Mais de 40 pessoas foram hoje detidas na Turquia no âmbito de uma investigação sobre uma presumível conspiração para derrubar o governo conservador, anunciou em Madrid o primeiro ministro turco, Recep Tayyip Erdogğan.
"As nossas forças de segurança iniciaram na segunda feira um processo de detenções. Até ao momento, mais de 40 pessoas foram detidas", declarou Erdoğan numa conferência de imprensa, por ocasião de uma visita oficial a Espanha.
De acordo com as cadeias de televisão NTV e CNN-Türk, vários antigos dirigentes do exército turco foram hoje detidos pela polícia no âmbito desta investigação.
Os média turcos noticiaram que entre os detidos se encontram o antigo chefe do Estado Maior da Força Aérea general Ibrahim Fırtına, o ex-número dois do Estado Maior Ergin Saygun, e os antigos comandantes da marinha almirante Ahmet Feyyaz Ögütçü e o almirante Özden Örnek.
Outras altas patentes do Exército na reserva e militares no activo foram detidos e levados para Istambul, onde foram interrogados pela polícia. Em seguida, serão ouvidos por procuradores que poderão apresentar os casos num tribunal para os acusar de "pertencer a uma organização armada".
Estas detenções ocorreram no âmbito do inquérito sobre um plano designado "Balyoz" (martelo de forja), divulgado em Janeiro por um jornal liberal, cujo objetivo seria organizar uma série de atentados bombistas contra mesquitas para incitar os fiéis a sair à rua em manifestações violentas.
Estas atividades de desestabilização seriam seguidas por iniciativas para aumentar o caos, tal como um incidente aéreo entre a Turquia e a Grécia para demonstrar a incompetência do governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), islamita e no poder desde 2002.
Informações sobre várias alegadas conspirações contra o governo, datadas de 2003 e 2004, foram divulgadas pela imprensa, causando uma sucessão de processos judiciários que aumentaram as tensões entre apoiantes do governo, acusado de ter um plano secreto de islamização do país, e os seus opositores.
Fırtına e Örnek foram ouvidos na qualidade de suspeitos em Dezembro, em Istambul, pelos procuradores em diferentes inquéritos por conspiração, no âmbito do caso Ergenekon, uma rede que alegadamente planeava um golpe militar.
Cerca de 200 pessoas de todos os quadrantes (mafiosos, advogados, jornalistas, universitários, militares) estão a ser julgadas desde 2008 no caso Ergenekon.
O Exército, que depôs quatro governos desde 1960 e é considerado a espinha dorsal do regime laico constituído por Atatürk, fundador da Turquia moderna, declarou recentemente que o tempo dos golpes de Estado tinha acabado.
"As nossas forças de segurança iniciaram na segunda feira um processo de detenções. Até ao momento, mais de 40 pessoas foram detidas", declarou Erdoğan numa conferência de imprensa, por ocasião de uma visita oficial a Espanha.
De acordo com as cadeias de televisão NTV e CNN-Türk, vários antigos dirigentes do exército turco foram hoje detidos pela polícia no âmbito desta investigação.
Os média turcos noticiaram que entre os detidos se encontram o antigo chefe do Estado Maior da Força Aérea general Ibrahim Fırtına, o ex-número dois do Estado Maior Ergin Saygun, e os antigos comandantes da marinha almirante Ahmet Feyyaz Ögütçü e o almirante Özden Örnek.
Outras altas patentes do Exército na reserva e militares no activo foram detidos e levados para Istambul, onde foram interrogados pela polícia. Em seguida, serão ouvidos por procuradores que poderão apresentar os casos num tribunal para os acusar de "pertencer a uma organização armada".
Estas detenções ocorreram no âmbito do inquérito sobre um plano designado "Balyoz" (martelo de forja), divulgado em Janeiro por um jornal liberal, cujo objetivo seria organizar uma série de atentados bombistas contra mesquitas para incitar os fiéis a sair à rua em manifestações violentas.
Estas atividades de desestabilização seriam seguidas por iniciativas para aumentar o caos, tal como um incidente aéreo entre a Turquia e a Grécia para demonstrar a incompetência do governo do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), islamita e no poder desde 2002.
Informações sobre várias alegadas conspirações contra o governo, datadas de 2003 e 2004, foram divulgadas pela imprensa, causando uma sucessão de processos judiciários que aumentaram as tensões entre apoiantes do governo, acusado de ter um plano secreto de islamização do país, e os seus opositores.
Fırtına e Örnek foram ouvidos na qualidade de suspeitos em Dezembro, em Istambul, pelos procuradores em diferentes inquéritos por conspiração, no âmbito do caso Ergenekon, uma rede que alegadamente planeava um golpe militar.
Cerca de 200 pessoas de todos os quadrantes (mafiosos, advogados, jornalistas, universitários, militares) estão a ser julgadas desde 2008 no caso Ergenekon.
O Exército, que depôs quatro governos desde 1960 e é considerado a espinha dorsal do regime laico constituído por Atatürk, fundador da Turquia moderna, declarou recentemente que o tempo dos golpes de Estado tinha acabado.
(Fonte: Lusa/DN)
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