No seguimento do pedido efectuado esta semana pelo Partido da Sociedade Democrática (DTP, pró-curdo), para o PKK efectuar um cessar-fogo, o anterior líder do PKK, Abdullah Ocalan, também pediu um cessar-fogo a partir da prisão onde se encontra a cumprir prisão perpétua, na ilha de Imrali.
Ocalan foi condenado em Junho de 1999 por um tribunal turco, acusado de "separatismo" e "traição".
Depois dos seus advogados se terem reunido com Ocalan na quarta-feira, enviaram uma declaração de Ocalan à imprensa, na qual o antigo líder do PKK pede ao grupo terrorista para "enterrar as suas armas". A declaração de duas páginas de Ocalan, que foi enviada via fax à imprensa pelos seus advogados, também diz: "o primeiro-ministro disse no passado que 'nós vamos fazer da Turquia um Estado que se tornará um modelo para todo o Médio Oriente'. Este é o nosso objectivo. E neste momento, estou a falar para os elementos de topo do governo também. Por favor, deixem todos trabalharem juntos para fazerem o que tem de ser feito. Porque a paz no Médio Oriente só vai acontecer quando Turcos e Curdos viverem juntos em harmonia democrática. Uma solução democrática, paz e diálogo, são para benefício de todos".
O PKK já decretou quatro tréguas, todas elas rejeitadas pelo exército turco. O chefe do governo, Recep Tayyip Erdoğan, já respondeu dizendo que a expressão "cessar-fogo" está mal aplicada, porque "só pode ser declarada entre Estados", acrescentando que o grupo terrorista só tem de entregar as suas armas.
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