24 fevereiro 2008

PKK ameaça retaliar em território turco


A operação que o Exército turco está a lançar no norte do Iraque deverá durar duas semanas, segundo informações da imprensa. O alvo do ataque, o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) já ameaçou retaliar em território turco e as autoridades do Curdistão iraquiano culparam os Estados Unidos e apelaram à "resistência geral", caso haja vítimas civis. Ontem, além de bombardeamentos da aviação e da artilharia, houve combates entre forças terrestres, envolvendo militares turcos e rebeldes do PKK. Os Turcos penetraram vários quilómetros em território iraquiano e destruíram alvos locais, incluindo pontes. Segundo o balanço turco, os confrontos já provocaram a morte de 79 guerrilheiros do PKK e sete militares turcos. Ontem, em Istambul, houve uma pequena manifestação contra esta acção militar, na qual participaram algumas centenas de militantes do Partido para uma Sociedade Democrática (DTP), formação pró-curda com assento no parlamento de Ancara. Entretanto, os rebeldes ameaçam retaliar: "Se a Turquia prossegue estes ataques, vamos organizar operações de guerrilha nas cidades turcas, sem visarmos as populações civis", disse, citado pela AFP, o porta-voz do PKK, Ahmad Danis. A envergadura desta operação militar revelou-se muito maior do que inicialmente se pensava. Estão envolvidas duas brigadas de infantaria, com 10 mil homens, com apoio de 3 mil tropas especiais. Os rebeldes têm, no Curdistão iraquiano, quatro mil guerrilheiros, segundo afirmam os militares turcos. O Governo do Curdistão iraquiano (um aliado dos Estados Unidos na região) reagiu ontem com alarme, acusando Washington de ter dado permissão à Turquia para lançar esta operação. No caso de haver vítimas civis, os curdos dizem ter dado ordens "para a resistência geral" e efectuado "todos os preparativos necessários". O Governo regional exige a "retirada imediata dos Turcos". O Curdistão iraquiano é uma das maiores regiões de produção petrolífera no Iraque, mas os combates não afectaram as exportações de 300 mil barris diários para o porto de Ceyhan, na Turquia.

(Fonte: Notícias da Turquia / DN)

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