O presidente do Parlamento da Turquia pediu a reconciliação com a minoria curda no dia que marca o 25.º aniversário dos primeiros ataques rebeldes, embora nem o Governo nem os insurgentes tenham apresentado um plano para encerrar o conflito.
"Eu vejo uma grande vantagem em colocar de lado o preconceito", disse o presidente do Parlamento, Mehmet Ali Şahin, na televisão turca. "Eu não concordo com as alegações de que certas medidas culturais para reduzir as tensões vão dividir a Turquia".
Em 15 de Agosto de 1984, rebeldes separatistas atacaram unidades policiais e militares nas cidades de Eruh e Şemdinli, antes de fugirem para o Iraque. Activistas curdos planeavam realizar um festival em Eruh mais tarde neste Sábado (15), e forças de segurança extra foram posicionadas no local. Embora a violência tenha diminuído fortemente desde os anos 1990, a questão sobre como convencer milhares de rebeldes a desistir das armas continua a ser uma profunda disputa. As exigências do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o rebelde PKK, incluem amnistia aos seus principais líderes, mas tal acordo irritaria muitos Turcos.
A Turquia já tomou algumas medidas para assimilar os Curdos, que representam cerca de 20% da população de 75 milhões e dominam o sudeste do país. Em Janeiro, o primeiro canal de televisão 24 horas em língua curda foi lançado e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, proferiu algumas palavras no idioma banido no passado.
Neste Sábado (15), a agência de notícias Doğan relatou que Erdoğan disse que, "no sudeste, os problemas não são apenas psicológicos, sociológicos. Aqui, temos problemas militares, políticos, diplomáticos. Problemas económicos".
(Fonte: Agência Estado)
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