A Administração Bush quer evitar a abertura de uma nova frente de violência no Iraque e, por isso, está a preparar uma operação encoberta para ajudar os Turcos a neutralizar os independentistas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
O plano foi ontem especificado no jornal Washington Post, na coluna do jornalista Robert D. Novak, o mesmo que revelou a identidade da agente da CIA Valerie Plame como operacional em armas de destruição maciça. O caso acabou por levar à condenação de Lewis 'Scooter' Libby, assessor do vice-presidente Dick Cheney.
Há meses que o Exército da Turquia anda a ameaçar invadir militarmente o Norte do Iraque para combater os rebeldes do PKK. Estes preparam ataques a alvos turcos com o apoio dos Curdos iraquianos, que por sua vez são aliados dos EUA. O próprio primeiro-ministro turco, o islamita moderado Recep Erdoğan, sugeriu uma eventual incursão contra os Curdos no Iraque antes da sua reeleição nas legislativas do dia 22. "Esperamos não ter de fazê-lo. Esperamos que os nossos aliados comecem a fazer alguma coisa, mas caso não façam não temos escolha. Os nossos aliados devem ajudar-nos com esta ameaça, que é clara e presente", afirmou o conselheiro de Erdoğan para a política externa, Egemen Bağış, citado pelo Sunday Telegraph. Ancara vive alarmada com o exemplo iraquiano, ou seja, o desenvolvimento de uma entidade autónoma curda dentro do Iraque, possível graças ao derrube do regime de Saddam Hussein em 2003. À medida que o poder dos Curdos cresce dentro do Iraque, lembra Novak, a Turquia teme o regresso da antiga ideia de criar um Curdistão. Isto implicaria perder o controlo sobre algumas zonas do seu país, uma vez que os Curdos se encontram espalhados pela Turquia, Iraque, Irão, Síria, Azerbaijão e Arménia.
A Turquia conta com 20 milhões de Curdos em 70 milhões de habitantes. Nas últimas três décadas a guerra com o PKK matou 40 mil Turcos, tendo 76 soldados morrido este ano. A questão curda tem sido um dos argumentos usados pelo Presidente da França, Nicolas Sarkozy, para rejeitar a adesão da Turquia à UE. "Ninguém na Europa quer um problema chamado Curdistão", disse em Maio, num debate televisivo. Neste momento a Turquia tem 250 mil militares bem treinados na fronteira com o Iraque, e o PKK quatro mil rebeldes escondidos nas montanhas do Norte desse país. Qualquer intervenção turca em território iraquiano levaria o Governo regional do Curdistão a alinhar com o PKK , o pior pesadelo dos EUA. É por isso que estão a preparar uma operação enconberta para evitar um confronto de consequências desastrosas entre dois aliados seus. A intervenção, revelada a um grupo restrito de senadores americanos, na semana passada, em Capitol Hill, prevê a captura dos líderes do PKK. O briefing foi feito por um ex-assessor de Cheney, Eric Edelman, actualmente subsecretário para a polícia de defesa americana.
Há meses que o Exército da Turquia anda a ameaçar invadir militarmente o Norte do Iraque para combater os rebeldes do PKK. Estes preparam ataques a alvos turcos com o apoio dos Curdos iraquianos, que por sua vez são aliados dos EUA. O próprio primeiro-ministro turco, o islamita moderado Recep Erdoğan, sugeriu uma eventual incursão contra os Curdos no Iraque antes da sua reeleição nas legislativas do dia 22. "Esperamos não ter de fazê-lo. Esperamos que os nossos aliados comecem a fazer alguma coisa, mas caso não façam não temos escolha. Os nossos aliados devem ajudar-nos com esta ameaça, que é clara e presente", afirmou o conselheiro de Erdoğan para a política externa, Egemen Bağış, citado pelo Sunday Telegraph. Ancara vive alarmada com o exemplo iraquiano, ou seja, o desenvolvimento de uma entidade autónoma curda dentro do Iraque, possível graças ao derrube do regime de Saddam Hussein em 2003. À medida que o poder dos Curdos cresce dentro do Iraque, lembra Novak, a Turquia teme o regresso da antiga ideia de criar um Curdistão. Isto implicaria perder o controlo sobre algumas zonas do seu país, uma vez que os Curdos se encontram espalhados pela Turquia, Iraque, Irão, Síria, Azerbaijão e Arménia.
A Turquia conta com 20 milhões de Curdos em 70 milhões de habitantes. Nas últimas três décadas a guerra com o PKK matou 40 mil Turcos, tendo 76 soldados morrido este ano. A questão curda tem sido um dos argumentos usados pelo Presidente da França, Nicolas Sarkozy, para rejeitar a adesão da Turquia à UE. "Ninguém na Europa quer um problema chamado Curdistão", disse em Maio, num debate televisivo. Neste momento a Turquia tem 250 mil militares bem treinados na fronteira com o Iraque, e o PKK quatro mil rebeldes escondidos nas montanhas do Norte desse país. Qualquer intervenção turca em território iraquiano levaria o Governo regional do Curdistão a alinhar com o PKK , o pior pesadelo dos EUA. É por isso que estão a preparar uma operação enconberta para evitar um confronto de consequências desastrosas entre dois aliados seus. A intervenção, revelada a um grupo restrito de senadores americanos, na semana passada, em Capitol Hill, prevê a captura dos líderes do PKK. O briefing foi feito por um ex-assessor de Cheney, Eric Edelman, actualmente subsecretário para a polícia de defesa americana.
(Fonte: DN)
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