26 agosto 2010

Angola e Luís Magalhães no Mundial de Basquetebol na Turquia

A selecção angolana, comandada pelo treinador português Luís Magalhães, parte para o Mundial de 2010, na Turquia, com a ambição de repetir a excelente prestação de 2006, ano em que chegou aos "oitavos", no Japão.
Numa grande competição pela 11.ª vez desde 1986 (só falhou, desde então, os Jogos Olímpicos de 88 e o Mundial de 98), Angola precisa de ficar entre os quatro primeiros do seu agrupamento para lograr os seus objetivos.
Pela frente, no seu sétimo Mundial, Angola tem a Argentina, a Sérvia, a Austrália, a Alemanha e ainda a Jordânia, que será orientada por outro técnico luso (Mário Palma) e é, teoricamente, a formação mais fraca do Grupo A.
Se quiser repetir 2006, a formação vencedora de dez dos últimos 11 campeonatos africanos - só falhou em 1997 (vitória do Senegal) - precisa, no mínimo, de dois triunfos. Ainda assim, Luís Magalhães já afirmou acreditar que "não é impossível" lograr idêntica prestação na Turquia.
Há quatro anos, na primeira fase, Angola ganhou ao Panamá, Japão e Nova Zelândia e só caiu perante a Espanha, que viria a sagrar-se campeã, e a Alemanha, mas com esta última apenas após três prolongamentos (103-108).
Desta vez, os germânicos não têm, no entanto, a sua grande "estrela" (Dirk Nowitzki), pelo que surgirão bem mais frágeis, sendo que os argentinos também não estão no seu máximo, face à ausência de Manu Ginobili.
Para enfrentar o Mundial, Luís Magalhães não fez grandes alterações em relação a competições anteriores, apostando na continuidade, em referências como Miguel Lutonda, Carlos Almeida, Eduardo Mingas ou Joaquim Gomes "Kikas".
estreia dos africanos está marcada para sábado, frente à Sérvia, seguindo-se a Jordânia (domingo), a Argentina (segunda-feira), a Alemanha (quarta-feira) e, a acabar, a Austrália (quinta-feira).
O conjunto angolano estreou-se nos Mundiais em 1986, ano em que caiu na fase preliminar, já em Espanha, palco da fase final do Mundial, com apenas 12 selecções.
Quatro anos depois (1990), na Argentina, os africanos conseguiram três triunfos, face à Coreia do Sul, Egipto e China, e terminaram no 13.º posto, para em 1994, no Canadá, ganharem apenas um e acabarem em 16.º.
Depois de falhar o Mundial de 1998, como consequência do terceiro posto no Afrobasket de 1997, os angolanos bateram o Canadá e a China e ficaram no 11.º lugar em 2002, sob o comando de Mário Palma.
Finalmente, em 2006, a Angola logrou o seu melhor registo na prova ao conseguir o 10.º posto, sob o comando de Alberto Carvalho, após triunfos sobre o Panamá, Japão e Nova Zelândia.
Em competições internacionais, o conjunto africano só havia brilhado mais intensamente nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, onde humilhou a anfitriã Espanha (83-63), liderada pelos ex-benfiquistas Jean Jacques e José Carlos Guimarães, rumo ao 10.º lugar.

(Fonte: Lusa)

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