Um dos jornais oficiais chineses exige hoje que o chefe de Governo turco, Recep Tayyip Erdoğan, se retracte das declarações em que denunciou que um genocídio está a ser cometido na região muçulmana chinesa de Xinjiang, onde conflitos interétnicos entre as etnias uigur e han conduziram à morte de 184 pessoas.
No mais grave incidente de violência em décadas na China, Uigures – que são maioritários em Xinjiang, noroeste do país – lançaram motins na capital da província, Urumqi, há dez dias, depois de a polícia ter tentado dispersar um protesto contra um ataque sobre trabalhadores daquela etnia numa fábrica no sul. Muitas propriedades dos Han foram saqueadas e nos dias seguintes membros desta etnia, maioritária na China, lançaram actos de vingança nas ruas.
Erdoğan avaliou a situação em Xinjiang como, “posto em termos simples, um genocídio”. “Não faz sentido nenhum interpretá-lo de outra maneira”, sustentou em declarações, na sexta-feira passada, à televisão turca NTV. E instou as autoridades chinesas a intervirem para evitar a ocorrência de mais mortes.
Hoje, o "China Daily" retaliava: “Não distorça os factos”, titulava o jornal em editorial, exigindo que Erdoğan se retracte da afirmação que “constitui uma interferência nos assuntos internos da China”. O "China Daily", que é publicado em Inglês, sustenta que 137 das 184 vítimas mortais reconhecidas pelas autoridades – o movimento Uigur fala em pelo menos 400 – são membros da etnia han e que isto “dá bem conta da natureza do ocorrido” em Urumqi. Segundo este jornal, do balanço de mortos constam ainda 46 uigures, uma etnia de ascendência turca, maioritariamente muçulmana e que partilha laços linguísticos e culturais com a Ásia Central.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, interveio já também neste caso, tendo telefonado ao homólogo turco no Domingo para explicar a tese das autoridades – os motins de Urumqi foram um crime grave orquestrado por “três forças do mal: o extremismo, o separatismo e o terrorismo”, citava a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.
Depois de ontem terem ocorrido mais duas mortes – dois Uigures empunhando facas que foram alvejados a tiro pela polícia – o ambiente hoje em Urumqi, e por toda a província de Xinjiang, é de tensão latente, mantendo-se um poderoso aparato de vigilância policial e militar nas ruas para dissuadir o reacender dos conflitos interétnicos.
No mais grave incidente de violência em décadas na China, Uigures – que são maioritários em Xinjiang, noroeste do país – lançaram motins na capital da província, Urumqi, há dez dias, depois de a polícia ter tentado dispersar um protesto contra um ataque sobre trabalhadores daquela etnia numa fábrica no sul. Muitas propriedades dos Han foram saqueadas e nos dias seguintes membros desta etnia, maioritária na China, lançaram actos de vingança nas ruas.
Erdoğan avaliou a situação em Xinjiang como, “posto em termos simples, um genocídio”. “Não faz sentido nenhum interpretá-lo de outra maneira”, sustentou em declarações, na sexta-feira passada, à televisão turca NTV. E instou as autoridades chinesas a intervirem para evitar a ocorrência de mais mortes.
Hoje, o "China Daily" retaliava: “Não distorça os factos”, titulava o jornal em editorial, exigindo que Erdoğan se retracte da afirmação que “constitui uma interferência nos assuntos internos da China”. O "China Daily", que é publicado em Inglês, sustenta que 137 das 184 vítimas mortais reconhecidas pelas autoridades – o movimento Uigur fala em pelo menos 400 – são membros da etnia han e que isto “dá bem conta da natureza do ocorrido” em Urumqi. Segundo este jornal, do balanço de mortos constam ainda 46 uigures, uma etnia de ascendência turca, maioritariamente muçulmana e que partilha laços linguísticos e culturais com a Ásia Central.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, interveio já também neste caso, tendo telefonado ao homólogo turco no Domingo para explicar a tese das autoridades – os motins de Urumqi foram um crime grave orquestrado por “três forças do mal: o extremismo, o separatismo e o terrorismo”, citava a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.
Depois de ontem terem ocorrido mais duas mortes – dois Uigures empunhando facas que foram alvejados a tiro pela polícia – o ambiente hoje em Urumqi, e por toda a província de Xinjiang, é de tensão latente, mantendo-se um poderoso aparato de vigilância policial e militar nas ruas para dissuadir o reacender dos conflitos interétnicos.
(Fonte: Público)
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