11 abril 2012

Selecção portuguesa júnior masculina de voleibol foi derrotada pela Letónia na Turquia

A selecção portuguesa de juniores perdeu em quatro sets com a congénere letã, num jogo disputado na Turquia.
A selecção portuguesa júnior masculina de voleibol perdeu hoje com a Letónia, por 3-1, na primeira jornada do Grupo D de qualificação para o Campeonato da Europa de 2012, a decorrer em Ancara, na Turquia.
Nesta segunda ronda de qualificação para o Europeu de 2012, Portugal não foi feliz no jogo de estreia do Grupo D e perdeu frente à congénere letã pelos parciais de 14-25, 25-18, 21-25 e 18-25.
Para além da Letónia, a selecção lusa, orientada por José António Rojas, tem como adversários no Grupo D de qualificação as selecções da Alemanha, Eslováquia, Áustria e Turquia, que actua em casa.
Portugal prossegue a sua participação na fase de qualificação defrontando quinta-feira a Alemanha, ao que se seguem as selecções da Áustria (sexta-feira), Turquia (sábado) e Eslováquia (domingo).

(Fonte: Sapo Desporto)

10 abril 2012

Cavaco Silva entregou credenciais ao novo embaixador de Portugal na Turquia




O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, recebeu em audiência o embaixador Jorge Cabral para entrega de cartas credenciais como representante diplomático de Portugal em Ancara.

(Fonte: Presidência)

Selecção portuguesa júnior masculina de voleibol na Turquia



Depois da selecção feminina, é a vez da selecção masculina partir para a Turquia, onde vai disputar entre os de 11 a 15 deste mês a 2ª fase de qualificação para a fase final do Campeonato da Europa 2012.
Na capital turca, Ancara, realizam-se os jogos do Grupo D, onde a selecção portuguesa treinada por Jose Rojas terá como adversários as selecções da Alemanha, da Turquia, da Eslováquia, da Letónia e da Áustria.
Num grupo em que Portugal tem possibilidades de passar à 3.ª Ronda, tal como aconteceu em 2010, depois do 3.º lugar na 2.ª Ronda, apenas a Alemanha (10.º no Mundial de 2011) e a Turquia (adversário de 2010 e vencedor do Grupo e 6.º lugar no Europeu), estão melhor posicionados no ranking da FIVB, 23.º e 36.º respectivamente, enquanto a Eslováquia, Letónia e Áustria, partilham o 56.º lugar com a selecção lusa.
A selecção nacional vai iniciar a sua participação na quarta-feira, com a hipótese de conquistar a primeira vitória no jogo frente à Letónia, antes do confronto com a favorita Alemanha.
Outra das favoritas e a jogar em casa, a Turquia, é o adversário de Portugal na 4ª jornada, entre os jogos com a Áustria e a Eslováquia, que fecha esta 2.ª ronda.

Os outros grupos:
Grupo A
Bielorússia; Finlândia; Grécia, Itália; Montenegro; Suécia
Grupo B
Bélgica; Croácia; Hungria, Israel; Holanda; Ucrânia
Grupo C
República Checa, Estónia, França; Roménia, Eslovénia, Espanha

(Fonte: Sovolei)

Disparos da Síria constituem "clara violação" da fronteira

Os tiros provenientes da Síria para um campo de refugiados sírios na Turquia constituem uma "clara violação" da fronteira entre os dois países, disse o primeiro-ministro turco.
"Trata-se de uma clara violação da fronteira," afirmou Erdoğan, em declarações aos jornalistas em Pequim, onde se encontra em visita oficial.
"Obviamente vamos tomar as medidas necessárias," disse, citado pela agência noticiosa turca Anatólia.
Na segunda-feira, tiros disparados a partir da Síria feriram dois Sírios e um tradutor turco no primeiro caso de disparos sírios que atingiu pessoas em solo turco.
A Turquia criou campos de refugiados em três províncias fronteiras com a Síria que albergam atualmente 25000 pessoas que fugiram da violência do país.
O antigo secretário-geral da ONU e enviado especial da organização e da Liga Árabe à Síria, Kofi Annan, propôs um plano para o fim da crise síria que Damasco aceitou a 2 de Abril, e que previa a retirada do Exército da Síria até hoje.

(Fonte: TSF)

07 abril 2012

Andebol: Portugal qualificou-se para o Europeu de sub-20 da Turquia

Portugal qualificou-se este sábado para o Campeonato da Europa de andebol de sub-20, ao derrotar a Bulgária, por 30-12, na segunda jornada do Grupo 6 de apuramento, a decorrer na Eslováquia.
Um dia após o triunfo sobre a selecção anfitriã, a equipa comandada por Rolando Freitas confirmou a presença no Europeu da Turquia com um folgado triunfo sobre os Búlgaros, depois de ter chegado ao intervalo com uma vantagem de 11 golos (16-5).
Dois anos após a medalha de prata conquistada no Europeu disputado precisamente na Eslováquia, os juniores A portugueses foram amplamente dominadores no encontro de sábado para colocar a selecção de novo na rota no torneio continental.
"Sabíamos, 'a priori', que seríamos superiores, tanto pelo passado como pelos resultados anteriores. Entrámos confiantes e encarámos com seriedade todos os momentos do jogo. Houve rotação total dos jogadores e trabalhámos alguns aspectos tácticos. Os jogadores estão de parabéns pelo resultado," disse o seleccionador, citado pela Federação Portuguesa de Andebol.
O técnico destacou o facto de esta ser a sexta qualificação consecutiva de Portugal no escalão sub-20/21 e esta geração ser a única com apuramentos em sub-18 e sub-20.
O Grupo 6 fecha no domingo, com o encontro entre Eslováquia e Bulgária, que será apenas para cumprir calendário, uma vez que só o primeiro classificado garantia o apuramento para a fase final, que se disputa de 5 a 15 de Julho de 2012, na Turquia.
Já apuradas estão a Turquia (organizadora), a Croácia (vencedora do Campeonato da Europa Sub-18 de 2010) e Espanha (vice-campeã da Europa de Sub-18). O sorteio dos grupos da fase final está marcado para 13 de Abril.

(Fonte: Record)

06 abril 2012

Portugal quer investimento turco



No último dia da sua visita oficial de três dias à Turquia, O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse que Portugal está pronto para o investimento turco em vastos projectos de privatizações, incluindo aeroportos, na companhia de aviação nacional (TAP) e em companhias de seguros. O ministro turco do Desenvolvimento, Cevdet Yımaz, acrescentou que Portugal oferece muitas possibilidades.
Após ter vendido a EDP (Electricidade de Portugal) aos Chineses, Portugal procura investimentos Turcos nomeadamente na TAP (Transportadora Aérea Portuguesa), aeroportos, correios, cuja privatização faz parte dos planos do Governo.
O ministro turco do Desenvolvimento, Cevdet Yılmaz, no Forum de Comércio e Investimento entre Portugal e Turquia organizado pela TUSKON (Confederação de Empresários e Industriais da Turquia), disse que o comércio entre a Turquia e Portugal registou cerca de um bilião de dólares e que esse montante não é suficiente.
"Só temos 26 empresas portuguesas na Turquia, no sector bancário, cimento e energia, mas há mais potencial na Turquia, pois ambos os países dependem de gás natural e petróleo, o que traduz uma oportunidade de trabalho conjunto,“ disse o ministro turco. Disse ainda que a agenda de privatizações de Portugal oferece muitas possibilidades para os investidores turcos.
O ministro poruguês dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que também falou no mesmo forum, disse que Portugal tem um programa de privatizações para relançar a sua economia em 2013. Disse ainda que Portugal é um país mais seguro em termos de investimento do que outros países europeus. Disse também que Portugal tem um programa de incentivos ao investimento, está a reformar o seu sistema de segurança social, está a tornar as suas leis de emprego mais competitivas, e que todas estas mudanças tornam o país mais atractivo para os investidores.
O vice-presidente da TUSKON, Osman Reis, disse que em 2002 o comércio entre Portugal e a Turquia foi de somente 330 mil dólares, e que esse número disparou para um bilião de dólares em 2010. Referiu também que Portugal tem uma receita de 49 biliões de dólares em exportações e 72 biliões em importações, mas a percentagem da Turquia nessas receitas é somente de um por cento, e que essa percentagem deveria de ser muito mais elevada.
Reis também disse que os jogadores de futebol que jogam num dos principais clubes da Turquia, o Beşiktaş, têm também ajudado nas relações entre os dois países.




(Fonte: Hürriyet)

05 abril 2012

Mãe de 105 anos continua à espera de justiça



Uma mulher de 105 anos esteve ontem no Tribunal de Ancara a pedir justiça para o seu filho que desapareceu na sequência do golpe de Estado de 1980. Os acusados não compareceram ao julgamento, que teve início ontem, alegando motivos de saúde.

O filho de Berfo Kırbayır, Cemil Kırbayır, membro de uma organização ilegal de esquerda, a Juventude Revolucionária ou Dev-Genç, foi alegadamente morto em Kars em 1980. A senhora Berfo foi uma das centenas de pessoas que se juntaram ontem em frente ao Tribunal de Ancara, onde teve início o julgamento histórico de dois dos presumíveis culpados das atrocidades cometidas na sequência do golpe de Estado de 1980: Kenan Evren, presidente da Turquia e líder da junta militar que consagrou o golpe de Estado, e Tahsin Şahinkaya, comandante da Força Aérea na altura.

04 abril 2012

Síria: Portugal e Turquia em sintonia

Paulo Portas sublinhou terça-feira a sintonia entre Portugal e a Turquia quanto à necessidade de se "criar condições para o início de um diálogo" com a Síria para pôr fim à violência "inaceitável" perpetrada pelo regime de Bashar Al-Assad. "No caso da Síria, quer Portugal quer a Turquia têm uma única prioridade: parar a repressão e a violência, permitir condições para a ajuda humanitária e criar condições para o início de um diálogo," referiu hoje o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MENE) português, Paulo Portas.
O MENE português falava à margem de um encontro em Ancara, Turquia, com o ministro turco da para os Assuntos Europeus, Eğemen Bağış, um dos pontos da agenda de hoje da visita oficial de Portas a este país, marcado por uma série de encontros com ministros do Governo do primeiro-ministro Erdoğan, incluindo o seu homólogo, com o presidente Abdullah Gül e o presidente da União das Câmaras Empresariais turca (TOBB).

(Fonte: Diário Digital / Lusa)

Pavimentos de cortiça portugueses em diversos projectos na Turquia


Ant Yapi Antrium em Istambul.


Haagen Dazs Café em Istambul.

A Wicanders é uma empresa portuguesa do Grupo Amorim, líder mundial na produção e distribuição de revestimentos de cortiça e cortiça com madeira. Possui duas unidades industriais no concelho de Santa Maria da Feira. O conforto térmico, acústico e anti-vibração, propriedades de pavimentos de cortiça, em conjunto com a aparência moderna e distinta de madeira, fazem da linha Woodcomfort, da Wicanders, uma das mais procuradas.
Na Turquia, uma série de projectos importantes têm solicitado esta linha de produtos, tanto pelo seu design de ponta e ampla gama de olhares e acabamentos, como pelos seus benefícios ambientais decorrentes da utilização da cortiça.
Em Istambul, maior cidade da Turquia, quatro projectos foram recentemente realizados utilizando Woodcomfort: Titanic Hotel, Pierre Loti Hotel, restaurante Kahvesi e loja de roupa e calçado americana da marca Kenneth Cole, onde foi pavimentada uma área total de 200 m2. Também no Haagen Dazs Café e no complexo Ant Yapi Antrium foram utilizados revestimentos de cortiça Wicanders, mas respectivamente da gama Floating Wicanders e Acousticork.
Em Antalya, o Mob Mobilya Dekorasyon A.Ş, projectou o Sensimar Hotel, onde uma série de produtos Woodcomfort foram instalados, numa área total de 7000m2.

(Fonte: Wicanders)

Beşiktaş: A saída de Carlos Carvalhal


Teoria da conspiração (ou não), a imprensa turca de hoje, em concreto o jornal Hurriyet, dá conta da forte possibilidade de ter havido uma espécie de golpe de Estado no Beşiktaş. Isto para explicar o 'timming' da saída de Carlos Carvalhal. E as razões, algumas obscuras, que terão estado por detrás da decisão da nova direcção em prescindir dos serviços do técnico português.
Como cabeça do polvo surge o nome de Tayfur Havutçu, o substituto de Carvalhal no comando técnico da quipa. Será, no entanto, necessário recuar um pouco, alguns meses, e recordar o que se passou no verão. Detido no início da temporada no âmbito de uma investigação sobre manipulação de resultados na 1.ª Divisão, Tayfur Havutçu seria substituído no comando do clube de Istambul por Carlos Carvalhal, inicialmente contratado para o cargo de director desportivo.
Detido preventivamente desde Julho e posteriormente libertado em Dezembro, Tayfur Havutçu regressaria ao Beşiktaş no final do ano para exercer as funções que Carlos Carvalhal quase não chegou a desempenhar, já se percebeu, as de director desportivo.
E o que o escreve a edição de hoje do Hurriyet é que coincidência, ou talvez não, a verdade é que desde que o treinador turco regressou ao clube, os desempenhos do Beşiktaş caíram a pique, bastando, para tal, olhar para os resultados no campeonato desde Dezembro: 16 jogos, seis vitórias, três empates e sete derrotas – às quais se juntam ainda a eliminação da Taça da Turquia e da Liga Europa.
A publicação deixa ainda no ar a hipótese de Tayfur Havutçu ter minado, pacientemente, o balneário, precipitando, logicamente, a saída de Carlos Carvalhal. Teoria da conspiração?

(Fonte: A Bola)

AICEP promove "ABC Mercado: Turquia"



Em 2011, e pela primeira vez, o volume de negócios entre Portugal e a Turquia ultrapassou os mil milhões de dólares.
Principal elo de ligação entre o Ocidente e o Oriente na Europa, a Turquia tem-se regido em termos de política económica pelo processo de adesão à União Europeia, com as implicações que daí decorrem: uma maior abertura ao exterior, uma mais exigente disciplina fiscal, um aumento das privatizações e uma maior transparência na despesa pública e nas reformas em curso.
Em 2010, a economia turca foi a que mais cresceu a nível europeu (+8,9 por cento do PIB), tendo continuado a registar, em 2011, um forte crescimento económico (7,8 por cento), impulsionado essencialmente pelo aumento da procura interna e do investimento. O peso das importações turcas tem vindo a aumentar em função do desenvolvimento económico do país. Assim, em 2011, as exportações portuguesas para a Turquia registaram um aumento de 20,4 por cento face a 2010, sendo que os sectores do plástico, das máquinas eléctricas, do papel e do equipamento de telecomunicações dominaram as importações turcas provenientes de Portugal.
Da análise e do cruzamento feito entre a procura turca e a oferta portuguesa, identificam-se como boas oportunidades de negócio na Turquia para as empresas portuguesas os sectores da construção, da energia, do turismo, o têxtil, automóvel, das tecnologias de informação, os bens de luxo, entre outros.
Com o objectivo de fornecer mais informação acerca das oportunidades de negócio neste mercado, a AICEP ( Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) promove o "ABC Mercado Turquia – Oportunidades de Negócio em Dois Continentes", a realizar nos dias 11 e 12 de Abril de 2012, respectivamente no auditório da DRE-Norte, no Porto e no auditório da AICEP, em Lisboa.
Esta acção contará com a participação, do Responsável pelo Centro de Negócios em Istambul, Dr. João Mota Pinto, especialista deste mercado, que dará a conhecer um atractivo conjunto de oportunidades que as empresas portuguesas podem encontrar naquele importante país europeu.
As empresas interessadas podem inscrever-se até às 18H00, do próximo dia 9 de Abril.

(Fonte: Portugal Global)

Razões para um julgamento histórico


No dia 12 de Setembro de 1980, o general Kenan Evren anunciou que o Exército turco tomou o poder de madrugada para preservar a integridade territorial e a unidade nacional, afastar a ameaça de uma guerra civil fratricida e restaurar a autoridade do Estado.
O golpe de Estado deu-se num contexto económico, social e político muito negativo. O desemprego e a inflação dispararam. Entre 1970 e 1980, a Turquia teve 11 governos diferentes. A nível social, as greves multiplicavam-se, assim como os confrontos violentos entre os grupos de extrema direita e extrema esquerda.
O golpe de Estado foi planificado com muita antecedência: já em Janeiro de 1980, os militares preveniram o Governo que não hesitariam intervir se as coisas não mudassem.
Tal como sucedeu em 1960 e em 1971, o Exército tomou as rédeas do poder, dissolveu a Assembleia Nacional e proibiu todos os partidos políticos.
O general Evren assumiu a presidência da República em 82, e devolveu o poder a um Governo civil sob tutela militar no ano seguinte, mantendo-se como chefe do Estado até 1989.
Depois de 1990, o Exército apresentou-se como uma protecção contra o islamismo: em Fevereiro de 1997, provocou de novo a queda do governo islamita de Necmettin Erbakan. Mas a influência diminuiu consideravelmente desde a chegada ao poder do AKP, em 2002.
Durante mais de 30 anos, o general Evren estava protegido pela imunidade, mas em 2010, o Governo turco mudou a Constituição abrindo a via para este processo, inimaginável há poucos anos.
Desde 2008, multiplicam-se os processos contra civis e militares acusados de pertencer à organização ultranacionalista Ergenekon, suspeita de conspiração contra o AKP.
Na semana passada, o antigo chefe das Forças Armadas, Ilker Başbuğ foi acusado de conspiração e de terrorismo por um tribunal de Istambul.
Para muitos, na Turquia, a investigação das alegadas conspirações não passa de uma caça às bruxas, mas o importante apoio popular ao Governo dá força ao chefe do executivo, Recep Tayyip Erdoğan, contra a instituição militar.
A diminuição do peso do Exército na vida política turca é uma das condições da União Europeia para a adesão.

(Fonte: Euronews)

Começou hoje o julgamento dos líderes do golpe militar de 1980


Começou hoje em Ancara o julgamento histórico dos generais que conduziram o golpe militar de 1980 na Turquia.
Kenan Evren, actualmente com 94 anos, é acusado de “crimes contra o Estado”. O ex-general, que foi presidente da Turquia nos anos 80, é julgado juntamente com outro membro da antiga junta militar, o ex-comandante da força aérea Tahsin Şahinkaya, hoje com 87 anos. A idade avançada e o estado de saúde dos dois homens faz com que não assistam ao início de um processo.
Afirmando defender os princípios do Estado laico instaurado por Atatürk, o Exército tomou o poder por três vezes, em 1960, 1971 e 1980, derrubando ainda o primeiro Governo islamita, em 1997.
O golpe de 12 de Setembro de 1980 foi o mais sangrento, com centenas de milhar de detenções, cinquenta execuções e dezenas de mortos nas prisões, vítimas de tortura.
No exterior do tribunal de Ancara, centenas de manifestantes reclamavam justiça para as vítimas do golpe militar.
Uma mulher explica que o pai e o marido “foram detidos e torturados” e acrescenta que a família “sofreu a tragédia, juntamente com eles, e é por isso que hoje se apresenta como parte lesada [no processo] e pede que sejam responsabilizados”.
O processo foi tornado possível depois do referendo de 2010, que levantou a imunidade que protegia os militares golpistas.

(Fonte: Euronews)

Paulo Portas garantiu receber os empresários e investimentos turcos de "braços abertos"


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, garantiu hoje que vai receber "de braços abertos" os empresários e os investimentos turcos, convidando-os a visitar o país.
"Convidamo-vos a ir a Portugal. Vamos receber-vos de braços abertos. Nós vamos recuperar [economicamente]. Vamos fazer mais economia juntos," instou Paulo Portas perante um auditório composto maioritariamente por empresários dos dois países. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros passou em revista o perfil de Portugal, sobretudo a nível económico, durante a intervenção que proferiu num seminário económico organizado pela TUKSON, a Confederação de Empresários e Industriais da Turquia, e durante a qual teve ao seu lado o ministro do Desenvolvimento turco, Cevdet Yılmaz.
Tendo começado por referir o exemplo da Turquia, que há dez anos precisou de empréstimos do FMI para recuperar a sua economia e cresceu nos últimos dois anos cerca de nove por cento ao ano, Paulo Portas falou depois do caso português para sublinhar que no país existem condições de estabilidade política e consensos sociais que permitem perspectivar uma inversão da actual situação de crise.

(Fonte: Lusa/Visão)

Balança comercial entre Portugal e Turquia inverte tendência de anos com saldo positivo em 2011

Portugal inverteu em 2011 a tendência dos anos anteriores e conseguiu um saldo positivo na balança comercial com a Turquia, de cerca de 180 milhões de euros, assente, sobretudo, na quebra de quase 68 por cento nas importações.
De acordo com dados da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio de Portugal), que constam da publicação "Relações Económicas Portugal-Turquia", divulgada em Janeiro deste ano, as exportações para a Turquia cresceram 14 por cento em 2011, comparando o período entre Janeiro e Novembro com o período homólogo de 2010.
Nesse período de 2011 as exportações portuguesas representaram um mercado de 276 milhões de euros, acima dos 242 milhões registados no mesmo período em 2010.
Já as importações decresceram quase 68 por cento entre Janeiro e Novembro de 2011 quando comparadas com o mesmo período no ano anterior. No ano passado as importações totalizaram, nesse período, um valor ligeiramente superior a 95 milhões de euros, quando em 2010 o registo tinha ficado bastante próximo dos 300 milhões de euros.
De acordo com a AICEP, estes números fazem da Turquia o 18.º cliente das importações portuguesas - com 0,71 por cento do total exportado por Portugal - e o 42.º fornecedor - com 0,18 por cento das importações. Em 2010 a Turquia tinha ficado em 16.º lugar na lista dos principais importadores de produtos portugueses e em 25.º na lista dos fornecedores.
Já Portugal ocupou em 2011 na lista dos melhores clientes turcos a 48.ª posição, com uma quota de mercado de 0,33 por cento, quando em 2010 tinha ocupado a 44.ª posição, com uma quota de mercado de 0,41 por cento. Quanto à lista de melhores fornecedores à Turquia, Portugal foi em 2011 o 50.º, com uma quota de mercado de 0,25 por cento, melhorando em relação a 2010, quando ocupou o 52.º posto, apesar de a quota de mercado de 0,27 por cento, ligeiramente superior à do ano seguinte.
Citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o AICEP acrescenta que em 2010 o número de empresas portuguesas exportadoras a operar na Turquia era de 542, menos sete por cento que em 2008.
Por outro lado, o número de empresas importadoras portuguesas a operar com o mercado turco em 2010 foi de 1466, igualmente menos sete por cento que em 2008.
Quanto ao investimento externo, no período entre Janeiro e Outubro de 2011, Portugal ocupou o 36.º posto na lista dos principais receptores de investimento turco, enquanto era o 22.º mais importante investidor estrangeiro na Turquia.
Em termos de valores, a Turquia investiu em Portugal nesse período de 2011 626 milhões de euros, uma verba bastante superior aos 134 milhões com que os Turcos fecharam o ano de 2010 no que diz respeito ao investimento em Portugal.
Em sentido inverso, e num contexto de crise económica e programa de ajuda financeira, Portugal na Turquia entre Janeiro e Outubro de 2011 mais de 7,6 milhões de euros, bastante abaixo dos quase 71 mil milhões que Portugal investiu em todo o ano de 2010.
O turismo, um dos sectores que a AICEP apresenta como sendo de elevado potencial para as empresas portuguesas que procurem oportunidades de investimento no mercado, ao lado da energia, do meio ambiente e automóvel, representou para os cofres nacionais um encaixe de cerca de 4,5 milhões de euros no período entre Janeiro e Outubro de 2011, abaixo dos 5,1 milhões de euros com que Portugal fechou o balanço de 2010.

(Fonte: Lusa/RTP)

Portugal e Turquia de acordo sobre necessidade de diálogo com a Síria



Paulo Portas sublinhou terça-feira a sintonia entre Portugal e a Turquia quanto à necessidade de se "criar condições para o início de um diálogo" com a Síria para pôr fim à violência "inaceitável" perpetrada pelo regime de Bashar Al-Assad.
"No caso da Síria, quer Portugal quer a Turquia têm uma única prioridade: parar a repressão e a violência, permitir condições para a ajuda humanitária e criar condições para o início de um diálogo", referiu ontem o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.
Paulo Portas falava à margem de um encontro em Ancara com o ministro turco da União Europeia, Egemen Bağış, um dos pontos da agenda de ontem da visita oficial de Portas a este país, marcado por encontros com o seu homólogo, com o presidente Abdullah Gül e com o presidente da União das Câmaras Empresariais turca (TOBB).
Paulo Portas frisou que cada "minuto, hora ou dia que passa sem um acordo internacional [para a Síria] há mais gente que morre, refugiada, ferida".
"Isso é absolutamente inaceitável, é preciso passar das palavras aos actos. Portugal confia no plano Koffi Anan, a Síria disse que o aceitava, mostrem-nos que é verdade," exigiu Portas.
Já no passado domingo, quando Paulo Portas participou na conferência "Amigos da Síria", que decorreu em Istambul e reuniu representantes de mais de 70 países, Paulo Portas tinha instado o regime sírio a "aplicar imediatamente" o plano de saída para a crise apresentado pelo mediador internacional para o conflito, Koffi Anan, e a acabar com a violência contra o seu próprio povo.
O plano do enviado especial da ONU e da Liga Árabe preconiza o fim da violência, a entrega de ajuda humanitária às zonas atingidas pelos combates e a libertação de pessoas detidas arbitrariamente. Damasco disse aceitar a iniciativa, mas nada fez para lhe dar seguimento.
Mais de nove mil pessoas foram mortas na Síria desde o início do levantamento contra o regime do presidente Bashar Al-Assad, a 15 de Março de 2011, de acordo com dados da ONU.
Paulo Portas falou ainda do Irão, outro interesse comum na cena internacional para Portugal e Turquia, para dizer que "há perspectivas de um regresso às negociações" e que a União Europeia terá nesse processo "um papel importante".
"Se for possível, como é desejável, obter nessas negociações uma clarificação sobre o programa nuclear do Irão, isso beneficiará a estabilidade de toda a região e também beneficiará a confiança do ponto de vista económico", reiterou o chefe da diplomacia portuguesa.

(Fonte: Lusa/Sol)

Empresários apresentam na Turquia um Portugal em busca de investimento

Empresários portugueses e turcos encontram-se hoje em Istambul numa iniciativa para estimular as trocas comerciais bilaterais, na qual Portugal vai ter de lutar contra o desconhecimento turco da economia lusa para tentar captar investimento externo para exportações e privatizações.
As reuniões decorrem no âmbito de um seminário empresarial organizado pela TUSKON (Câmara de Comércio e Indústria da Turquia), o primeiro ponto na agenda do último dia da viagem oficial do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que terá uma vertente vincadamente económica.
Os cerca de 20 empresários portugueses que integram a comitiva liderada por Portas tentam uma “operação de charme” junto dos empresários turcos, com o aumento das exportações e o programa de privatizações na agenda.
Portas disse na terça-feira à agência Lusa que “toda a máquina diplomática foi posta ao serviço destas empresas nesta viagem”, que representa uma oportunidade para, num contexto de crise económica e financeira generalizada na Europa, atrair investimento daquela que em 2010 era já a 17.ª maior economia mundial, segundo dados da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio de Portugal).
“Esta viagem permitiu-nos aumentar a visibilidade da economia portuguesa, inclusivamente do tema das exportações, mas também o investimento turco em Portugal e apresentar o programa de privatizações português aos investidores turcos. Acredito que, com tempo, irão sair negócios concretos e operações novas,” disse à Lusa o presidente da AICEP, Pedro Reis, que acompanha a delegação de empresários portugueses na deslocação à Turquia.

Interesse em mercados mais vastos

A aproximação entre os dois países que se tenta em Istambul poderá servir não só para estabelecer uma “ponte” entre Portugal e a Turquia, mas também “estendê-la” a outros mercados que estes países conhecem bem.
No caso turco, referiu Pedro Reis, o interesse é não só pelo mercado nacional, mas também pelo acesso aos mercados da América Latina e de África, com os quais Portugal tem relações privilegiadas.
Já no caso português, os empresários procuram expandir-se para os mercados do Turquemenistão, Azerbaijão e Cazaquistão, vizinhos da Turquia. Chegar até lá, passa, sobretudo, por saber “vender” Portugal.
Para Pedro Reis, o “momento muito importante de crescimento económico da Turquia, com uma economia privada muito robusta”, explica que na comitiva de empresários portugueses haja empresas com áreas de actuação tão diversas como a construção, as tecnologias de informação, ou o turismo, “algumas delas já a actuar no mercado turco, outras à procura de parceiros”.
As exportações turcas para Portugal andaram na ordem dos 100 milhões de euros no ano transacto. Já as exportações em sentido inverso - de Portugal para a Turquia - “andaram na ordem dos 300 milhões de euros”, o que, do ponto de vista do presidente da AICEP, dá margem de progressão aos empresários lusos.
Depois do seminário da TUSKON, no qual Paulo Portas fará uma intervenção, o chefe da diplomacia portuguesa segue para um encontro com o presidente do DEIK (Conselho para as Relações Económicas Externas), o qual depois convida toda a comitiva para um almoço.
O programa da visita oficial de Paulo Portas à Turquia termina com uma intervenção num encontro da TUSIAD (Associação das Empresas Turcas), na qual se espera que aborde a economia portuguesa e o programa de privatizações.

(Fonte: Lusa/Público)

03 abril 2012

Paulo Portas tenta abrir "janela de oportunidade" na Turquia





O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, deixou hoje clara a abertura de Portugal ao investimento turco, "também nas privatizações", no decorrer de uma visita oficial à Turquia, mas sem concretizar se existe um sector preferencial para esse investimento.
"Portugal tem de ser completamente transparente nessas matérias, e, como se verificou nas privatizações já feitas, o que conta são as propostas, e que ganhe a melhor," disse o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, a propósito da visita oficial à Turquia, que decorre desde segunda-feira e termina na quarta-feira.
Paulo Portas salientou o crescimento económico de 8,5 por cento da Turquia em 2011 para justificar o interesse de Portugal no investimento externo deste país: "Estando a Turquia num período economicamente muito bom, e sendo um mercado tão forte, também deixámos claro que estávamos abertos à participação de capital turco na nossa economia e nas nossas privatizações," declarou o chefe da diplomacia portuguesa.
O bom momento que a economia turca atravessa leva Paulo Portas e a comitiva de cerca de 20 empresas portuguesas, assim como o presidente e outros representantes da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio de Portugal), a acreditar que as exportações portuguesas para a Turquia têm uma grande margem de progressão.
Portas afirmou que, por isto mesmo, é "seu dever" ajudar as empresas portuguesas em "tudo o que puder", tendo por isso colocado "toda a máquina diplomática ao serviço dessas empresas para poderem aumentar exportações e ganhar mercado".
"Só acredito em relações económicas em que os dois lados ganham e [neste caso] Portugal ganha e a Turquia ganha. Nós temos de aumentar as exportações. Já exportámos bastante o ano passado e podemos crescer ainda em novos sectores. Os Turcos têm interesse por exemplo nas energias renováveis, nas tecnologias de informação, nos produtos farmacêuticos, no sector turístico, mesmo no setor agro-alimentar há uma série de áreas onde Portugal pode aumentar exportações," referiu.
De acordo com dados da AICEP, Portugal registou entre Janeiro e Novembro de 2011 um aumento das exportações para a Turquia de 14 por cento relativamente ao período homólogo do ano passado. Em 2010 as exportações portuguesas para a Turquia representaram um mercado de 267,1 milhões de euros.
Ainda de acordo com a AICEP, a Turquia foi em 2011, no período de Janeiro a Novembro, o 18.º mercado cliente de Portugal e o 42.º fornecedor.
"É um mercado de 74 milhões de consumidores, tem uma enorme influência quer na região euro-asiática, quer nos países islâmicos. Portanto, uma boa coordenação, um bom entendimento económico entre Portugal e a Turquia é essencial para exportarmos mais e captarmos mais investimento," declarou Portas.
Foi a pensar num maior entendimento e cooperação que a AICEP assinou esta tarde um protocolo com a sua congénere turca, na sede da União das Câmaras Empresariais turca (TOBB).
De acordo com Pedro Reis, presidente da AICEP, este protocolo visa sobretudo uma colaboração entre as duas entidades que permite, numa perspetiva bilateral, uma maior visibilidade dos dois países, um maior conhecimento do seu ambiente de negócios e das oportunidades para os empresários, pretendo ainda facilitar a entrada das empresas nos dois países.
Paulo Portas começou o dia com uma visita ao Mausoléu do fundador da República turca, Mustafa Kemal Atatürk, onde prestou homenagem, seguindo depois para uma reunião com o homólogo turco, Ahmet Davutoğlu, com quem esteve reunido durante cerca de hora e meia.
Síria, primavera árabe e crise europeia foram os temas dominantes do encontro, ao qual se seguiu um almoço no qual também estiveram presentes o embaixador português na Turquia, Jorge Cabral, e o presidente da AICEP.
A tarde ficou marcada por uma maratona de audiências, primeiro no palácio presidencial, onde Paulo Portas foi recebido pelo chefe de Estado turco, Abdullah Gül, a que se seguiram o ministro para os Assuntos Europeus, Egemen Bağış, o presidente da TOBB, Rifat Hisarcıklıoğlu, e o ministro da Economia, Mehmet Zafer Çağlayan.






(Fonte: RTP/TOBB/TRT/TCCB/Akşam/AKP)

União Europeia: Paulo Portas diz que é conveniente pôr fim ao "impasse" nas negociações para a adesão turca

O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse hoje, na Turquia, que "é de toda a conveniência" para a União Europeia ter "uma atitude aberta nas negociações, em vez de continuar neste impasse" no que se refere à adesão turca.
Depois de um encontro hoje à tarde com o ministro turco para os Assuntos Europeus, Egemen Bağış, no ministério em Ancara, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, sublinhou o muito tempo de arrastamento no processo de negociações para a adesão turca e, sobretudo, a influência que a Turquia tem nos países islâmicos, designadamente naqueles que demonstram com os seus processos revolucionários ou de transição democrática "que o Mundo está a mudar à nossa volta".
"É de toda a conveniência para a União Europeia ter uma atitude aberta nas negociações, em vez de continuar neste impasse. Se a Europa quiser ser um actor internacional de primeiro plano vai precisar certamente de uma boa relação com o país islâmico que é a Turquia, um país islâmico moderado, mas que é capaz de influenciar o resto das sociedades islâmicas," defendeu Paulo Portas.

(Fonte: Lusa)

02 abril 2012

Economia turca cresceu 8,5 por cento em 2011

A economia da Turquia cresceu 8,5 por cento no ano passado, informou esta segunda-feira o Instituto Turco de Estatística (Turkstat).
Desta forma, a Turquia apenas foi suplantada pela China, a economia que mais cresceu em 2011.
No último trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) turco cresceu 5,2 por cento. O PIB per capita cifrou-se em 10 444 dólares.

(Fonte: Sapo)

Davutoğlu: "Existe uma necessidade de liderança visionária na UE"

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ahmet DavutoĞlu, é tido como o arquitecto da política externa da Turquia, da última década. Politólogo e historiador, Davutoğlu é conhecido pela “política de zero problemas” com os vizinhos. Tornou-se num actor importante na política regional, numa altura decisiva para o Médio Oriente. Em entrevista, Ahmet Davutoğlu fala da crise na Síria e sobre o impasse nas negociações entre a Turquia e a União Europeia.

Euronews: A Síria mantém-se um tema quente e a crise, no país, prolonga-se. O plano de Kofi Annan concedeu mais tempo ao regime de Bashar Al-Assad. Por outro lado, existem planos para unirem a oposição síria. Todas estas medidas exigem mais tempo. Caso esta crise se prolongue, a Turquia pode ver-se em apuros? A criação de uma zona de contenção está, também, em cima da mesa…

Ahmet Davutoğlu: “Claro que, se a crise continuar, não é só a Turquia que fica em apuros, mas toda a região, pois a localização geopolítica da Síria é crítica. O país tem uma interactividade muito estreita com os países vizinhos. É um vizinho muito importante da Turquia. Qualquer tensão proveniente da Síria, pode afetar todos os países circundantes. Por isso, esperar e deixar que o assunto se resolva com o tempo não é a opção certa. A comunidade internacional deve intervir de modo a evitar que isto se transforme numa grande fonte de instabilidade.”

E: Considera que existe o perigo de um conflito armado?

AD: “Neste momento existem já grandes confrontos na Síria.”

E: Quero dizer, podem espalhar-se para fora das fronteiras da Síria?

AD: “Isso depende do curso dos desenvolvimentos no país, mas existe, sempre, esse tipo de risco. No final, todos os conflitos internos afectam os países vizinhos e as outras nações da região. Isso é óbvio! Por isso, temos uma responsabilidade histórica e humanitária para com o povo sírio e estamos determinados a assumir essa responsabilidade. Estamos, também, determinados a realizar isso com a comunidade internacional. Se esse conflito ameaçar os interesses e a segurança nacional da Turquia então, temos o direito de tomar todas as precauções necessárias para precaver a nossa segurança nacional.”

E: Regressou agora do Irão. A Síria é um assunto importante entre os dois países, que se encontram divididos em relação à Síria. Podemos dizer que têm abordagens opostas sobre o destino do líder sírio. A questão vai colocar sob tensão as relações entre a Turquia e o Irão? Que impacto terá?

AD: “Não. As relações entre a Turquia e o Irão estão muito enraizadas. É uma relação de vizinhança. Quando divergimos sobre certas questões, dizemos-lhes, como sempre fizemos. O nosso primeiro-ministro explicou muito bem as nossas preocupações ao homólogo iraniano, aquando da visita. Claro que temos algumas divergências sobre a postura do Governo sírio e do seu futuro. Estamos em contacto permanente com o Irão de modo a superarmos esses
problemas. A Síria é um país contíguo à Turquia e a Turquia está, em primeiro lugar, preocupada com os desenvolvimentos na Síria. É importante que a comunidade internacional perceba a nossa posição.”

E: E a questão da União Europeia? Parece ter saído da agenda turca… Claro que isso se deve, também, a factores externos. Parece que as relações entre a UE e a Turquia irão ficar congeladas, quando o Chipre presidir à União. Qual é a sua previsão sobre as relações entre a União Europeia e a Turquia?

AD: “Não é correcto dizer que as nossas relações com a União Europeia tenham ficado para trás pois, há duas semanas, fui convidado, pela primeira vez na história da Turquia e da UE, para a reunião do Conselho das Relações Externas em Bruxelas. Discursei lá. As relações estão em andamento mas temos problemas em relação às negociações para a adesão. Com a integração do Chipre do Sul na União, surgiu uma anomalia. Agora, esta irregularidade atinge uma segunda fase. Na verdade, de acordo com o acervo da União Europeia, toda a ilha se tornou membro da UE. Agora, a parte Cipriota grega, que não representa todo o Chipre, assume a presidência da União Europeia. Assim, a irregularidade persiste. Esta é a fraqueza da UE. Se Bruxelas não mostrar capacidade para superar este problema, as negociações não progredirão facilmente, independentemente da Turquia ter feito bem o trabalho de casa. Em primeiro lugar, a União Europeia tem de se questionar e de tomar uma decisão. Tem de mostrar que quer remover todos os obstáculos que bloqueiam a adesão plena da Turquia. Se a UE quer transformar-se numa potência global, em termos geográficos e culturais, tendo uma base geopolítica e económica dinâmica e culturalmente inclusiva, então, a adesão da Turquia é obrigatória.
A economia turca tornou-se muito forte e dinâmica. Isso mostra que a Turquia é um activo estratégico para a União Europeia, mas precisamos de líderes europeus que entendam isso. Existe uma necessidade de liderança visionária no clube. Infelizmente, sem tal visionarismo, é difícil que a Turquia e a UE consigam atingir uma nova dimensão nas suas relações.”

E: Sobre a questão dos vistos entre a Turquia e a União Europeia. O país pediu que houvesse liberdade de movimentos dentro da UE, mas, por alguma razão, essas exigências não foram atendidas. Na sua opinião, o que está a impedir a livre circulação dos Turcos na União Europeia?

AD: “Essa é uma questão vital para nós. É um assunto importante e não deve ser visto como um favor. Que fique claro: é um direito para os cidadãos turcos. Era imperativo ter a liberalização dos vistos, ao longo do tempo, a partir de 1996, depois do Acordo que instituiu a União Aduaneira. Há várias decisões, tomadas por tribunais europeus, que referem que a
implementação do visto é contrária às leis europeias.
A lógica do Acordo que instituiu a União Aduaneira e as decisões dos tribunais europeus demonstram que a implementação do visto é ilegal. Além disso, politicamente é difícil entender o porquê de estarmos sujeitos a restrições de vistos, enquanto alguns países da América Latina, que nem são candidatos, estão isentos de visto. Não é uma atitude legítima. Apesar das promessas para suavizar os regulamentos, alguns países europeus dizem que se opuseram. Mas quando temos conversações bilaterais com esses países, que se opuseram ao levantamento dos vistos, eles desmentem estar contra a livre circulação dos Turcos na União Europeia.
A Comissão dos Assuntos Internos da UE vai reunir-se a 26 de Abril. Esperamos aí fazer progressos em relação a essa questão. Em conclusão, os membros da União Europeia devem entender que a livre circulação é um direito dos cidadãos turcos e faremos tudo o que pudermos para que esse direito seja reconhecido.”

(Fonte: Euronews)

Carlos Carvalhal vai abandonar o comando técnico do Beşiktaş

O Português Carlos Carvalhal foi afastado do comando técnico da equipa de futebol do Beşiktaş e já chegou a acordo para a rescisão de contrato com a nova direção do clube, anunciou hoje o emblema turco.
Numa pequena nota publicada no seu sítio oficial na internet, o Beşiktaş revelou a saída de Carvalhal e agradeceu o "bom trabalho" que o treinador luso realizou no clube, desde a sua chegada em Agosto do ano passado.
Nessa altura, Carvalhal foi contratado para substituir interinamente o treinador Tayfur Havutçu, que estava preso preventivamente por alegado envolvimento num escândalo de corrupção, acabando mais tarde por ser confirmando como técnico dos turcos até final da temporada.

(Fonte: Visão)

Paulo Portas em visita à Turquia

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, viaja hoje para Ancara, onde irá jantar com empresários portugueses e com a comunidade portuguesa residente na capital turca.
O jantar contará com a presença do ministro da Economia turco, Mehmet Zafer Çaglayan, referiu uma nota informativa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
No dia seguinte, o chefe da diplomacia portuguesa realiza uma visita a Anıtkabir, o Mausoléu de Atatürk, pai da Turquia Moderna.
Paulo Portas encontra-se depois com o homólogo turco, encontro que será seguido de uma reunião entre delegações, onde vão participar o embaixador português em Ancara, Jorge Cabral, e o presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio de Portugal), Pedro Reis.
O programa de terça-feira inclui ainda um encontro com o ministro de Estado e dos Assuntos Europeus, Egemen Bağış, e uma audiência com o presidente da Turquia, Abdullah Gül. O ministro português, que regressa no mesmo dia a Istambul, reúne-se ainda com o presidente da Universidade de Economia e Tecnologia (TOBB).
No último dia da visita, na quarta-feira, Paulo Portas intervém num seminário empresarial organizado pela Câmara de Comércio e Indústria da Turquia (TUSKON). A iniciativa vai incluir encontros bilaterais entre empresários turcos e portugueses.
Ainda na quarta-feira, o chefe da diplomacia portuguesa reúne-se com o presidente do Conselho para as Relações Económicas Externas (DEIK), concluindo a visita à Turquia com uma intervenção num encontro da TUSIAD (associação das empresas turcas) sobre a economia portuguesa e o programa de privatizações.
Nesta deslocação de quatro dias, Paulo Portas está acompanhado por uma delegação de cerca de 20 empresários portugueses, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
No domingo, o chefe da diplomacia portuguesa participou em Istambul na reunião dos "Amigos da Síria".

(Fonte: Jornal i)