30 setembro 2015

Turcos da Yildirim pagam mais de 330 milhões para controlar Tertir

Mota-Engil vendeu a posição por 275 milhões de euros. Novo Banco exerceu ‘tag along’ pelos restantes 36,875%.

Os turcos do grupo Yildirim vão pagar à Mota-Engil e ao Novo Banco mais de 330 milhões de euros para controlar 100% da Tertir, gestora de terminais portuários em Portugal, Espanha e no Peru. Em comunicado ontem distribuído, o grupo construtor revelou que a posição de 63,125% no capital da Tertir foi alienada por 275 milhões de euros. Por seu turno, o banco liderado por Stock da Cunha não especificou o valor da sua transacção, exercendo o direito de ‘tag along', mas o Diário Económico sabe que o encaixe para o Novo Banco foi acima do ‘book value', isto é, acima dos 55 milhões de euros a que a participação está registada nas contas desta instituição bancária. Tudo somado, dá mais de 330 milhões de euros, no mínimo, que os turcos da Yildirim irão pagar pelo controlo da Tertir. 

Além das concessões em quatro terminais de contentores, com capacidade para movimentação anual de 1,650 milhões de TEU (medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento), a Tertir gere ainda dois terminais de carga geral e um terminal de granéis alimentares, num total de quatro quilómetros de cais concessionados em Portugal, nos portos de Lisboa, Leixões, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz. A Mota-Engil aproveitou ainda para vender a Transitex, uma empresa de serviços de suporte de logística.

"A transacção efectuada resultou na sequência de várias demonstrações de interesse que foram surgindo ao longo dos últimos anos por parte de diversos operadores internacionais", sublinha Gonçalo Moura Martins, presidente executivo da Mota-Engil, no referido comunicado. "A aceitação da proposta efectuada pela Yildirim permitiu concretizar este acordo que assegura que o novo accionista dará continuidade ao investimento que vinha sendo realizado no sector portuário para conferir o nível de competitividade que se exige ao sector portuário nacional, sendo para esta entidade uma oportunidade de reforçar a consolidação do sector em linha com o que se verifica a nível mundial", acrescentou o CEO da Mota-Engil.

Robert Yuksel Yildirim, presidente da Yilport, que só irá assumir a gestão dos terminais da Tertir após o parecer favorável da Autoridade da Concorrência, destacou que "como resultado dos investimentos que tem vindo a realizar na Turquia e no estrangeiro durante os últimos anos, a Yilport tornou-se a empresa mais importante no negócio de operações de gestão portuária na Turquia e a única empresa turca a constar da lista dos 20 maiores operadores de terminais de contentores a nível mundial".

Este investimento na aquisição da Tertir foi o maior de sempre de um grupo turco em Portugal, seguindo-se a um outro recente, de uma empresa do mesmo país, também no sector marítimo, a Global Liman Isletmeleri, que liderou o consórcio vencedor para concessão do terminal de cruzeiros do porto de Lisboa. Mas será apenas o início do investimento da Yilport na Tertir e em Portugal, estando previsto o reforço do investimento nos terminais portuários nacionais, "de forma a poder aumentar a sua competitividade, sobretudo através do aumento de movimentação de contentores e do fluxo de negócios nesses terminais. 

"A seguir a esta compra da Tertir, está previsto um investimento massivo do grupo Yildirim no sector portuário em Portugal, com modernização e equipamentos renovados, tornando os portos nacionais dos mais competitivos da Europa e trazendo mais investimento para Portugal", assegurou Gonçalo Vaz Botelho, vice-presidente da comissão executiva do Banco Finantia, em declarações ao Diário Económico. O Finantia foi um dos intermediários desta operação de venda da Tertir. 

(Fonte: Económico)

29 setembro 2015

Mota-Engil vende negócios de portos e logística a grupo turco


A Mota-Engil vai vender ao grupo turco Yildirim as concessões portuárias em Portugal, Espanha e Perú e a empresa logística, num negócio de 275 milhões de euros, segundo a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

Segundo a comunicação, a Mota-Engil chegou a acordo com o grupo Yildirim para alienar as “suas subsidiárias Mota-Engil Logística e Tertir, Terminais de Portugal”, sendo que antes dessa transação se efetivar haverá “algumas operações de reorganização societária”. 

A empresa disse que a parte que lhe corresponde dos ativos a alienar será negociada por 275 milões de euros e que “inclui as concessões portuárias, detidas pelo GRUPO em Portugal, Espanha e Perú, bem como a empresa de serviços de suporte de logística Transitex”. 

Para a alienação se concretizar, é necessária a ‘luz verde’ da Autoridade da Concorrência. 

A empresa liderada por António Mota disse que esta venda acontece “na sequência da decisão estratégica de saída do segmento portuário em sintonia com o reforço recente que o GRUPO fez no segmento de resíduos”. 

Recentemente o grupo ganhou a corrida à privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF). 

“O encaixe financeiro resultante desta transação irá permitir ao GRUPO a otimização e o reforço da sua estrutura de capital, em linha com a estratégia financeira delineada”, diz ainda a Mota-Engil. 
 

Venda é "reconhecimento" da Mota-Engil na gestão portuária


O presidente executivo da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, considerou que a venda ao grupo turco Yildirim das concessões portuárias em Portugal, Espanha e Perú “concretizam o reconhecimento da qualidade da gestão” do grupo no setor. 

“A transação efetuada resultou na sequência de várias demonstrações de interesse que foram surgindo ao longo dos últimos anos por parte de diversos operadores internacionais, que concretizam o reconhecimento da qualidade da gestão promovida ao longo de quase uma década pela Mota-Engil no setor portuário e que permitiu promover a modernização do setor em Portugal e o crescimento nacional e internacional da Tertir, criando valor num ativo estratégico” para o país, afirmou Gonçalo Moura Martins, em comunicado. 

Para o presidente executivo, “a aceitação da proposta efetuada pela Yildirim permitiu concretizar este acordo que assegura que o novo acionista dará continuidade ao investimento que vinha sendo realizado no setor portuário para conferir o nível de competitividade que se exige ao setor [portuário] nacional, sendo para esta entidade uma oportunidade de reforçar a consolidação do setor em linha com o que se verifica a nível mundial.” 
 
Novo Banco vende posição na empresa de portos Tertir



O Novo Banco vai vender a sua parte na empresa de logística e portos Tertir aos turcos do grupo Yildirim, segundo a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas não indica o valor do negócio. 

O Novo Banco herdou essa posição - equivalente a 36,875% do capital social - do BES e a venda agora anunciada acompanha a alienação da Tertir que está a ser feita pelo grupo Mota-Engil, atual acionista maioritário da empresa de terminais portuários. 

Pouco antes deste comunicado do Novo Banco, a Mota-Engil anunciou precisamente a alienação de vários negócios portuários e de logística à empresa turca Yildirim, entre os quais da Tertir, que controla. 

Para o negócio com a Tertir se concretizar é ainda necessária a ‘luz verde’ da Autoridades da Concorrência, com o Novo Banco a dizer que espera que a operação fique fechada “até ao final do ano corrente”. 

O banco liderado por Stock da Cunha sublinhou os benefícios desta venda para o Novo Banco, referindo que terá “um impacto positivo nos resultados líquidos, rácio de solvabilidade e de liquidez”. 

(Fonte: TVI)

Mota-Engil vende Tertir ao grupo turco Yildirim por € 275 milhões


Nunca os turcos gastaram tanto dinheiro em Portugal: Mota-Engil vende Tertir por €275 milhões

O grupo turco Yildirim compra a operação dos terminais portuários da Tertir à construtora Mota-Engil, sendo o maior negócio feito até hoje em Portugal por uma empresa da Turquia


As concessões portuárias da Tertir, detidas pela construtora Mota-Engil em Portugal, Espanha e no Peru, bem como a empresa de logística Transitex, são vendidas por 275 milhõesde euros ao grupo turco Yildirim, informou a construtora num comunicado enviado ao mercado bolsista. Esta é a maior operação realizada em Portugal por um grupo empresarial da Turquia.
No entanto, esta venda encontra-se pendente da decisão de não oposição da Autoridade da Concorrência, esperando-se a sua concretização até ao final de 2015.
O grupo Mota-Engil tomou a decisão de vender a sua participação na Tertir na sequência da decisão estratégica de saída do segmento portuário.
A Mota-Engil reforçou a sua atividade "no segmento de resíduos com o qual, após a integração recente da EGF, pretende basear a expansão internacional da sua atividade de serviços", refere o comunicado.
Segundo o presidente executivo do grupo Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, “a transação efetuada resultou na sequência de várias demonstrações de interesse que foram surgindo ao longo dos últimos anos por parte de diversos operadores internacionais, que concretizam o reconhecimento da qualidade da gestão promovida ao longo de quase uma década pela Mota-Engil no setor portuário e que permitiu promover a modernização do setor em Portugal e o crescimento nacional e internacional da Tertir, criando valor num ativo estratégico para Portugal".
O comunicado refere ainda que "a aceitação da proposta efetuada pela Yildirim permitiu concretizar este acordo que assegura que o novo acionista dará continuidade ao investimento que vinha sendo realizado no setor portuário para conferir o nível de competitividade que se exige ao setor portuário nacional, sendo para esta entidade uma oportunidade de reforçar a consolidação do sector em linha com o que se verifica a nível mundial.”
O presidente da Yilport, Robert Yuksel Yildirim, explicou que “desde a sua entrada no negócio de operações e gestão portuária, em 2005, a Yilport tornou-se um operador portuário global e continua a fazer progressos neste sector, com investimentos na Turquia e no estrangeiro durante".
A Yilport tornou-se a empresa mais importante no negócio de operações e gestão portuária na Turquia e a única empresa turca a constar da lista dos 20 maiores operadores de terminais de contentores a nível mundial. O grupo Yildirim foi assessorado nesta transação pelo VTB Capital e pelo Banco Finantia.

(Expresso)

28 setembro 2015

Vítor Pereira satisfeito com a personalidade da sua equipa

Mesmo tendo perdido na deslocação ao Olímpico de Istambul, Vítor Pereira era um homem satisfeito. Não com o resultado, claro está, mas com a personalidade de uma equipa que demonstra ter grande influência portuguesa. Sua, de Bruno Alves, Raul Meireles e ainda de Nani.

"Estou orgulhoso com a personalidade da minha equipa. Mandámos no jogo do primeiro ao último minuto. Arbitragem? Cabe-vos analisar, mas não vou retirar o foco dos protagonistas, que são os jogadores. Estou muito satisfeito e o resultado é injusto".

Para além da presença lusa, há outro nome a que não podemos fugir. Markovic, ex-Benfica, foi titular no encontro ante as águias negras, foi um dos tais "protagonistas" que mereceram destaque de Pereira, mas a agilidade que imprimiu no jogo valeu uma falta aos 37’ e... saída por lesão.

PORTUGUESES EM JOGO

VÍTOR PEREIRA. O treinador do Fenerbahçe esteve muito ativo ao longo do jogo. Apresentou a equipa que jogou melhor futebol, saindo muito desagradado com o trabalho do árbitro... e com razão.

BRUNO ALVES. Imperial no jogo aéreo, o melhor da defesa e um dos líderes da equipa. Apesar da boa exibição deste português, o Fenerbahçe sofreu 3 golos de cabeça, dentro da área, ainda que não na zona de Bruno Alves.

RAUL MEIRELES. O médio foi o grande estratega do Fenerbahçe. Com muita classe, mas menor rotação, soube manter nível elevado, gerindo equilíbrios nas transições... Muito bem.

NANI. O antigo avançado do Sporting perdeu mais tempo a discutir com os árbitros do que propriamente a jogar. Assinou algumas iniciativas individuais, mas sem impacto no jogo coletivo da sua equipa.

QUARESMA. O extremo que trocou o FC Porto pelo Besiktas não jogou devido a um problema no pé direito. Mas nem por isso deixou de ser o jogador mais acarinhado pelos adeptos, incluindo... os do Fenerbahçe.

(Fonte: Record)

19 setembro 2015

Rui Bragança vence Grande Prémio da Turquia em taekwondo

Rui Bragança venceu este sábado a categoria de -58 kg do Grande Prémio da Turquia de taekwondo, amealhando importantes pontos na corrida ao apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro do próximo ano.

O atleta do Vitória de Guimarães impôs-se na final por 8-4 ao alemão Levent Tuncat, numa reedição do combate decisivo que lhe valeu a medalha de ouro nos I Jogos Europeus, em junho em Baku, Azerbaijão.

Júlio Ferreira (bronze nos Jogos Europeus) e Michel Fernandes foram eliminados na primeira ronda de -80 kg. Mário Silva e Nuno Costa (-68 kg) e Joana Cunha (-57 kg), prata nas Universíadas, competem domingo.

Portugal participa com um recorde de seis atletas numa competição acessível apenas aos 32 melhores do Mundo de cada categoria olímpica.


(Fonte: Mais Futebol)

09 setembro 2015

Sede do partido pró-curdo HDP vandalizada

A sede do Partido Democrático do Povo (HDP), um dos principais partidos da oposição turca que é pró-curdo, foi atacada na noite de terça-feira por nacionalistas turcos em Ancara que deitaram fogo ao edifício.

A agência de notícias turca Anadolu avança que os responsáveis terão sido pelo menos 50 pessoas, que se manifestavam contra os atentados levados a cabo por militares do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Esta é a segunda noite consecutiva em que manifestantes nacionalistas turcos atacam vários edifícios públicos. O HDP acusa o governo do AKP, o partido islamita do presidente Recep Tayyip Erdogan, de orquestrar os ataques alegadamente levados a cabo pela minoria curda, como o que, na terça-feira, vitimou mais de dez agentes da polícia turca.

“Estes ataques são dirigidos por uma só mão, a do Estado”, disse Selahattin Demirtas, vice-presidente do HDP.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, pediu calma e condenou os actos de violência. “É inaceitável danificar edifícios de partidos políticos e propriedade de nossos cidadãos civis”, afirmou no Twitter.

Na noite de terça-feira, cerca de sete mil pessoas saíram às ruas para manifestar o seu descontentamento contra o que classificam de actos terroristas levados a cabo pelo PKK.

A polícia local teve de intervir a fim de evitar maiores confrontos e utilizou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.

Desde o final do mês de Julho que o governo turco ordenou vários bombardeamentos aéreos contra bases dos curdos na região do Curdistão do Iraque, em resposta aos ataques do PKK contra as forças de segurança turcas.

Os ataques acontecem um mês depois de o executivo de Davutoglu ter posto fim ao processo de paz que estava a ser conduzido com os curdos da Turquia - cerca de 18% da população - desde 2012, depois de várias décadas de conflito que causaram mais de 40 mil mortos.

(Fonte: Jornal I)




A situação dos refugiados sírios na Turquia

 A Turquia acolhe mais de dois milhões de refugiados sírios, mas só duzentos mil vivem em campos como o de Nizip, a meia centena de quilómetros da fronteira síria, onde vivem 10.500 pessoas.

“Por enquanto ficamos por aqui à espera que se resolva a crise síria para regressarmos a casa. Aqui estamos em segurança, não há problemas” – explica um jovem.

O campo é gerido pelo governo turco. Os refugiados estão registados e podem sair entre as 3 da manhã e as 7 da tarde para trabalhar no exterior. Também receberam ajuda financeira e um cartão de débito para fazerem compras nos mercados do campo que conta igualmente com duas escolas e um centro de saúde.

Numa altura em que milhares de sírios buscam refúgio na Europa, Taha Mendu reportou o que pensa deste êxodo. Os candidatos têm de pagar entre 2.500 e 4.000 euros para rumar à Europa. Taha veio de Idlib com a mulher, os três filhos e a mãe:

“A emigração faz-se essencialmente por via marítima, com todos os riscos associados, e nós já vimos bastante infelicidade, muita gente a afogar-se. Não chega o facto de estarmos a ser mortos pelos barris de pólvora de Assad, o sangue dos sírios tornou-se o menos valioso do mundo. Uma parte dos meus amigos deixou o campo quando terminou o Ramadão, há dois meses. Há outros jovens que queriam partir mas perceberam que há uma conspiração para esvaziar a Síria da sua população. Em vez de emigrar para Europa, deviamos regressar à Síria para defender a nossa terra e os nossos lugares sagrados.”

Neste campo veem-se hortas e crianças por todo o lado. Algumas já nasceram aqui na Turquia. Sinais de que este campo de refugiados é cada vez menos provisório.

“Nenhum dos meus amigos se foi embora mas perto de 150 pessoas decidiram partir para a Europa apesar de aqui a vida ser confortável. A Turquia ofereceu aos sírios o que nenhum outro país ofereceu, seja ele árabe ou amigo da Síria” – afirma um refugiado.

O número dos que partem destes campos de refugiados rumo à Europa é bastante pequeno. A maioria das necessidades básicas pode ser aqui satisfeita. Mas a verdade é que só 200 mil pessoas vivem em campos com estas condições. A maioria dos refugiados vive fora dos campos.

(Fonte: Euronews)