"Sim, foi a polícia que nos comandou, porque o Estado não nos defende", declarou um dos acusados no julgamento que começou hoje em Istambul.
Trata-se do julgamento do assassínio de Hrant Dink, o jornalista turco de origem arménia que morreu no passado mês de Janeiro, em resultado dos disparos de um jovem ultranacionalista, após ter publicado um artigo no qual exigia ao governo de Ancara o reconhecimento do genocídio arménio.
"As nossas suspeitas confirmaram-se. Estamos perante uma situação semelhante ao caso Semdinli", disse a advogada da família Dink. Temos de acabar com o controlo da justiça", acrescentou.
No total, são 18 os acusados do assassínio de Hrant Dink, o director do jornal Agos, um semanário crítico do governo turco e sobretudo da poderosa instituição militar. A maior parte dos acusados são adolescentes. Embora não existam provas, muitos acreditam que estes não terão agido sozinhos, mas instruídos pelas forças de segurança.
Centenas de Turcos manifestaram-se hoje à porta do tribunal reclamando transparência. Este processo está longe de se tratar de um simples julgamento de um assassínio, e constitui uma prova crucial para avaliar a independência do sistema judicial turco.
02 julho 2007
Um dos acusados do assasínio de Hrant Dink acusou a polícia turca
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