Um problema no altímetro terá estado na origem da queda do avião da Turkish Airlines, na semana passada, quando se preparava para aterrar no aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, anunciaram os investigadores holandeses. O aparelho partiu-se em três ao atingir o solo e nove dos 135 ocupantes perderam a vida.
“Os registos áudio e das caixas negras que estão na nossa posse mostram que ocorreram irregularidades durante a descida do avião”, explicou Peter van Vollenhoeven, director do gabinete de investigação de acidentes aéreos holandeses.
Segundo o responsável, o avião estava a fazer a aproximação à pista em piloto automático e “a uma altitude de 1950 pés, ou seja cerca de 700 metros, o altímetro esquerdo indicou subitamente uma mudança de altitude” que foi transmitida ao sistema de controlo. Acreditando que o aparelho estava quase a tocar no solo, o sistema desligou os dois motores, o que provocou uma acentuada desaceleração e a queda do aparelho.
Vollenhoeven acrescentou que as informações prestadas pela Turkish Airlines mostram que aquele mesmo altímetro já tinha registado problemas em outras duas ocasiões.
O Boeing 737, oriundo de Istambul, despenhou-se na passada quarta-feira num campo agrícola, a apenas três quilómetros do aeroporto. Cinco cidadãos turcos, incluindo o piloto e membros da tripulação, e quatro norte-americanos perderam a vida na queda, que provocou ferimentos em outras 86 pessoas, 28 das quais continuam hospitalizadas.
Os especialistas sublinham que o facto de o aparelho não se ter incendiado quando atingiu o solo evitou um maior número de vítimas mortais.
(Fonte: Público)
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