As notas só começam a circular a partir de Janeiro, mas a polémica já está a marcar o quotidiano da Turquia. O rosto de uma mulher, sem lenço, irá aparecer nas novas notas de 50 liras turcas e, mal o anúncio foi feito pelo Banco Central, choveram críticas contra a instituição.
Curiosamente, as críticas não partiram dos radicais ou conservadores muçulmanos, mas dos laicos, que acusam o banco de ter cedido à pressão dos islamitas ao escolher Fatma Aliye - uma escritora desconhecida, segundo alguns - em vez de optar, por exemplo, por Halide Edip Adıvar, um ícone feminista e escritora que lutou ao lado de Kemal Atatürk, o pai da Turquia moderna. Fatma Aliye morreu em 1936 e terá sido a primeira romancista turca.
"Personalidade duvidosa" é como o deputado Mustafa ÖzyÜrek, do Partido Republicano do Povo (CHP, laico), classifica Aliye. Por seu turno, Hülya Gülbahar, do grupo Kader - que defende a participação das mulheres na política -, recorda que Fatma Aliye lutou pela educação da mulher, mas, para ela, a contribuição da mulher para a civilização deveria fazer-se através da maternidade e do seu papel tradicional na família. Uma posição algo distante da de Adıvar.
Um matemático, um compositor, um arquitecto e um místico sufista do século XIII fazem parte do grupo, escolhido pelo comité do banco, para figurar nas novas notas.
Curiosamente, as críticas não partiram dos radicais ou conservadores muçulmanos, mas dos laicos, que acusam o banco de ter cedido à pressão dos islamitas ao escolher Fatma Aliye - uma escritora desconhecida, segundo alguns - em vez de optar, por exemplo, por Halide Edip Adıvar, um ícone feminista e escritora que lutou ao lado de Kemal Atatürk, o pai da Turquia moderna. Fatma Aliye morreu em 1936 e terá sido a primeira romancista turca.
"Personalidade duvidosa" é como o deputado Mustafa ÖzyÜrek, do Partido Republicano do Povo (CHP, laico), classifica Aliye. Por seu turno, Hülya Gülbahar, do grupo Kader - que defende a participação das mulheres na política -, recorda que Fatma Aliye lutou pela educação da mulher, mas, para ela, a contribuição da mulher para a civilização deveria fazer-se através da maternidade e do seu papel tradicional na família. Uma posição algo distante da de Adıvar.
Um matemático, um compositor, um arquitecto e um místico sufista do século XIII fazem parte do grupo, escolhido pelo comité do banco, para figurar nas novas notas.
(Fonte: DN)
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