As autoridades turcas elevaram hoje acima dos 30 o número das vítimas mortais das violentas inundações que assolaram Istambul e a província vizinha de Tekirdağ, no noroeste da Turquia.
Citando o primeiro-ministro, Tayyip Erdoğan, a agência Reuters falava em 31 mortos, mas a turca Anadolu dava conta de 32 pessoas que perderam a vida na calamidade, depois da descoberta de mais um corpo às primeiras horas da manhã.
Só em Istambul, onde vivem 14 milhões de habitantes, morreram 26 pessoas e oito continuam desaparecidas nas inundações provocadas pelas chuvas torrenciais dos últimos três dias, em que as zonas baixas foram submersas, casas totalmente alagadas, as auto-estradas transformadas em fortes torrentes de água.
São as mais graves inundações na Turquia em mais de 80 anos e as situações mais complicadas ocorreram nas zonas ocidentais de Istambul, no chamado lado europeu, onde as infra-estruturas de escoamento são precárias. As águas começaram a dar tréguas desde o dia de ontem, com a diminuição das chuvas mas é esperada renovada intempérie em Istambul amanhã e Sábado.
A imprensa turca acusava, esta manhã, as autoridades nacionais e locais pela negligência e “urbanização selvagem” de Istambul, que será capital europeia da cultura já no próximo ano. O drama das vidas perdidas, dizia o jornal liberal "Milliyet", deve-se ao elevado número de licenças de construção dadas nas zonas próximas aos cursos de água assim como à negligência das autoridades municipais que “fizeram orelhas moucas” às previsões meteorológicas.
(Fonte: Público)
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