O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, negou ontem que esteja em andamento uma operação militar além da fronteira no norte do Iraque contra as bases da guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
A declaração foi feita em entrevista colectiva concedida no aeroporto Esenboğa de Ancara, minutos antes do chefe do Governo turco viajar para a República checa em visita diplomática. "Neste momento, as nossas forças de segurança estão dentro dos limites do nosso país e as operações continuam (dentro da Turquia). As alegações de operações além das fronteiras não são correctas", disse Erdoğan. O primeiro-ministro turco desmentiu desta forma as informações da rede de televisão turca "NTV" e da imprensa curdo-iraquiana, que na última terça-feira afirmaram que aviões de combate turcos tinham bombardeado alvos no norte do país vizinho.
O Estado-Maior do Exército turco também negou que os seus aviões tivessem ultrapassado a fronteira com o Iraque. "Nenhum avião das Forças Aéreas da Turquia ultrapassou a fronteira. As notícias são completamente falsas", disse ontem o comandante Aydoğan Babaoğlu em entrevista colectiva concedida na República Turca do Norte do Chipre.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ali Babacan, admitiu que continua a troca de informação de espionagem em tempo real com o Exército dos Estados Unidos, o que foi confirmado hoje por Erdoğan. Numa comissão parlamentar, o chefe da diplomacia turca disse que os Estados Unidos "já estão a fornecer à Turquia informação real e oportuna" sobre as posições dos militantes do PKK no norte do Iraque.
A Turquia acredita que cerca de 3.500 rebeldes do PKK, organização considerada terrorista pelos EUA e pela União Européia (UE), encontram refúgio na zona montanhosa do norte do país vizinho, de onde entram na Turquia para cometer atentados. Em Outubro, o Parlamento turco concedeu ao Governo o poder de decretar operações militares contra o PKK no norte do Iraque e, desde então, o Exército posicionou mais de 100 mil soldados nas províncias fronteiriças com o Iraque.
(Fonte: EFE)
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