Quando hoje as selecções da República Checa e da Turquia entrarem lado a lado em campo, no Estádio de Genebra, na Suíça, as duas equipas escorraçadas para segundo plano depois dos confrontos com Portugal vão querer evitar algo histórico. São ambas almas gémeas, com um destino traçado sob a mesma régua e esquadro.O drama vai estar lá, nos rostos dos jogadores. A vitória é a única salvação possível. Ou até não. Turquia e República Checa estão iguais em tudo: têm ambas três pontos no Grupo A, marcaram dois golos e sofreram três nos dois encontros já disputados. E caso o jogo acabe empatado, qualquer que seja o número de golos, Turcos e Checos vão disputar o segundo lugar através da marcação de grandes penalidades - o que seria a primeira vez na história dos campeonatos da Europa. Na verdade, a Turquia não estaria a equacionar este cenário caso o golo de Arda frente à Suíça não tivesse existido. Foi um tiro formidável, já nos descontos, que derrotou os Suíços por 2-1. Esta vitória permite aos Turcos empatar com a República Checa e levar o jogo a penáltis. Já os Checos têm a lamentar o golo de Quaresma, sofrido já no tempo de compensação.Mas isto são histórias passadas. Com Portugal já apurado - a selecção de Scolari derrotou a Turquia no jogo inaugural do grupo, por 2-0, e impôs nova derrota à República Checa, por 3-1 -, o segundo lugar permitirá a passagem aos quartos-de-final e confronto já marcado com a Croácia, primeira classificada do Grupo B, à frente deAlemanha, Áustria e Polónia. Com os dados lançados, o avançado turco que derrotou a Suíça, Arda Turan, não se importa de derrotar os checos nos penáltis. "A nossa missão é terminar o jogo nos 90 minutos. Se não conseguirmos, será um momento diferente e interessante no Europeu", contou, apreensivo com o jogo táctico da selecção de Karel Brückner. "Eles jogam com um grau de disciplina muito alto. Nunca desistem das posições tácticas, mas nós temos jogadores com qualidade técnica que podem desarmar esse estilo, essa disciplina. Se nos concentrarmos e mostrarmos do que somos capazes em campo, vamos ganhar o jogo. O mais importante é a maneira como o fazemos", disse, lembrando o jogo anterior com a Suíça. "Começámos bem o encontro, mas a chuva torrencial tornou tudo mais difícil. Nós somos mais tecnicistas, mas tivemos de jogar mais directo devido ao campo estar muito escorregadio", afirmou. E lembrou o recado do seleccionador Terim: "Ele disse, 'Vocês merecem estar nesta competição. E conseguem alcançar esse objectivo. Acredito em todos vocês".
(Fonte: Público)
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