28 maio 2009

Reino Unido defende entrada da Turquia na União Europeia


O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, disse que gostaria de ver a Turquia na União Europeia, contradizendo os líderes da França e da Alemanha que defendem que o país deve ter apenas uma “parceria privilegiada”, mas não a adesão.
Miliband, que se encontra em visita oficial na Turquia, acredita que a adesão de Ancara traria dinamismo económico ao bloco, assim como contribuiria para uma maior segurança no que toca a problemas energéticos enquanto aproximaria o Ocidente do mundo muçulmano.“O Reino Unido acredita mais que nunca que a decisão estratégica de apoiar a adesão da Turquia é a correcta. É bom para a Turquia e para a Europa”, disse Miliband. “A Turquia é um país particular que permitiria beneficiar a Europa em termos de energia”, acrescentou. O ministro defendeu ainda que a União Europeia deveria “abrir horizontes” e aproveitar os benefícios desta adesão, assim que a Turquia cumpra todos os requisitos para uma entrada na UE. A Turquia tem poucas reservas de petróleo e gás natural mas é um corredor estratégico entre a Europa e as reservas energéticas do Mar Cáspio e do Médio Oriente. Miliband disse ainda que existem alterações significativas entre a Turquia actual e a de há 30 anos atrás e salientou a vibrante economia de mercado do país como mais-valia para a Europa num período de crise económica.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, reforçaram este mês a sua já conhecida opinião sobre a adesão da Turquia à União Europeia. Ambos os países defendem, em altura de campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, que à Turquia deveria ser dada uma “parceria privilegiada” em vez de uma adesão completa.
A Turquia deu início às negociações para a adesão à União Europeia em 2005 mas enfrenta a oposição de alguns estados-membros devido à opinião pública hostil. As negociações focam-se, de grosso modo, em preocupações com os direitos humanos, o ritmo lento das reformas e a liberdade de imprensa.

(Fonte: Reuters/Público)

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