Antes de voar para a Turquia, Karzai disse ter um “desejo tremendo” de paz. “Eu vou com muita esperança, com um desejo tremendo de paz nesta região.” Acrescentou ainda, “o Afeganistão vai à Turquia com o coração aberto, com um grande desejo. Espero que seja recíproco.”
Recriminações mútuas têm perturbado as relações entre o Afeganistão e o Paquistão, ambos aliados chave dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo.
“Todos estamos a sofrer, não é só o Afeganistão, não é só o Paquistão, é toda a região a sofrer,” disse Karzai. “A luta contra o terrorismo está a tornar-se ainda mais importante, e a cooperação entre todos nós a esse respeito torna-se mais necessária.”
Cabul acusa Islamabad de não fazer o suficiente para impedir os extremistas de entrarem no Afeganistão a partir das zonas tribais paquistanesas situadas ao longo da fronteira para aumentarem as fileiras dos insurrectos talibãs. Islamabad, por seu turno, assegura ter tomado as medidas necessárias e acusa o Afeganistão de atribuir ao Paquistão o seu insucesso na luta contra os talibãs, frente a um tráfico de droga em expansão e à acção dos senhores da guerra afegãos.
Apesar de um ataque suicida que feriu o ministro do Interior do Paquistão no passado sábado, o encontro realizou-se conforme planeado.
Ambos acordaram a criação de uma comissão conjunta sob a égide da Turquia para reforçar a confiança entre os seus países. O acordo integra uma declaração conjunta divulgada no final do encontro trilateral, cujo objectivo era reduzir as tensões entre o Afeganistão e o Paquistão face às acusações mútuas relativas às actividades da rede terrorista Al-Qaida na região.
Os líderes afegão e paquistanês comprometem-se a "tomar uma medida imediata sobre trocas específicas de informações" e a "recusar qualquer possibilidade de abrigo, treino e financiamento a terroristas e elementos implicados em actividades subversivas contra o Estado nos seus dois países", segundo a declaração conjunta. Os dois presidentes acordaram na criação de uma comissão conjunta, e concordaram em ter novas discussões na Turquia até ao final do ano ou início de 2008, declarou à imprensa o chefe de Estado turco, Ahmet Necdet Sezer, que participou na reunião.
Foi a primeira vez desde Setembro que os dirigentes afegão e paquistanês se encontraram.
Segundo Sezer, a "Declaração de Ancara" constitui "um passo importante" para desenvolver uma cooperação concreta entre os três países.
Além de Karzai, Musharraf e Sezer, participou na reunião o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan.
A mediação da Turquia foi acordada durante uma recente visita a Cabul do ministro dos Negócios Estrangeiros turco e actual candidato à presidência, Abdullah Gül.
Os líderes afegão e paquistanês comprometem-se a "tomar uma medida imediata sobre trocas específicas de informações" e a "recusar qualquer possibilidade de abrigo, treino e financiamento a terroristas e elementos implicados em actividades subversivas contra o Estado nos seus dois países", segundo a declaração conjunta. Os dois presidentes acordaram na criação de uma comissão conjunta, e concordaram em ter novas discussões na Turquia até ao final do ano ou início de 2008, declarou à imprensa o chefe de Estado turco, Ahmet Necdet Sezer, que participou na reunião.
Foi a primeira vez desde Setembro que os dirigentes afegão e paquistanês se encontraram.
Segundo Sezer, a "Declaração de Ancara" constitui "um passo importante" para desenvolver uma cooperação concreta entre os três países.
Além de Karzai, Musharraf e Sezer, participou na reunião o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan.
A mediação da Turquia foi acordada durante uma recente visita a Cabul do ministro dos Negócios Estrangeiros turco e actual candidato à presidência, Abdullah Gül.
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