A Turquia reconheceu hoje o Conselho Nacional de Transição (CNT) como o “legítimo representante do povo líbio”, distanciando-se em definitivo do regime de Muammar Khadafi.
A decisão da Turquia — país que há muito defende a partida de Khadafi, mas que criticou o envolvimento da NATO no conflito —foi anunciada pelo chefe da diplomacia, Ahmet Davutoğlu, durante uma visita a Bengasi, a grande cidade do Leste onde a oposição estabeleceu a sua administração paralela.
Falando aos jornalistas, o ministro disse que o seu país pode ainda desempenhar um “papel de relevo” na resolução do conflito e não excluiu mesmo a hipótese de acolher Khadafi no âmbito de um acordo político.
O reconhecimento turco fazia-se anunciar depois de, pela manhã, Ancara ter anunciado que não iria substituir o seu embaixador em Trípoli e poria em prática as sanções económicas aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU em Fevereiro.
A manobra diplomática coincidiu com a chegada a Moscovo do presidente sul-africano, Jacob Zuma, para “discutir a crise líbia”. Não foram divulgados pormenores da visita, que acontece dois dias depois da União Africana ter chegado a um consenso sobre o que poderá fazer para facilitar uma saída negociada para o conflito. A organização decidiu que nada fará para executar o mandado de captura emitido contra Khadafi, mas aceitou o princípio de excluir o líder líbio de futuras negociações — uma proposta já recusada pela oposição.
Contudo, numa entrevista à Reuters, o líder do CNT disse estar disposto a aceitar que Khadafi permaneça na Líbia, na condição de abandonar o poder e ficar “sob supervisão internacional”. Mustafa Abdel Jalil disse que fez a proposta, no mês passado, a um enviado da ONU, mas nunca chegou a receber resposta de Trípoli.
No entanto, nenhuma pressão foi até agora suficiente para forçar Khadafi a um entendimento, tanto mais que a rebelião continua incapaz de fazer progressos significativos. Sexta-feira, os rebeldes foram mesmo forçados a recuar, depois de terem assumido posições a menos de 80 quilómetros a sudoeste de Trípoli. Um porta-voz da oposição garantiu, porém, que “nos próximos dois dias” será lançada uma nova ofensiva nessa frente.
A decisão da Turquia — país que há muito defende a partida de Khadafi, mas que criticou o envolvimento da NATO no conflito —foi anunciada pelo chefe da diplomacia, Ahmet Davutoğlu, durante uma visita a Bengasi, a grande cidade do Leste onde a oposição estabeleceu a sua administração paralela.
Falando aos jornalistas, o ministro disse que o seu país pode ainda desempenhar um “papel de relevo” na resolução do conflito e não excluiu mesmo a hipótese de acolher Khadafi no âmbito de um acordo político.
O reconhecimento turco fazia-se anunciar depois de, pela manhã, Ancara ter anunciado que não iria substituir o seu embaixador em Trípoli e poria em prática as sanções económicas aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU em Fevereiro.
A manobra diplomática coincidiu com a chegada a Moscovo do presidente sul-africano, Jacob Zuma, para “discutir a crise líbia”. Não foram divulgados pormenores da visita, que acontece dois dias depois da União Africana ter chegado a um consenso sobre o que poderá fazer para facilitar uma saída negociada para o conflito. A organização decidiu que nada fará para executar o mandado de captura emitido contra Khadafi, mas aceitou o princípio de excluir o líder líbio de futuras negociações — uma proposta já recusada pela oposição.
Contudo, numa entrevista à Reuters, o líder do CNT disse estar disposto a aceitar que Khadafi permaneça na Líbia, na condição de abandonar o poder e ficar “sob supervisão internacional”. Mustafa Abdel Jalil disse que fez a proposta, no mês passado, a um enviado da ONU, mas nunca chegou a receber resposta de Trípoli.
No entanto, nenhuma pressão foi até agora suficiente para forçar Khadafi a um entendimento, tanto mais que a rebelião continua incapaz de fazer progressos significativos. Sexta-feira, os rebeldes foram mesmo forçados a recuar, depois de terem assumido posições a menos de 80 quilómetros a sudoeste de Trípoli. Um porta-voz da oposição garantiu, porém, que “nos próximos dois dias” será lançada uma nova ofensiva nessa frente.
(Fonte: Público)
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