Milhares de manifestantes protestaram ontem em Ancara contra um projecto de lei que, de acordo com os sindicatos, vai limitar os direitos dos trabalhadores. A polícia travou a marcha dos manifestantes até ao parlamento com canhões de água e gás lacrimógéneo.
A Confederação dos Sindicatos dos Trabalhadores Revolucionários (DİSK), a Confederação dos Sindicatos do Sector Público (KESK), o Sindicato Turco dos Engenheiros e Arquitectos (TMMOB) e o Sindicato dos Médicos (TTB) anunciaram previamente que se iriam juntar em frente ao parlamento em protesto contra uma lei, que dizem ter o objectivo de escravizar os trabalhadores.
O governo civil de Ancara não autorizou o protesto, alegando que todas as formas de protesto perto do parlamento são proibidas por lei, e que um protesto dessa natureza seria ilegal. Os representantes dos sindicatos, por outro lado, mostraram-se determinados em manter o protesto.
Os representantes dos sindicatos deslocaram-se a Ancara vindos de 80 províncias da Turquia. Juntaram-se-lhes alguns deputados, incluindo o vice-presidente do CHP, Umut Oran, e İzzet Çetin, o vice-presidente do grupo parlamentar do CHP Muharrem İnce e os deputados do CHP Mehmet Sevingen, Çetin Soysal, İsa Gök, Oğuz Oyan, assim como Mehmet Bekaroğlu, vice-presidente do Partido Voz do Povo (HAS). A concentração aconteceu na manhã de quinta-feira no Kurtuluş Park, antes de marcharem até ao parlamento. Pretendiam formar um "cordão humano" em frente ao parlamento, mas foram travados violentamente pela polícia, com gás lacrimogéneo e canhões de água. Os manifestantes reagiram atirando pedras.
Os manifestantes carregaram faixas que diziam, “Caminhamos até ao parlamento contra a exploração de crianças e mulheres no local de trabalho, contra o trabalho sem segurança e contra o roubo do subsídio de desemprego.”
Os trabalhadores alegam que se o projecto de lei for aprovado pelo parlamento, muitos direitos dos trabalhadores serão cortados.
Contudo, o ministro do Trabalho e Segurança Social divulgou um comunicado dizendo que o público não entendeu o projecto de lei e que este irá trazer mais direitos para os trabalhadores e novas formas de combate ao desemprego. Acrescentou ainda que o subsídio de desemprego não será usado para outros fins que não aqueles a que se destina. “O projecto de lei vai facilitar as condições de acesso ao subsídio de desemprego, mesmo para trabalhadores em part-time. O subsídio pretende aumentar a qualidade da força de trabalho e o seu planeamento,” dizia o comunicado.
Os manifestantes também reivindicam que o projecto de lei irá aumentar a terceirização de trabalhadores, mas o ministro também desmentiu. “Como em todas as partes do mundo, os desenvolvimentos tecnológicos criaram opções mais flexíveis de trabalho, tais como trabalho a partir de casa e trabalho à distância, que já foram implementadas no nosso país. Contudo, como não existem regulamentações para essas alternativas, aqueles que trabalham nessas circunstâncias fazem-no informalmente, sem a protecção da segurança social,” referia o comunicado.
A Confederação dos Sindicatos dos Trabalhadores Revolucionários (DİSK), a Confederação dos Sindicatos do Sector Público (KESK), o Sindicato Turco dos Engenheiros e Arquitectos (TMMOB) e o Sindicato dos Médicos (TTB) anunciaram previamente que se iriam juntar em frente ao parlamento em protesto contra uma lei, que dizem ter o objectivo de escravizar os trabalhadores.
O governo civil de Ancara não autorizou o protesto, alegando que todas as formas de protesto perto do parlamento são proibidas por lei, e que um protesto dessa natureza seria ilegal. Os representantes dos sindicatos, por outro lado, mostraram-se determinados em manter o protesto.
Os representantes dos sindicatos deslocaram-se a Ancara vindos de 80 províncias da Turquia. Juntaram-se-lhes alguns deputados, incluindo o vice-presidente do CHP, Umut Oran, e İzzet Çetin, o vice-presidente do grupo parlamentar do CHP Muharrem İnce e os deputados do CHP Mehmet Sevingen, Çetin Soysal, İsa Gök, Oğuz Oyan, assim como Mehmet Bekaroğlu, vice-presidente do Partido Voz do Povo (HAS). A concentração aconteceu na manhã de quinta-feira no Kurtuluş Park, antes de marcharem até ao parlamento. Pretendiam formar um "cordão humano" em frente ao parlamento, mas foram travados violentamente pela polícia, com gás lacrimogéneo e canhões de água. Os manifestantes reagiram atirando pedras.
Os manifestantes carregaram faixas que diziam, “Caminhamos até ao parlamento contra a exploração de crianças e mulheres no local de trabalho, contra o trabalho sem segurança e contra o roubo do subsídio de desemprego.”
Os trabalhadores alegam que se o projecto de lei for aprovado pelo parlamento, muitos direitos dos trabalhadores serão cortados.
Contudo, o ministro do Trabalho e Segurança Social divulgou um comunicado dizendo que o público não entendeu o projecto de lei e que este irá trazer mais direitos para os trabalhadores e novas formas de combate ao desemprego. Acrescentou ainda que o subsídio de desemprego não será usado para outros fins que não aqueles a que se destina. “O projecto de lei vai facilitar as condições de acesso ao subsídio de desemprego, mesmo para trabalhadores em part-time. O subsídio pretende aumentar a qualidade da força de trabalho e o seu planeamento,” dizia o comunicado.
Os manifestantes também reivindicam que o projecto de lei irá aumentar a terceirização de trabalhadores, mas o ministro também desmentiu. “Como em todas as partes do mundo, os desenvolvimentos tecnológicos criaram opções mais flexíveis de trabalho, tais como trabalho a partir de casa e trabalho à distância, que já foram implementadas no nosso país. Contudo, como não existem regulamentações para essas alternativas, aqueles que trabalham nessas circunstâncias fazem-no informalmente, sem a protecção da segurança social,” referia o comunicado.
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