O Presidente da República, Cavaco Silva, defende que a União Europeia precisa da Turquia para ser mais forte no cenário internacional, mas sublinha que o povo turco tem uma palavra a dizer no processo de adesão.
No dia em que o chefe de Estado português parte para a Turquia, o jornal "Zaman" publica uma entrevista a Cavaco Silva, realizada na semana passada em Lisboa e disponível na sua versão integral no site do jornal.
"A posição de Portugal tem sido muito consistente sobre a adesão da Turquia. Se queremos uma Europa mais forte no cenário internacional, que tenha uma palavra mais importante a dizer sobre paz, segurança e estabilidade, então a Europa precisa da Turquia", afirma Cavaco Silva.
Cavaco Silva diz mesmo que Portugal quer que todos os obstáculos à abertura de novos capítulos do processo de adesão da Turquia "sejam removidos", mas alerta que terá de haver boa vontade de ambos os lados.
"Se se tornar membro da União, [a Turquia] terá uma influência que sozinha não pode ter na cena internacional. Até um pequeno Estado-membro tem a oportunidade de projectar a sua imagem na política mundial através da União Europeia", sublinha. "Mas a escolha é do povo turco", alertou Cavaco Silva.
O chefe de Estado português recordou que a capital portuguesa conseguiu ter o seu nome na história europeia através do Tratado de Lisboa. "Espero que o Tratado possa ser implementado até ao final deste ano, é muito importante para o funcionamento da UE com 27 membros (...) Mais importante, criará condições para alargamentos futuros, incluindo a adesão da Turquia", considerou.
O Presidente da República salientou que as negociações de adesão "são sempre difíceis" e recordou a experiência portuguesa. "Penso que Portugal beneficiou muito com a adesão, mas a UE também beneficiou muito, devido à nossa relação especial com África, com a América Latina", referiu.
Realçando as semelhanças entre os dois países - ambos podem ser "pontes" entre continentes - Cavaco Silva sublinhou a importância de um aprofundamento das relações económicas entre Portugal e a Turquia. "Não estamos a pensar apenas no mercado turco, mas em outros mercados (...) Os empresários portugueses podiam aprender com os seus parceiros turcos como fazer negócios no Cáucaso e na região da Ásia Central", exemplificou.
Por outro lado, explicou, Portugal tem vantagens em mercados como o africano e latino-americano.
Cavaco Silva aterra hoje em Ancara para uma visita de Estado que se prolonga até sexta-feira e na qual se deslocará também a Istambul e Capadócia.
(Fonte: Lusa/Fim/Expresso)
No dia em que o chefe de Estado português parte para a Turquia, o jornal "Zaman" publica uma entrevista a Cavaco Silva, realizada na semana passada em Lisboa e disponível na sua versão integral no site do jornal.
"A posição de Portugal tem sido muito consistente sobre a adesão da Turquia. Se queremos uma Europa mais forte no cenário internacional, que tenha uma palavra mais importante a dizer sobre paz, segurança e estabilidade, então a Europa precisa da Turquia", afirma Cavaco Silva.
Cavaco Silva diz mesmo que Portugal quer que todos os obstáculos à abertura de novos capítulos do processo de adesão da Turquia "sejam removidos", mas alerta que terá de haver boa vontade de ambos os lados.
"Se se tornar membro da União, [a Turquia] terá uma influência que sozinha não pode ter na cena internacional. Até um pequeno Estado-membro tem a oportunidade de projectar a sua imagem na política mundial através da União Europeia", sublinha. "Mas a escolha é do povo turco", alertou Cavaco Silva.
O chefe de Estado português recordou que a capital portuguesa conseguiu ter o seu nome na história europeia através do Tratado de Lisboa. "Espero que o Tratado possa ser implementado até ao final deste ano, é muito importante para o funcionamento da UE com 27 membros (...) Mais importante, criará condições para alargamentos futuros, incluindo a adesão da Turquia", considerou.
O Presidente da República salientou que as negociações de adesão "são sempre difíceis" e recordou a experiência portuguesa. "Penso que Portugal beneficiou muito com a adesão, mas a UE também beneficiou muito, devido à nossa relação especial com África, com a América Latina", referiu.
Realçando as semelhanças entre os dois países - ambos podem ser "pontes" entre continentes - Cavaco Silva sublinhou a importância de um aprofundamento das relações económicas entre Portugal e a Turquia. "Não estamos a pensar apenas no mercado turco, mas em outros mercados (...) Os empresários portugueses podiam aprender com os seus parceiros turcos como fazer negócios no Cáucaso e na região da Ásia Central", exemplificou.
Por outro lado, explicou, Portugal tem vantagens em mercados como o africano e latino-americano.
Cavaco Silva aterra hoje em Ancara para uma visita de Estado que se prolonga até sexta-feira e na qual se deslocará também a Istambul e Capadócia.
(Fonte: Lusa/Fim/Expresso)
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