notícias Chian, o vice-primeiro-ministro Bulent Arinç quer ver a Síria responsabilizada pelo incidente, exigindo uma resposta ao abrigo da lei internacional. O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davotuoğlu, convocou uma reunião de emergência e o primeiro ministro da Turquia, Reccep Tayyp Erdoğan, reuniu os seus conselheiros para analisar as hipóteses de ripostar ao incidente. Não é a primeira vez que um morteiro disparado por uma das facções em guerra na Síria atravessa a fronteira e cai em solo turco. Mas este é o incidente mais grave entre os dois países vizinhos desde que a defesa anti-aérea síria abateu um caça da Turquia, em Junho. Logo depois do incidente desta tarde, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros contactou telefonicamente o secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon, além do secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen e o enviado especial da ONU à Síria, Lakhdar Brahimi. Ahmet Davutoğlu terá exprimido a Ban Ki-Moon "a profunda inquietação do seu Governo a propósito deste incidente na Turquia, onde aparentemente morteiros vindos da Síria mataram vários civis", confirmou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky. Ban Ki Moon apelou ao Governo turco para manter abertos todos os canais de comunicação com as autoridades sírias, afim de "reduzir toda a tensão que este incidente possa suscitar", acrescentou Nesirky.
(Fonte: RTP)
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