17 janeiro 2008

Erdoğan afirma que as operações contra o PKK podem demorar mais do que o previsto

O Governo turco poderá pedir uma extensão do mandato parlamentar que autoriza o ataque a posições dos rebeldes curdos do PKK no norte do Iraque, quando a actual permissão expirar, em Outubro, afirmou, na passada segunda-feira, o primeiro-ministro Tayyip Erdoğan.
As forças armadas turcas começaram a bombardear alvos do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no norte do Iraque, depois do Parlamento de Ancara ter aprovado a resolução de 17 de Outubro que deu luz verde às operações durante um período de 12 meses. "Espero que a nossa luta contra o terrorismo acabe depressa, mas não posso dizer quando é que vai acabar", afirmou Erdoğan a diversos homens de negócios, em Madrid, onde participa no Fórum Aliança das Civilizações, que tem como objectivo fortalecer as ligações entre o Ocidente e o Islão. "Se não acabar, pediremos ao Parlamento que nos autorize a continuar", afirmou Erdoğan.
A Turquia advoga o seu direito, ao abrigo da lei internacional, de levar a cabo operações para lá da fronteira, e tem recebido relatórios dos serviços secretos dos EUA, aliado na NATO, que indicam onde estão os alvos do PKK. Os comandos turcos têm, até agora, lançado ataques localizados no interior do território iraquiano e os comandantes descartam a hipótese de um ataque em larga escala, apesar da presença de cerca de 100 000 homens ao longo da fronteira. Ancara acusa o PKK da morte de perto de 40 mil pessoas desde 1984, quando começou a sua luta pela independência no sudeste da Turquia.
Os Estados Unidos e a União Europeia classificam o PKK como uma organização terrorista.
(Fonte: Reuters / Público)

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