O presidente da República, Cavaco Silva, e o seu homólogo turco, Abdullah Gül, convergiram na reacção às mais recentes afirmações proferidas pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo presidente francês, Nicholas Sarkozy, de oposição à entrada da Turquia na União Europeia (UE).
Se o chefe de Estado luso foi mais brando no discurso proferido no final de um encontro bilateral, em Ancara, já o seu congénere não poupou nas palavras. "O processo de adesão já dura há alguns anos. Os países que hoje contestam a nossa entrada estiveram representados no momento em que nos foi reconhecido o estatuto de candidato à adesão", aventou, para rematar. "Os políticos falam, mas os políticos passam. E os políticos, às vezes, dizem coisas diferentes do que defendem por falta de visão".
Recorde-se que, anteontem, Merkel e Sarkozy voltaram a manifestar-se contra a integração plena da Turquia na UE, defendendo um regime intermédio, que passasse pela constituição de uma associação privilegiada. Mas não é isso que a Turquia quer. Abdullah Gül lembrou que aquela nação de maioria muçulmana está sempre dependente de uma decisão jurídica do Conselho Europeu e da Comissão Europeia e garantiu: "Vamos continuar as nossas reformas, vamos continuar o nosso caminho. E até admitimos abrir alguns dossiês". Não disse foi quais.
Para poder juntar-se ao clube dos 27, a Turquia tem de cumprir os chamados critérios de Copenhaga, que prevêm uma série de alterações internas ao nível das reformas legislativas, constitucionais (é necessário alterar a Constituição) e na justiça.
Já Cavaco Silva lembrou que durante os sete anos que Portugal demorou a integrar a União Europeia também houve "algumas desconfianças" por parte de outros Estados e que, por isso, só resta aos Turcos serem persistentes. "Eu não tenho dúvidas de que a Turquia também tem argumentos [para convencer os países opositores]", disse. E lembrou sinais positivos que estão a ser dados: a Suécia, o próximo país a assumir a presidência da UE, já se pôs do mesmo lado dos Turcos e, se tudo correr de feição, a Irlanda aprovará, finalmente, o Tratado de Lisboa no final do ano, o que poderá forçar os 27 a tomar uma posição comum e definitiva. Abdullah Gül assinalou ainda que a data da adesão da Turquia "depende muito da performance" do país, mas sobretudo do "interesse" que os parceiros europeus tenham na sua real entrada para o clube.
Se o chefe de Estado luso foi mais brando no discurso proferido no final de um encontro bilateral, em Ancara, já o seu congénere não poupou nas palavras. "O processo de adesão já dura há alguns anos. Os países que hoje contestam a nossa entrada estiveram representados no momento em que nos foi reconhecido o estatuto de candidato à adesão", aventou, para rematar. "Os políticos falam, mas os políticos passam. E os políticos, às vezes, dizem coisas diferentes do que defendem por falta de visão".
Recorde-se que, anteontem, Merkel e Sarkozy voltaram a manifestar-se contra a integração plena da Turquia na UE, defendendo um regime intermédio, que passasse pela constituição de uma associação privilegiada. Mas não é isso que a Turquia quer. Abdullah Gül lembrou que aquela nação de maioria muçulmana está sempre dependente de uma decisão jurídica do Conselho Europeu e da Comissão Europeia e garantiu: "Vamos continuar as nossas reformas, vamos continuar o nosso caminho. E até admitimos abrir alguns dossiês". Não disse foi quais.
Para poder juntar-se ao clube dos 27, a Turquia tem de cumprir os chamados critérios de Copenhaga, que prevêm uma série de alterações internas ao nível das reformas legislativas, constitucionais (é necessário alterar a Constituição) e na justiça.
Já Cavaco Silva lembrou que durante os sete anos que Portugal demorou a integrar a União Europeia também houve "algumas desconfianças" por parte de outros Estados e que, por isso, só resta aos Turcos serem persistentes. "Eu não tenho dúvidas de que a Turquia também tem argumentos [para convencer os países opositores]", disse. E lembrou sinais positivos que estão a ser dados: a Suécia, o próximo país a assumir a presidência da UE, já se pôs do mesmo lado dos Turcos e, se tudo correr de feição, a Irlanda aprovará, finalmente, o Tratado de Lisboa no final do ano, o que poderá forçar os 27 a tomar uma posição comum e definitiva. Abdullah Gül assinalou ainda que a data da adesão da Turquia "depende muito da performance" do país, mas sobretudo do "interesse" que os parceiros europeus tenham na sua real entrada para o clube.
(Fonte: Jornal de Notícias)
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