O casal de jovens que partiu de Ovar em bicicleta rumo a Macau, já pedalou sete meses e após uma alteração no trajecto para evitar a neve, atravessou a Líbia e o Egipto e encontra-se agora em Iskenderum, na Turquia.
Rafael Polónia e Tanya Ruivo garantiram que a viagem tem sido “super pacífica”, mas confessam que os dias de Inverno na Europa foram difíceis. “Atravessar parte de França, a Suíça e especialmente a Alemanha foi mesmo muito complicado. Os piores momentos da viagem foram esses dias de muita neve, com um frio terrível, temperaturas negativíssimas, quedas na estrada, choro pelas dores,” revela Rafael.
Foi essa a razão pela qual os cicloturistas decidiram apanhar um avião em Munique e optar por um trajecto mais a Sul, através do Egipto, onde viveram “cinco semanas sensacionais”, antes do início dos conflitos que levaram à queda do regime.
Na Jordânia continuou “tudo às mil maravilhas” e depois, ao longo dos 37 dias em que estiveram na Síria, os jovens ouviram falar de manifestações, mas não se depararam com nenhuma. “Agora sabemos da situação na Líbia e no Iémen, mas só temos a informação que passa na televisão, nos jornais ou na net,” conta Tanya. “Podemos até parecer egoístas, mas temos tentado estar o mais ausentes possível desse mundo, para que possamos continuar a viagem felizes, sem pensar em problemas,” acrescenta Rafael.
Para os dois ciclistas, que viajam com cerca de 30 quilos de bagagem e dormem numa tenda ou na residência de membros da comunidade Couchsurfing ou Hospitality Club, o aspecto mais positivo da viagem tem sido a reacção das pessoas. “Temos sido alvo de uma hospitalidade fora do comum, como só existe nos países muçulmanos. As pessoas dão tudo o que têm e não têm, abrem as portas de casa, convidam-nos para chá, para jantar, para dormir. É fantástico,” asseguram.
Esse acolhimento ajuda a manter os custos da viagem controlados, embora Tanya admita que “a viagem de avião para o Cairo estragou um bocado as contas”.
A solução foi cortar em gastos como os dos telefonemas em roaming para a família, optando antes por cartões das operadoras dos vários países onde circulam, e conseguiram assim cumprir o orçamento estabelecido, pelo que, à chegada à Turquia, em meados de Março, permitiram-se até “o luxo de ficar num hotel durante dois dias, coisa que nunca acontece”.
A componente técnica da viagem também tem corrido bem: “Até agora, as bicicletas têm trabalhado na perfeição e, fora o normal, que é o óleo, a limpeza e a afinação dos travões, não temos razões de queixa,” diz Tanya. Nessa matéria, Rafael discorda, porque já teve 11 furos, enquanto a namorada se ficou por um. “Não me perguntem porquê, mas tenho a impressão que ela anda a furar-me os pneus enquanto durmo.”
Rafael Polónia e Tanya Ruivo deixaram Ovar a 26 de Setembro e, entretanto, já pedalaram por Espanha, França, Suíça e Alemanha, antes de voarem para o Cairo, de onde continuaram em bicicleta através do Egipto, da Jordânia e da Síria.
Encontram-se agora na Turquia, de onde pretendem seguir para “o norte do Iraque, o Irão, os quatro países da antiga URSS e depois para a China.” Aí o trajecto ainda não está bem definido, mas a ideia é “entrar no Paquistão pelo Norte e descer à Índia, para entrar na China outra vez, mais à frente”.
Data prevista de chegada a Macau: “Antes do Carnaval do próximo ano”.
Rafael Polónia e Tanya Ruivo garantiram que a viagem tem sido “super pacífica”, mas confessam que os dias de Inverno na Europa foram difíceis. “Atravessar parte de França, a Suíça e especialmente a Alemanha foi mesmo muito complicado. Os piores momentos da viagem foram esses dias de muita neve, com um frio terrível, temperaturas negativíssimas, quedas na estrada, choro pelas dores,” revela Rafael.
Foi essa a razão pela qual os cicloturistas decidiram apanhar um avião em Munique e optar por um trajecto mais a Sul, através do Egipto, onde viveram “cinco semanas sensacionais”, antes do início dos conflitos que levaram à queda do regime.
Na Jordânia continuou “tudo às mil maravilhas” e depois, ao longo dos 37 dias em que estiveram na Síria, os jovens ouviram falar de manifestações, mas não se depararam com nenhuma. “Agora sabemos da situação na Líbia e no Iémen, mas só temos a informação que passa na televisão, nos jornais ou na net,” conta Tanya. “Podemos até parecer egoístas, mas temos tentado estar o mais ausentes possível desse mundo, para que possamos continuar a viagem felizes, sem pensar em problemas,” acrescenta Rafael.
Para os dois ciclistas, que viajam com cerca de 30 quilos de bagagem e dormem numa tenda ou na residência de membros da comunidade Couchsurfing ou Hospitality Club, o aspecto mais positivo da viagem tem sido a reacção das pessoas. “Temos sido alvo de uma hospitalidade fora do comum, como só existe nos países muçulmanos. As pessoas dão tudo o que têm e não têm, abrem as portas de casa, convidam-nos para chá, para jantar, para dormir. É fantástico,” asseguram.
Esse acolhimento ajuda a manter os custos da viagem controlados, embora Tanya admita que “a viagem de avião para o Cairo estragou um bocado as contas”.
A solução foi cortar em gastos como os dos telefonemas em roaming para a família, optando antes por cartões das operadoras dos vários países onde circulam, e conseguiram assim cumprir o orçamento estabelecido, pelo que, à chegada à Turquia, em meados de Março, permitiram-se até “o luxo de ficar num hotel durante dois dias, coisa que nunca acontece”.
A componente técnica da viagem também tem corrido bem: “Até agora, as bicicletas têm trabalhado na perfeição e, fora o normal, que é o óleo, a limpeza e a afinação dos travões, não temos razões de queixa,” diz Tanya. Nessa matéria, Rafael discorda, porque já teve 11 furos, enquanto a namorada se ficou por um. “Não me perguntem porquê, mas tenho a impressão que ela anda a furar-me os pneus enquanto durmo.”
Rafael Polónia e Tanya Ruivo deixaram Ovar a 26 de Setembro e, entretanto, já pedalaram por Espanha, França, Suíça e Alemanha, antes de voarem para o Cairo, de onde continuaram em bicicleta através do Egipto, da Jordânia e da Síria.
Encontram-se agora na Turquia, de onde pretendem seguir para “o norte do Iraque, o Irão, os quatro países da antiga URSS e depois para a China.” Aí o trajecto ainda não está bem definido, mas a ideia é “entrar no Paquistão pelo Norte e descer à Índia, para entrar na China outra vez, mais à frente”.
Data prevista de chegada a Macau: “Antes do Carnaval do próximo ano”.
(Fonte: Público)
Sem comentários:
Enviar um comentário