02 junho 2010

Israel acelera expulsão de centenas de activistas detidos

As autoridades israelitas continuam hoje a expulsar as centenas de activistas de várias nacionalidades que foram detidos no ataque e captura da frota de embarcações que tentavam chegar com ajuda humanitária a Gaza.
De acordo com a rádio militar israelita, 250 destes activistas estavam a ser deportados, incluindo um grupo de 126 pessoas oriundas na grande maioria de países árabes que teriam chegado esta manhã à Jordânia. Outros 45 tinham já abandonado o país nos últimos dois dias e utros 200 foram transferidos esta manhã de um centro de detenção para o aeroporto perto de Telavive.
Israel reiterou que vai deportar todos os 682 activistas (de 42 nacionalidades) que estavam a bordo das seis embarcações capturadas – os últimos ainda ao longo do dia de hoje – e deixou claro que não permitirá que nenhuns outros barcos se aproximem das suas águas territoriais, mantendo bem cerrado o bloqueio que impõe sobre Gaza desde 2007.
A frota de barcos, turcos e gregos, que tentavam chegar com dez mil toneladas de ajuda à Faixa de Gaza, foi atacada na madrugada de segunda-feira pela marinha israelita, em águas internacionais, incidente que resultou na morte de nove activistas civis a bordo de uma embarcação de bandeira turca.

Perda de amizade
Num tom cada vez mais irado, o primeiro-ministro turco – de cujo país é oriundo o mais numeroso grupo de activistas detidos na frota humanitária – avisou que Israel está em risco de "perder o único amigo que tem na região". Esta chamada de atenção foi feita por Recep Tayyip Erdoğan numa conversa telefónica com o presidnete norte-americano, Barack Obama.
Segundo comunicado emitido por Ancara, os dois líderes conversaram na noite de ontem, ocasião em que Erdoğan sublinhou ainda que o lugar que Israel ocupará no Médio Oriente "vai depender das suas acções futuras".
Já esta manhã, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, qualificou o ataque de israel à frota humanitária como um acto de "terrorismo de Estado", no seu discurso de abertura de uma conferência sobre investimento na Palestina que decorre na Cisjordânia.

(Fonte: Público)

Sem comentários: