07 novembro 2007

UE critica lentidão de reformas na Turquia e diz que adesão só será possível a médio ou longo prazo


A Comissão Europeia publicou ontem um relatório sobre as negociações de adesão da Turquia à União Europeia (UE), onde menciona a lentidão das reformas, referindo que houve apenas "progressos limitados" em 2007.
No entanto, uma das exigências europeias, o fim do artigo 301º, que restringe a liberdade de expressão, pode ser satisfeita em breve. Em resposta ao relatório, a Turquia prometeu reforçar a "determinação em remediar as deficiências" e aceitou rever a controversa lei.
Depois de elogiar a resolução da crise política turca, o relatório critica a ausência de melhorias na questão da influência dos militares e na corrupção. Segundo explicou o comissário responsável pelo alargamento, Olli Rehn, as instituições democráticas foram "reforçadas", em 2007, e chegou o momento "da Turquia recuperar o impulso do processo de reforma". O comissário Rehn também apelou à UE para que respeite os seus compromissos com a Turquia, pois sem isso Ancara terá escassos incentivos para avançar com as reformas políticas e económicas. "Podemos exigir as reformas, mas será como falar com um muro", explicou o comissário. Por outro lado, Bruxelas recomendou a abertura, nas próximas semanas, de dois dos 35 capítulos das negociações. Refira-se que outros quatro capítulos já estão abertos e oito foram suspensos, como forma de pressão sobre Ancara. Para poder aderir, um país candidato deve encerrar as negociações em todos os 35 capítulos, aceitando adquirir a legislação europeia.
Ancara regista atrasos em temas como justiça, relação entre poder militar e político, direitos das minorias e dos consumidores. Em relação à Turquia e aos países dos Balcãs, a Comissão considera que qualquer perspectiva de adesão só será possível a "médio ou longo prazo".

(Fonte: DN)

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