A abertura do 5º Fórum Mundial da Água, que começou hoje em Istambul, na Turquia, ficou marcada pela detenção de alguns dos cerca de 150 manifestantes que defendiam o direito à água e agressões a jornalistas.
De acordo com a agência noticiosa estatal turca Anadolu, foram presas pela Polícia, pelo menos, 17 pessoas durante o protesto, junto ao recinto onde decorre o Fórum Mundial da Água, onde se juntaram, de manhã, cerca de 150 manifestantes reivindicando o acesso à água para todos.
Em declarações a Agência Lusa, a jornalista norte-americana Amy Hart disse ter sido agredida pela Polícia turca quando tentava fotografar a manifestação. "Estava a tirar fotos quando me puxaram o cabelo, pisaram-me e agarraram-me pelo pescoço para me tirarem a máquina fotográfica", descreveu a jornalista 'freelancer' que, durante a primeira conferência de imprensa, questionou os responsáveis do fórum sobre se havia "garantias" de que os repórteres pudessem trabalhar "sem serem atacados".
Mais de 20 mil pessoas de 180 países, nomeadamente Portugal, estão reunidas na cidade turca de Istambul durante toda a semana para participarem no Fórum Mundial da Água que se realiza de três em três anos e pretende ser um espaço de discussão e partilha de experiências.
Questionado pelos jornalistas sobre se estes manifestantes não tinham direito a dar a sua opinião, o director-geral do Conselho Mundial da Água, Ger Bergkamp, sublinhou que "todas as pessoas podem falar e devem fazer parte deste diálogo, até porque essa é a razão pela qual foi criado este fórum".
Descobrir soluções sustentáveis é o grande desafio deste encontro, que reúne especialistas e decisores políticos de todo o mundo."Desde o último fórum, que se realizou no México, tem-se vindo a notar um aumento de acções dos países envolvidos e nota-se que as pessoas começaram a falar cada vez mais sobre a questão da água. Este ano, estão presentes especialistas de 180 países, incluindo ministros, parlamentares e autarcas, todos preocupados com esta questão", destacou o mesmo responsável.
(Fonte: Lusa/Diário de Notícias)
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