A Turquia está a capitalizar a sua posição geográfica junto da Europa e as dificuldades impostas pelo aumento exponencial dos transportes internacionais, a par de uma forte desvalorização da sua moeda. Até novembro exportações de vestuário registaram um aumento da ordem dos 20% em comparação com o ano anterior.
Entre janeiro e novembro de 2021, as exportações de vestuário (incluindo têxteis e roupa) aumentaram 20,1% relação ao ano anterior, para se fixarem nos 54,5 mil milhões de euros, superando os números anteriores à pandemia, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas da Turquia.
Nos primeiros nove meses do ano, as exportações de produtos têxteis cresceram 24,3%, enquanto as de vestuário aumentaram 16,9%, especifica o instituto. Em todos os sectores da economia como um todo, as exportações da Turquia cresceram 20,5% entre janeiro e novembro, para os quase 180 mil milhões de euros.
No geral, a Alemanha é o principal cliente da Turquia, respondendo por 8,2% das exportações, seguida do Reino Unido e dos Estados Unidos, num contexto em que no último ano a lira turca registou uma queda de quase 45% a face ao dólar e a inflação anual atingiu em dezembro um recorde de 36,08%.
O presidente Recep Erdogan continua a defender os seus resultados económicos, mas, segundo noticiou a AFP, “os atuais números têm sido objeto de batalha política, com a oposição e parte da população a acusar o Gabinete Nacional de Estatísticas (Tüik) de subestimar conscientemente a subida dos preços”, e a apontar para afalta de independência do banco central, do qual o presidente turco já demitiu três governadores desde 2019.
Fonte: (Jornal T)
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