(Foto: Miguel A. Lopes/Lusa)
A presidência portuguesa está a trabalhar para a continuidade das negociações de adesão da Turquia à União Europeia e considera "inaceitável" uma interrupção brusca do processo, disse ontem o presidente do conselho de ministros da UE, Luís Amado.
"A presidência portuguesa está precisamente a fazer um esforço para que o processo não seja congelado", disse Luís Amado à imprensa, depois de se ter reunido com o presidente, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, à margem da conferência de Istambul sobre o Iraque.
"Seria um erro interromper um processo que deve contar com boa fé das duas partes", acrescentou, frisando que "a Turquia tem feito um esforço para poder convergir com os critérios da UE".
Segundo Luís Amado, "seria inaceitável que se procedesse a uma interrupção brusca".
Ressalvando que o processo negocial "não depende da presidência mas de todos os Estados membros", o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse ter dado "algumas garantias ao Governo turco" de que a presidência está a trabalhar para manter as negociações em curso.
Questionado se a Turquia tem razões para se sentir discriminada em relação a outros países candidatos, Amado considerou que não mas que há elementos que podem levar Ancara a duvidar da boa fé negocial da União Europeia.
"É conhecido que têm sido colocados alguns entraves, mas a pressão sobre o Governo turco para que haja continuidade no processo de reformas é justificada", disse.
Luís Amado acrescentou que os responsáveis turcos lhe manifestaram "a vontade de continuar nesse processo".
A adesão da Turquia à UE foi sempre apoiada por países como Portugal, Reino Unido ou a Espanha, mas conta com a oposição clara de países como a França ou a Áustria.
Depois de abertas as negociações em Outubro de 2005, o processo sofreu um grave revés em Dezembro de 2006 quando, devido à recusa de Ancara em abrir os seus portos ao Chipre (membro da UE desde 2004), Bruxelas decidiu congelar oito dos 35 capítulos da negociação.
Luís Amado afirmou que não abordou a questão da ameaça turca de invadir o Norte do Iraque com o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdoğan. Mas disse-se confiante de que a visita de Erdoğan aos Estados Unidos, Domingo, permita "encontrar um quadro político e diplomático mais favorável para uma solução que impeça uma invasão".
"Queria sublinhar que a realização desta conferência é, em si, um elemento importante na avaliação da situação entre a Turquia e o Curdistão. As declarações que foram feitas e os compromissos assumidos por parte do Iraque e dos países vizinhos faz-me supor que esta conferência vai ter um efeito positivo", disse Luís Amado.
Luís Amado participou na reunião de Istambul que juntou representantes dos países vizinhos do Iraque - Turquia, Irão, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrain, Jordânia e Síria - e do próprio Iraque, assim como a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Amado integrou a delegação da União Europeia que incluía, além do ministro português, na qualidade de presidente do conselho de ministros da União Europeia, a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner.
"A presidência portuguesa está precisamente a fazer um esforço para que o processo não seja congelado", disse Luís Amado à imprensa, depois de se ter reunido com o presidente, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, à margem da conferência de Istambul sobre o Iraque.
"Seria um erro interromper um processo que deve contar com boa fé das duas partes", acrescentou, frisando que "a Turquia tem feito um esforço para poder convergir com os critérios da UE".
Segundo Luís Amado, "seria inaceitável que se procedesse a uma interrupção brusca".
Ressalvando que o processo negocial "não depende da presidência mas de todos os Estados membros", o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse ter dado "algumas garantias ao Governo turco" de que a presidência está a trabalhar para manter as negociações em curso.
Questionado se a Turquia tem razões para se sentir discriminada em relação a outros países candidatos, Amado considerou que não mas que há elementos que podem levar Ancara a duvidar da boa fé negocial da União Europeia.
"É conhecido que têm sido colocados alguns entraves, mas a pressão sobre o Governo turco para que haja continuidade no processo de reformas é justificada", disse.
Luís Amado acrescentou que os responsáveis turcos lhe manifestaram "a vontade de continuar nesse processo".
A adesão da Turquia à UE foi sempre apoiada por países como Portugal, Reino Unido ou a Espanha, mas conta com a oposição clara de países como a França ou a Áustria.
Depois de abertas as negociações em Outubro de 2005, o processo sofreu um grave revés em Dezembro de 2006 quando, devido à recusa de Ancara em abrir os seus portos ao Chipre (membro da UE desde 2004), Bruxelas decidiu congelar oito dos 35 capítulos da negociação.
Luís Amado afirmou que não abordou a questão da ameaça turca de invadir o Norte do Iraque com o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdoğan. Mas disse-se confiante de que a visita de Erdoğan aos Estados Unidos, Domingo, permita "encontrar um quadro político e diplomático mais favorável para uma solução que impeça uma invasão".
"Queria sublinhar que a realização desta conferência é, em si, um elemento importante na avaliação da situação entre a Turquia e o Curdistão. As declarações que foram feitas e os compromissos assumidos por parte do Iraque e dos países vizinhos faz-me supor que esta conferência vai ter um efeito positivo", disse Luís Amado.
Luís Amado participou na reunião de Istambul que juntou representantes dos países vizinhos do Iraque - Turquia, Irão, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrain, Jordânia e Síria - e do próprio Iraque, assim como a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Amado integrou a delegação da União Europeia que incluía, além do ministro português, na qualidade de presidente do conselho de ministros da União Europeia, a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner.
(Fonte: Diário Digital)
1 comentário:
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