O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, está disposto a pagar a factura de um eventual ataque contra os separatistas curdos do PKK, nas suas bases no norte do Iraque.
A invasão do Iraque pelo norte implicaria a reacção americana e poderia desestabilizar a situação de segurança no relativamente pacífico Curdistão.
Erdoğan falou ontem na questão, ao ser confrontado com as possíveis consequências de uma decisão parlamentar de destruir os santuários do PKK no Curdistão iraquiano. "Depois de termos entrado por essa via, o custo já terá sido calculado", disse Erdoğan. O pedido de autorização de invadir o Iraque será apresentado na próxima semana. "Vamos discutir todas as implicações de uma decisão dessas", admitiu Erdoğan.
O governo turco tem estado sob forte pressão dos militares para agir contra o PKK. A Turquia montou junto da fronteira com o Iraque um dispositivo militar de grande aparato, com uma zona tampão que obrigou inclusivamente as forças turcas a ocuparem algumas posições dentro do Iraque. Apesar da insistência, o Governo turco nunca chegou a dar autorização para uma operação em maior escala, temendo os efeitos que isso teria nas relações com a Europa e com os Estados Unidos.
O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, mas também pelos EUA e pela UE. Em 1984, lançou uma luta armada, de tipo separatista, contra a Turquia, que é membro da NATO. O Governo de Erdoğan, de ex-islamistas conservadores, melhorou entretanto a sua política em relação à minoria curda do país.
Entretanto, a crise entre a Turquia e os Estados Unidos poderá agravar-se nas próximas semanas por outra razão: o genocídio arménio. Uma comissão do Congresso americano aprovou esta semana um documento de condenação do genocídio arménio, entre 1915 e 1917, provocando forte irritação em Ancara. A iniciativa dos democratas visa embaraçar a administração Bush e será discutida em Novembro. Se for aprovada pelo Congresso, poderá incendiar a relação com a Turquia. A lógica dos democratas é que recusar a categoria de genocídio para os massacres de arménios, entre 1915 e 1917, impedirá acção contra crimes semelhantes na actualidade. As resoluções sobre o genocídio arménio têm sido sistematicamente bloqueadas pelos republicanos. Mas em 2000, temendo criar um problema com a Turquia, o Presidente Clinton também torpedeou uma iniciativa.
A invasão do Iraque pelo norte implicaria a reacção americana e poderia desestabilizar a situação de segurança no relativamente pacífico Curdistão.
Erdoğan falou ontem na questão, ao ser confrontado com as possíveis consequências de uma decisão parlamentar de destruir os santuários do PKK no Curdistão iraquiano. "Depois de termos entrado por essa via, o custo já terá sido calculado", disse Erdoğan. O pedido de autorização de invadir o Iraque será apresentado na próxima semana. "Vamos discutir todas as implicações de uma decisão dessas", admitiu Erdoğan.
O governo turco tem estado sob forte pressão dos militares para agir contra o PKK. A Turquia montou junto da fronteira com o Iraque um dispositivo militar de grande aparato, com uma zona tampão que obrigou inclusivamente as forças turcas a ocuparem algumas posições dentro do Iraque. Apesar da insistência, o Governo turco nunca chegou a dar autorização para uma operação em maior escala, temendo os efeitos que isso teria nas relações com a Europa e com os Estados Unidos.
O PKK é considerado uma organização terrorista pela Turquia, mas também pelos EUA e pela UE. Em 1984, lançou uma luta armada, de tipo separatista, contra a Turquia, que é membro da NATO. O Governo de Erdoğan, de ex-islamistas conservadores, melhorou entretanto a sua política em relação à minoria curda do país.
Entretanto, a crise entre a Turquia e os Estados Unidos poderá agravar-se nas próximas semanas por outra razão: o genocídio arménio. Uma comissão do Congresso americano aprovou esta semana um documento de condenação do genocídio arménio, entre 1915 e 1917, provocando forte irritação em Ancara. A iniciativa dos democratas visa embaraçar a administração Bush e será discutida em Novembro. Se for aprovada pelo Congresso, poderá incendiar a relação com a Turquia. A lógica dos democratas é que recusar a categoria de genocídio para os massacres de arménios, entre 1915 e 1917, impedirá acção contra crimes semelhantes na actualidade. As resoluções sobre o genocídio arménio têm sido sistematicamente bloqueadas pelos republicanos. Mas em 2000, temendo criar um problema com a Turquia, o Presidente Clinton também torpedeou uma iniciativa.
Ancara reconhece a existência de massacres efectuados contra arménios pelos otomanos, mas recusa a palavra "genocídio", alegando que os arménios tiveram ajuda russa.
(Fonte: Diário de Notícias)
(Fonte: Diário de Notícias)
Sem comentários:
Enviar um comentário