Dezenas de milhar de pessoas encheram as ruas de Ancara para a última despedida ao anterior primeiro-ministro Bülent Ecevit, muito admirado pela nação turca por uma carreira política de cinco décadas.
Na manhã de Sábado, na primeira de várias cerimónias, o corpo de Ecevit foi transportado do hospital militar onde faleceu no passado fim-de-semana, para a sede do Partido da Esquerda Democrática (DSP), que liderou até 2002.
Depois da cerimónia na sede do partido DSP, foi conduzido para o parlamento, para onde Ecevit foi eleito em 1957 como membro do Partido Republicano do Povo (CHP), o partido de Mustafa Kemal Atatürk, fundador da moderna república da Turquia. No parlamento, a guarda de honra colocou o corpo de Ecevit no carro fúnebre, na presença de oficiais de topo e de líderes políticos e dignatários estrangeiros, que assistiram a um funeral de Estado no parlamento.
Marcaram presença, o anterior presidente Süleyman Demirel, principal rival de Ecevit durante quatro décadas, e Kenan Evren, antigo general que tomou o poder com o golpe de Estado de 1980 e colocou Ecevit e Demirel na prisão.
O anterior e actual presidentes da república turca do Chipre, respectivamente Rauf Denktaş e Mehmet Ali Talat, compareceram em memória da intervenção turca em Chipre, em 1974, que Ecevit ordenou em resposta a um golpe perpetrado por Atenas e pelos Greco-cipriotas ultranacionalistas com o objectivo de unir a ilha à Grécia.
Depois, o corpo de Ecevit seguiu para a mesquita Kocatepe, a maior de Ancara, onde era aguardado por uma multidão de cerca de 25 000 pessoas, no pátio da mesquita, e por dezenas de milhar nas ruas circundantes. Entre muitas outras pessoas, esteve presente a família do juiz do Conselho de Estado, Yücel Özbilgin, assassinado por um activista islâmico que se insurgiu contra a decisão do Supremo Tribunal de banir o véu islâmico nos espaços públicos. Ecevit foi visto pela última vez no funeral de Özbilgin, na mesquita de Kocatepe a 18 de Maio. Mais tarde, nesse mesmo dia, sofreu o derrame cerebral que o fez perder a vida a 5 de Novembro.
Mineiros de Zonguldak, o seu eleitorado durante muitos anos, estiveram presentes para lembrar o seu cargo como o ministro do Trabalho, responsável pela promulgação das primeiras leis no país que permitiram o início de negociações colectivas e o direito à greve.
Pessoas anónimas, não necessariamente militantes politicos, reuniram-se para prestar a sua homenagem a um homem admirado pela sua honestidade.
Para além da representação oficial, a multidão que conseguiu congregar na hora da sua morte, reflecte também as suas muitas facetas. Escritores e artistas estiveram também entre aqueles que quiseram prestar homenagem ao seu passado como poeta, com muitos dos seus poemas transformados em letras de canções.
Ecevit é visto como o pai da social democracia na Turquia e como um homem justo, extremamente cortês e trabalhador incansável, que viveu durante anos num modesto apartamento nos subúrbios de Ancara com a sua mulher Rahşan, seu amor desde a infância e a sua companheira de sempre também na vida política.
Na manhã de Sábado, na primeira de várias cerimónias, o corpo de Ecevit foi transportado do hospital militar onde faleceu no passado fim-de-semana, para a sede do Partido da Esquerda Democrática (DSP), que liderou até 2002.
Depois da cerimónia na sede do partido DSP, foi conduzido para o parlamento, para onde Ecevit foi eleito em 1957 como membro do Partido Republicano do Povo (CHP), o partido de Mustafa Kemal Atatürk, fundador da moderna república da Turquia. No parlamento, a guarda de honra colocou o corpo de Ecevit no carro fúnebre, na presença de oficiais de topo e de líderes políticos e dignatários estrangeiros, que assistiram a um funeral de Estado no parlamento.
Marcaram presença, o anterior presidente Süleyman Demirel, principal rival de Ecevit durante quatro décadas, e Kenan Evren, antigo general que tomou o poder com o golpe de Estado de 1980 e colocou Ecevit e Demirel na prisão.
O anterior e actual presidentes da república turca do Chipre, respectivamente Rauf Denktaş e Mehmet Ali Talat, compareceram em memória da intervenção turca em Chipre, em 1974, que Ecevit ordenou em resposta a um golpe perpetrado por Atenas e pelos Greco-cipriotas ultranacionalistas com o objectivo de unir a ilha à Grécia.
Depois, o corpo de Ecevit seguiu para a mesquita Kocatepe, a maior de Ancara, onde era aguardado por uma multidão de cerca de 25 000 pessoas, no pátio da mesquita, e por dezenas de milhar nas ruas circundantes. Entre muitas outras pessoas, esteve presente a família do juiz do Conselho de Estado, Yücel Özbilgin, assassinado por um activista islâmico que se insurgiu contra a decisão do Supremo Tribunal de banir o véu islâmico nos espaços públicos. Ecevit foi visto pela última vez no funeral de Özbilgin, na mesquita de Kocatepe a 18 de Maio. Mais tarde, nesse mesmo dia, sofreu o derrame cerebral que o fez perder a vida a 5 de Novembro.
Mineiros de Zonguldak, o seu eleitorado durante muitos anos, estiveram presentes para lembrar o seu cargo como o ministro do Trabalho, responsável pela promulgação das primeiras leis no país que permitiram o início de negociações colectivas e o direito à greve.
Pessoas anónimas, não necessariamente militantes politicos, reuniram-se para prestar a sua homenagem a um homem admirado pela sua honestidade.
Para além da representação oficial, a multidão que conseguiu congregar na hora da sua morte, reflecte também as suas muitas facetas. Escritores e artistas estiveram também entre aqueles que quiseram prestar homenagem ao seu passado como poeta, com muitos dos seus poemas transformados em letras de canções.
Ecevit é visto como o pai da social democracia na Turquia e como um homem justo, extremamente cortês e trabalhador incansável, que viveu durante anos num modesto apartamento nos subúrbios de Ancara com a sua mulher Rahşan, seu amor desde a infância e a sua companheira de sempre também na vida política.
Da mesquita de Kocatepe, o cortejo fúnebre seguiu para o cemitério de Estado, uma caminhada lenta ao longo de oito quilómetros, que a sua mulher, com 83 anos, fez questão de fazer a pé. Ao longo dessa caminhada, toda a multidão concentrada nas ruas pode despedir-se de Ecevit. O carro fúnebre ficou carregado de flores que foram sendo atiradas ao longo desse percurso final.
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