07 julho 2007

Tribunal Constitucional abre caminho para eleição presidencial por sufrágio universal


O Tribunal Constitucional turco rejeitou hoje um apelo do Chefe de Estado para anular, por alegada inconstitucionalidade, o sufrágio universal nas presidenciais defendido pelo partido no poder, abrindo assim as portas a um referendo.
O apelo de Ahmet Necdet Sezer, secundado pelo Partido Republicano do Povo (CHP), o principal da oposição, foi rejeitado pelos seis juízes do colectivo, anunciou o vice-presidente Hashim Kaliç, segundo o qual "não há nada de inconstitucional" na reforma proposta pelo Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, no poder).
Assim, Sezer tem agora um prazo de 120 dias para apresentar um referendo nacional à eleição do seu sucessor por sufrágio universal, directo e secreto, quando até agora era feita pelo Parlamento.
Esta medida do AKP, visou contrariar a situação criada em Abril no Parlamento que, por duas vezes consecutivas, devido a falta de quórum (dois terços), "chumbou" o candidato presidencial do partido no poder, Abdullah Gül (ministro dos Negócios Estrangeiros).
O pacote das reformas defendidas pelo AKP compreende ainda a substituição de um único mandato presidencial de sete anos por um mandato renovável de cinco anos, e a realização de legislativas cada quatro anos, em vez de cinco.
O presidente do Parlamento turco, Bulent Arınç (AKP), saudou a decisão do Tribunal Constitucional.
Sezer, que terminou o mandato a 16 de Maio, está desde então interinamente no cargo.

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