30 outubro 2009

Comitiva da Turquia visita escola da Madeira

A Escola da torre, em Câmara de Lobos, foi ontem visitada por representantes de vários países, no âmbito do programa “EUPARS – Escola Europeia para Pais”. Na comitiva, estavam representantes de países como a Turquia, Roménia, Reino Unido e França.
O professor responsável pelo programa explicou que o objectivo é o de envolver os encarregados de educação na vida escolar dos seus educandos e colaborar na formação dos próprios pais. Xavier Dias salientou que o projecto tem permitido a realização de diversas iniciativas não só para os pais e alunos, como também para a população em geral, com cursos ou workshops. A procura tem sido positiva, porque, como sublinhou, "nunca é tarde para aprender".
Este é o segundo projecto europeu em que aquele estabelecimento de ensino participa. Actualmente, tem a funcionar dois cursos para pais e jovens do concelho que abandonaram os estudos e que, num período de dois anos, vão concluir o 6.º ou o 9.º ano de escolaridade.
Segundo Xavier Dias, a escola da Torre é a única da região que faz parte do EUPARS, mas no futuro, outros estabelecimentos de ensino
poderão aderir a este tipo de parcerias.

(Fonte: Jornal da Madeira)

28 outubro 2009

Equipas de José Couceiro, Makukula e Neca eliminadas da Taça da Turquia

O Gaziantepspor de José Couceiro foi eliminado da Taça da Turquia depois de ter sido derrotado pelo Denizlispor por 4-1 já depois do tempo regulamentar.
O Kayserispor, onde milita Makukula, também teve a mesma "sorte", sendo vencida por 4-2 pelo Manisaspor já nas grandes penalidades.
O internacional português Neca viu também o seu Ankaraspor ser eliminado. O Português ainda marcou dois golos, mas não conseguiu evitar a derrota por 3-2, frente ao Tokatspor.

(Fonte: O Jogo)

25 outubro 2009

Couceiro perde no terreno do último

O Gaziantepspor, orientado pelo Português José Couceiro, foi este Domingo derrotado por 0-3 no terreno do Sivasspor, que antes desta jornada ocupava o último posto do campeonato turco.
O resultado deixa a equipa de José Couceiro no 12.º posto da classificação, com 12 pontos em 10 jogos, enquanto o Sivasspor deixou o posto de "lanterna vermelha".
O jogo grande deste Domingo foi, no entanto, o "derby" entre Fenerbahçe – Galatasaray, com vitória dos "canários" por 3-1, "bis" do Brasileiro Alex e um do Espanhol Daniel Guiza. O Fenerbahçe fica, por isso, com a liderança reforçada.

Resultados completos da 10.ª jornada:
Kasımpaşa - Denizlispor 3 - 1
Diyarbakırspor - Gençlerbirliği 1 - 0
Sivasspor - Gaziantepspor 3 - 0
Manisaspor - Antalyaspor 1 - 2
Fenerbahçe - Galatasaray 3 - 1
Trabzonspor - Kayserispor 2 - 1 (sexta-feira)
Bursaspor - Istanbul B.B. 6 - 0 (Sábado)
Eskişehirspor - Beşiktaş 0 - 1 (Sábado)

Classificação:
1. Fenerbahçe 27 pts
2. Bursaspor 22
3. Galatasaray 22
4. Kayserispor 18
5. Beşiktaş 18
6. Gençlerbirliği 16
7. Eskişehirspor 16
8. Trabzonspor 15
9. Antalyaspor 15
10. Istanbul B.B. 15
11. Ankaragücü 12
12. Gaziantepspor 12
13. Diyarbakırspor 12
14. Manisaspor 10
15. Kasımpaşaspor 7
16. Sivasspor 7
17. Denizlispor 6

(Fonte: A Bola)

Gripe H1N1: Primeira vítima mortal na Turquia

O ministério turco da Saúde anunciou neste Sábado o primeiro caso mortal de gripe H1N1 na Turquia.
A vítima, um homem de 29 anos, estava hospitalizada em Ancara com suspeita de pneumonia. Acabou por falecer devido a insuficiência respiratória, destacou o ministério.
Análises confirmaram que a vítima era portadora do vírus H1N1. "Trata-se da primeira morte ligada à pandemia de gripe H1N1 no nosso país", informou.

(Fonte: AFP)

Fugirá a Turquia?

Por José Cutileiro

No Domingo passado, o comissário europeu alemão, Günter Verheugen, falando à rádio no seu país disse que a União Europeia precisa mais da Turquia do que a Turquia precisa da União Europeia. "A Turquia é de importância estratégica primordial. Falo da segurança de toda a região. Imagine-se o que aconteceria se a Turquia decidisse tomar caminho diferente do de uma ancoragem firme na comunidade dos estados ocidentais. Seria um muito, muito grande risco para nós que é melhor não correr". Acrescentou que uma adesão turca à União Europeia "teria enorme vantagem para nós, ajudar-nos-ia a regularizar sem conflito as relações entre as democracias ocidentais e o mundo muçulmano do século XXI". Palavras assim, vindas de um responsável da União, são hoje raras. É de esperar que não venham tarde de mais - e que outras figuras europeias de peso digam coisas parecidas.
Porque a crise encurtou as vistas de muitos dirigentes políticos europeus e dos seus eleitores. No mesmo espírito em que se advogam medidas proteccionistas no comércio externo - o que é caminho certo para penúria geral - quer-se proibir a Turquia de entrar na União, com alguns a oferecerem-lhe em vez disso uma 'relação especial' impossível de configurar na prática - juntando assim o insulto à injúria. Sem coragem de serem politicamente incorrectos e admitirem que não querem os Turcos por estes, na sua esmagadora maioria, não serem cristãos mas muçulmanos, preferem declarar que é porque os Turcos não são europeus. Helmut Kohl dizia sempre que no mapa que tinha quando andava na escola a Anatólia era na Ásia. Esquecera entretanto a História: desde meados do século XIX até à sua extinção em 1923, muita gente, a começar pelo czar Nicolau I, chamara ao Império Otomano "o doente da Europa" - e não "o doente da Ásia".
Em Ancara e Istambul esta má vontade de chefes políticos europeus é aproveitada não só por extremistas religiosos mas também por nacionalistas laicos - interessados nas vantagens económicas de uma associação sem as obrigações morais e políticas da adesão - para reforçarem a propaganda antieuropeia no país e faz parecer a entrada da Turquia na União cada vez mais remota. Entretanto, o leque diplomático da 17.ª potência económica do mundo alarga-se para lá da pertença à NATO e da ambição europeia. As relações com a Rússia, seu principal fornecedor de energia, reforçam-se com o acordo recente com a Arménia; a solidariedade islâmica reafirma-se (cancelamento de exercícios militares com Israel por causa de Gaza; acusação de "genocídio" dos iugures por Pequim); a ambição de mediador no Médio Oriente (com a Síria, o Irão, até Israel) mantém-se.
A Turquia levará tempo a satisfazer requisitos cívicos e políticos de adesão. Mas o verdadeiro problema seria se xenofobia europeia e orgulho ferido otomano não deixassem fechar o negócio. Nesse dia Ancara continuaria a ter muito para onde se virar mas a Europa ficaria com um flanco perigosamente aberto.

(Fonte: Expresso)

23 outubro 2009

Sudanês tentou desviar avião que fazia a ligação Istambul-Cairo

Um Sudanês "embriagado" tentou desviar um avião da Egyptair que efectuava a ligação Istambul-Cairo com o objectivo "de libertar Jerusalém"
O homem foi detido por agentes dos serviços de segurança egípcios a bordo do aparelho, segundo um responsável da segurança.
Segundo os primeiros elementos do inquérito, este Sudanês de 26 anos, armado com uma faca que lhe foi entregue na sua refeição em primeira classe, ameaçou a hospedeira sentada ao seu lado meia hora após a descolagem da Turquia.
O homem exigiu que o avião se dirigisse para Jerusalém com o objectivo de "libertar" a cidade, indicou o responsável da segurança no aeroporto do Cairo.

(Fonte: Visão/Lusa)

Maria João Koehler eliminada na Turquia

Maria João Koehler, 543.ª colocada na lista WTA, foi eliminada pela Ucraniana Oksana Pavlova nos quartos-de-final do ITF de Antália-Belek (Turquia), um evento com um prémio de dez mil dólares, ao perder em três sets, com os parciais de 4-6, 6-4 e 3-6.
A Russa, actual 818.ª no ranking mundial, também já tinha sido responsável pela eliminação de Rita Vilaça.
A jovem portuguesa regressa agora a Portugal para disputar, no decorrer da próxima semana, o prémio de 10 mil dólares de Vila Real de Santo António.

(Fonte: Record)

22 outubro 2009

Scolari: "Turquia seria interessante"

Luiz Felipe Scolari considerou "interessante" o cargo de selecionador da Turquia quando confrontado com essa possibilidade.
O interesse em Scolari para o comando da selecção turca, após a saída de Fatih Terin, tem sido falado na Turquia.
O treinador brasileiro acabou de se sagrar campeão no Uzbequistão com o Bunyodkor e tem contrato até Junho de 2010. A Turquia seria para assumir na fase de apuramento para o campeonato da Europa de 2012, que começa em Setembro de 2010.
"Seria interessante, é o tipo de notícia que deixa um treinador mais alegre, honrado. Consideraria analisar a proposta se a recebesse", afirmou Scolari.

(Fonte: Record)

21 outubro 2009

Futures Antalya: Maria João Koehler nos quartos-de-final

Maria João Koehler já está nos quartos-de-final do Futures de Antalya, na Turquia, sendo a única representante lusa na prova. Depois de Rita Vilaça ter sido eliminada pela Ucraniana Oksana Pavlova, pelos parciais de 6-2 e 6-0, Koehler seguiu em frente ao derrotar Inna Sokolova, que havia eliminado a Portuguesa Margarida Mourão.
Apesar de perder no 1.º set por 6-1, a tenista do Porto deu a volta, triunfando nos sets seguintes por 6-4 e 7-5, apurando-se para os quartos-de-final, onde agora espera pela vencedora do encontro entre a Russa Elena Kulikova e a Ucraniana Oksana Pavlova.

(Fonte: Scn)

20 outubro 2009

José Couceiro retirou invencibilidade ao líder Fenerbahçe

José Couceiro viveu uma grande jornada na liga turca. O treinador português, de 47 anos, comandou o Gaziantepspor a um triunfo saboroso sobre o líder Fenerbahçe (2-1), que somava vitórias em todos os jogos disputados. Após um início de época condicionado pelas mudanças no plantel, Couceiro já brilha.
"Foi um triunfo importantíssimo para a equipa. Só fechámos o plantel no final de Agosto devido a saídas inesperadas de três jogadores e a lesão de outro, por isso, vivemos uma fase complicada. Entretanto, reconstruímos o plantel, veio o Jorginho e o Linz e nos últimos dois jogos já mostrámos o nosso valor", explicou o técnico, esclarecendo que, apesar de ter ganho nos últimos minutos, "a vitória é justa".
"Arriscámos sempre muito mais que o adversário e tivemos várias oportunidades para marcar antes deles. Corremos o risco e conseguimos vencer. A equipa está mais confiante depois dos últimos dois jogos", admitiu.

Mais ambição

Para uma equipa que perdeu elementos influentes poucos dias antes do início da liga, a reação está dentro dos parâmetros exigidos e Couceiro tem um objetivo daqui em diante: "Com a chegada do Jorginho e do Linz, atingimos o limite de estrangeiros e só podemos contratar Turcos. Mas agora há plantel. Somos uma formação média mas temos capacidade para jogar de igual para igual com equipas da primeira metade da tabela classificativa."

(Fonte: Record)

19 outubro 2009

Trinta e quatro elementos do PKK entregaram-se às autoridades turcas


Cerca de 30 membros do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), oriundos do norte do Iraque, entregaram-se hoje voluntariamente às autoridades turcas.
Os 34 curdos, entre eles quatro menores, serão agora interrogados pela Promotoria num processo com a participação de 45 advogados de diferentes regiões.
Segundo a Promotoria, os membros do PKK não deverão ser presos e acredita que estes "grupos da paz" sejam transferidos para Ancara para entregarem as suas reivindicações no sentido de contribuirem para uma solução do conflito e se reunirem com parlamentares turcos.
Em função do tratamento dado, mais elementos do ilegalizado PKK podem chegar à Turquia, inclusive do exílio a partir de países europeus.
Os militantes do PKK foram recebidos na fronteira por milhares de Curdos, um acto organizado pelo Partido da Sociedade Democrática (DTP, pró-curdo). De acordo com o presidente do DTP, Ahmet Türk, os milicianos que se entregaram nesta segunda-feira atenderam ao pedido do fundador do PKK, Abdullah Öcalan, para relançar o processo de paz e conseguir uma solução para o conflito. "Seria um erro considerar o facto como uma rendição. Render-se ou ser obrigado a fazê-lo não resolverá o problema curdo", assegurou Türk. "A chegada dos grupos é uma demonstração do que pode ocorrer se Öcalan for chamado a participar nas conversações de paz. Se o Estado dá um passo, o PKK dará dez", assegurou o dirigente curdo.
Vários analistas turcos assinalaram que o facto de hoje fez parte do plano de Ancara, supostamente negociado com Öcalan, para conseguir o desarmamento do PKK, um grupo classificado como terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro turco, Cemil Çiçek, considerou que o episódio desta segunda-feira pode significar o primeiro passo para os rebeldes turcos abandonarem a luta. Apesar do optimismo, Çiçek assegurou: "temos de ser cuidadosos, apesar da rendição destes grupos, continuam a haver milhares de militantes do PKK". O também porta-voz governamental destacou que, "tanto o Governo como o Estado, trabalharam muito para chegar a este ponto".
De notar que o Governo turco está a desenvolver esforços no sentido de uma abertura democrática à etnia curda. A rendição e possível perdão de elementos do PKK é possivel ao abrigo do perdão que Ancara concede aos militantes do PKK que se entregarem de livre vontade e se não for provado que cometeram crimes.

(Fonte: EFE/Notícias da Turquia)

18 outubro 2009

O preço da autonomia estratégica


Os últimos meses mostram que algo de muito interessante se está a passar na concepção e execução da política externa turca.
No início do ano, Recep Tayyip Erdoğan, o primeiro-ministro da Turquia, envolveu-se numa acesa discussão com Shimon Peres, o Presidente de Israel, no Fórum Económico Mundial. Na altura, Erdoğan criticou em termos contundentes a operação militar israelita em Gaza. A discussão acabou com o primeiro-ministro turco a abandonar a sala furioso com Peres e com David Ignatius, o moderador do painel. No regresso a Ancara, Erdoğan foi recebido no aeroporto como um herói por cinco mil pessoas com bandeiras turcas e palestinianas. Seis meses depois, o líder turco voltou à carga. Na altura, o seu alvo foi Pequim e a repressão contra a população uigur na província de Xinjiang. Depois de ter acusado o governo chinês de "selvajaria", Erdoğan deu um passo em frente e acusou Pequim de estar a levar a cabo um "genocídio".
As críticas de Ancara a Telavive e a Pequim mostram a ambição do governo turco de conquistar autonomia estratégica na região que vai da Bulgária até à Ásia Central. O problema é que o uso dos direitos humanos como arma retórica e política põe a nu um incómodo paradoxo.
A Turquia que no início do ano acusou Israel de matar deliberadamente palestinianos é o país que se recusa a aceitar que, entre 1915 e 1918, as tropas otomanas levaram a cabo um genocídio contra a população arménia que terá vitimado pelo menos um milhão de pessoas. A Turquia que criticou a acção das forças policiais e militares chinesas em Urumqi é um país onde não é possível ter uma discussão franca sobre os terríveis acontecimentos que em Setembro de 1922 levaram à destruição da cosmopolita cidade de Esmirna. A Turquia que defende e recebe o Hamas é o país que tem levado a cabo nas últimas décadas uma campanha militar, cultural e política contra a sua população curda e que se recusa a reconhecer e a negociar com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
Em 415 a.C, em plena Guerra do Peloponeso, a peça de Eurípides "As Troianas" foi à cena em Atenas. Esta comovente tragédia é um ataque frontal ao horror da guerra e à acção das forças de Atenas na ilha de Melos poucos meses antes. Aquilo que os Atenienses de há dois mil e quinhentos anos foram capazes de fazer em breves meses é um crime na Turquia dos nossos dias. Escrever ou falar publicamente de uma forma franca, céptica ou crítica sobre as questões arménia e curda é o caminho mais rápido para arranjar sérios problemas com a polícia, os militares e os tribunais turcos. Para uma capital tão ambiciosa como Ancara, isto é um problema.
O fosso entre a retórica externa turca e a realidade doméstica chegou ao ponto de ruptura. Se Ancara quer mesmo ter uma política externa credível, caracterizada por um novo tipo de relacionamento com os seus vizinhos regionais, então as coisas têm de começar a mudar na maneira como a sociedade turca olha para a sua história e discute as questões curda e arménia. Duas iniciativas políticas recentes do Governo de ErdoĞan mostram vontade de acabar com o paradoxo turco.
A primeira, anunciada em Julho, envolve a concessão de mais direitos políticos e culturais à população curda. A segunda gira à volta da normalização das relações com a Arménia. Esta normalização é do interesse de Ancara e mudará muita coisa no Cáucaso. A abertura da fronteira com a Arménia diminuirá o papel da Geórgia no trânsito da energia do mar Cáspio em direcção à Europa. A negociação entre a Arménia e o Azerbaijão de uma solução para o problema de Nagorno-Karabakh poderá aumentar a influência de Moscovo em Baku.
O problema de Erdoğan e do seu governo é que estas duas iniciativas serão extremamente polémicas em termos domésticos. A autonomia estratégica e a influência externa têm o seu preço.

(Fonte: Expresso)

Turco mais alto do mundo esteve em Portugal

Sultan Kösen é desde Fevereiro o homem mais alto do mundo. Veio a Portugal apresentar o 'Guinness World Records' em Português.
Sultan Kösen nasceu em Mardin, no Leste da Turquia, junto à fronteira com o Iraque. Era um bebé normal, nenhuma fada madrinha previu o futuro. Um tumor na glândula pituitária, diagnosticado aos 10 anos, mudou-lhe a vida. Nunca mais parou de crescer e tudo se complicou: deixou de ir à escola, não cabia nas carteiras; não arranjou emprego, passou a trabalhar com a família na agricultura; e nunca conheceu os amores da adolescência. "O que mais quero é casar-me. Tem sido difícil encontrar uma namorada. Nunca tive nenhuma, elas têm medo de mim", lamenta. "Mas sou feliz!", garante.
A aldeia onde vive é pequena, 320 habitantes distribuídos por 20 casas. A notícia de que ali residia "um gigante" demorou a correr mundo e ainda lhe faltavam alguns centímetros para ultrapassar o Chinês Bao Xi Shun, anterior detentor do recorde do mais alto. Mas aos 18 anos já tinha um tamanho incomportável que o dispensou do serviço militar. Não foi acompanhado ao autocarro por toda a família e com o arrufar dos tambores, como é habitual quando se vai para o exército na Turquia, mas houve festa quando partiu para Istambul. Os "olheiros da equipa de basquetebol do Galatasaray pensaram ter encontrado um encestador. Mas era tão desajeitado que voltou à terra natal.
No ano passado sujeitou-se a várias cirurgias que lhe removeram o tumor. O pior são os problemas musculares e nas articulações que o obrigam a andar de muletas. Em Fevereiro de 2009, quando oficializaram a sua altura, abriu-se uma janela: "Esta minha súbita fama permitiu-me viajar e ver o mundo", diz. Embora lhe falte a namorada e um automóvel onde consiga entrar, o segundo desejo.
Sultan viaja para dar a conhecer o Guinness World Records 2010. Esteve em Londres, Los Angeles, Nova Iorque, Madrid, Viena, Roma e, agora, Lisboa. E até já brinca com a sua altura. Diz que troca muito bem lâmpadas e pendura cortinas. Chamam-lhe o "bom gigante".



(Fonte: Diário de Notícias)

16 outubro 2009

Universidade dos Açores tem alunos turcos

O número de estudantes estrangeiros na Universidade dos Açores subiu 38% em relação ao ano anterior.
A Universidade dos Açores recebe neste ano lectivo, ao abrigo da mobilidade estudantil, 77 alunos estrangeiros, o que representa mais 38% do que no ano anterior, revelou ontem a academia açoriana.
Os 77 alunos recebidos este ano no quadro do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, subprograma Erasmus e de outras iniciativas de cooperação com instituições externas, são originários de estabelecimentos de ensino superior de 12 países: Alemanha, Brasil, Bulgária, Espanha, Eslováquia, Grécia, Itália, Lituânia, Polónia, República Checa, Roménia e Turquia.
No âmbito dos mesmos programas, a Universidade dos Açores tem este ano a estudar no estrangeiro 52 alunos, o que representa mais 44% do que no ano lectivo anterior, de 2008/2009. Estes alunos encontram-se em universidades da Bélgica, Brasil, Eslováquia, Espanha, França, Itália, Lituânia, Polónia, Reino Unido e Turquia.
No segundo semestre deste ano lectivo, está prevista a deslocação de mais dois estudantes para universidades estrangeiras, no quadro da aposta da Universidade dos Açores na sua internacionalização através da mobilidade estudantil.

(Fonte: Lusa)

15 outubro 2009

Série de ficção agrava tensão entre Israel e Turquia

As relações entre Israel e a Turquia, um dos seus principais aliados na região, estão ao seu pior nível em vários anos e uma série de televisão turca ameaça agravar ainda mais a tensão. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman, não escondeu a sua fúria com as imagens de soldados israelitas a matar crianças palestinianas e acusou Ancara de dar cobertura à “incitação ao ódio”.
A polémica estalou quarta-feira, quando televisões israelitas divulgaram excertos da série "Ayrılık" (Separação), que é transmitida pela estação pública turca TRT. Os produtores garantem que se trata de uma história de amor passada durante a ofensiva em Gaza, este ano. Mas as imagens que os Israelitas viram anteontem retratam os soldados do Tsahal [forças militares israelitas] como assassinos a sangue-frio.
Num excerto, um militar encurrala uma menina palestiniana que tem apenas tempo para esboçar um sorriso antes de ser atingida no peito. Noutra, um recém-nascido é morto nos braços do pai. Há também imagens de pelotões de fuzilamento, de tanques a avançar sobre multidões e de velhos espezinhados nas ruas.
“Esta série, que não tem a mais pequena ligação com a realidade e que mostra os soldados como assassinos de crianças inocentes, não é sequer aceitável num estado inimigo e certamente não o é num estado com quem temos plenas relações diplomáticas”, disse Lieberman. A sua divulgação, acrescentou o ministro, constitui “um grave incitamento ao ódio, feito com o patrocínio do governo” .
Nem a TRT nem o governo turco comentaram a indignação de Israel – que hoje convocou o encarregado de negócios turco para apresentar o seu protesto –, mas os produtores explicaram à rádio israelita que a série retrata apenas “um certo grupo de soldados que assassinaram Palestinianos” durante última a ofensiva.
Foi a violência daquela incursão (que causou 1400 mortos) e as críticas desassombradas do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, à actuação do governo israelita que motivaram um afastamento entre os dois países.
E a tensão diplomática ganhou visibilidade depois de, no início da semana, Ancara ter impedido a Força Aérea israelita de participar em exercícios conjuntos da NATO no seu território. As manobras acabaram por ser adiadas depois de os Estados Unidos e Itália terem anunciado que não compareceriam.
Respondendo às críticas, Erdoğan disse hoje que a Turquia “não recebe instruções” externas e justificou a decisão com “as exigências e a opinião do seu povo” sobre as políticas israelitas. Contudo, um jornal turco noticiou ontem que não foi Gaza, mas o incumprimento de um contrato de fornecimento militar que motivou a decisão de Erdoğan. Segundo o Today’s Zaman, em causa estão quatro aviões-espiões israelitas encomendados pela Turquia para lutar contra os rebeldes curdos do PKK.

(Fonte: Público/AFP)

14 outubro 2009

Relatório anual sobre o alargamento não poupa críticas à Turquia

A Comissão Europeia fez o ponto da situação sobre o alargamento da União Europeia e não poupou críticas à Turquia. O relatório anual, publicado esta quarta-feira, denuncia os ataques à liberdade de expressão e imprensa.
Em causa está a pesada multa ao grupo Doğan Yayın, como explica Olli Rehn, comissário europeu para o Alargamento: “Há uma preocupação face à multa, pois quando esta equivale ao valor anual de negócios da empresa, não se trata apenas de sanção fiscal, mas assemelha-se mais a uma sanção política”.
O grupo Doğan é proprietário de metade dos media privados turcos e foi multado em 2,2 mil milhões de euros por fraude fiscal. A empresa fala de perseguição devido às críticas que faz ao governo.
Gusen Ozalp, correspondente do jornal Milliyet, do grupo Doğan, defende: “É a pior parte do relatório. Podemos dizê-lo porque é a primeira vez que a Comissão Europeia acusa a Turquia em relação à liberdade de imprensa e isso é uma mancha. Dizem claramente que há uma pressão política sobre a imprensa. Não é bom para a candidatura da Turquia porque, como sabem, a liberdade de imprensa é um dos princípios fundamentais da União Europeia”.
Ancara é criticada também pela ausência de progresso nas reformas políticas e constitucionais, na defesa das minorias, como os Curdos, ou das mulheres face à violência doméstica e aos crimes de honra.
Temas que não são inéditos, como reconhece Bahadir Kaleağası, chefe do patronato turco em Bruxelas: “A maioria das críticas presentes no relatório já são alvo de um intenso debate na imprensa e na sociedade civil turca. Nós como homens de negócios sempre pusemos estes assuntos no topo da agenda turca”.
Mas nem tudo é negro. Bruxelas saudou os acordos históricos de reconciliação assinados entre a Turquia e a Arménia no passado fim-de-semana na Suíça.
Impasse ainda em torno do conflito sobre Chipre. Ancara continua a recusar abrir portos e aeroportos aos Cipriotas-gregos, mas este ano Bruxelas não impôs mais sanções para deixar avançar as difíceis negociações sobre a reunificação de Chipre iniciadas há um ano.

(Fonte: Euronews)

World Travel Awards: cidade de Istambul e dois hotéis turcos entre os nomeados

Para a cerimónia da gala europeia do World Travel Awards, também chamados de os “Óscares do Turismo”, que decorrerá no Hotel Marriott Praia D’El Rey, no próximo dia 17 de Outubro, foram nomeados, segundo a organização, para a categoria de Europe’s Leading Airline as companhias aéreas Air France, BMI, British Airways, Iberia, KLM, Lufthansa, SAS e Swiss.
Já para a categoria Europe’s Leading Hotel concorrem os hotéis Cirağan Palace Kempinski (Istambul, Turquia); Donbass Palace Hotel (Ucrânia); Dubrovnik Palace Hotel (Croácia); Grand Hotel Wien (Áustria); Hotel Arts (Barcelona, Espanha); Hotel Cipriani (Veneza, Itália); Hotel de Palais (Biarritz, França); Hotel Le Bristol (Paris, França); Kemer Resort Hotel (Kemer, Turquia); Mandarin Oriental Hotel du Rhone (Genebra, Suíça); Mandarin Oriental Hyde Park e The Dorchester (ambos em Londres, Inglaterra).
Vários destinos europeus lutam por ganhar o cobiçado título de Europe’s Leading Destination : Amesterdão, Barcelona, Berlim, Creta, Dublin, Dubrovnik, Istambul, Lisboa, Londres, Pafos, Paris, Praga, Roma, Tallinn, Veneza, Viena e Vilnius.

(Fonte: Opção Turismo)

13 outubro 2009

Israel exorta a Turquia a "voltar à razão"

O vice-primeiro-ministro israelita, Sylvan Shalom, exortou Ancara a "voltar à razão" na sequência da tensão entre os dois aliados regionais provocada nomeadamente pela anulação de manobras aéreas internacionais organizadas na Turquia.
"A deterioração dos laços com a Turquia nos últimos dias é lamentável", indicou Shalom citado pelo seu gabinete.
"A Turquia é um importante Estado muçulmano que partilha laços estratégicos com Israel. Espero que os Turcos voltem à razão e compreendam que a relação entre os dois países é do seu interesse, tanto quanto do nosso", adiantou.
Os responsáveis israelitas ficaram preocupados esta semana após a decisão de Ancara de anular manobras aéreas previstas para decorrerem desde segunda-feira na Turquia e nas quais Israel deveria participar, vendo no acto uma vontade turca de se distanciar do seu aliado israelita.
As manobras, designadas "Águia da Anatólia", decorrem todos os anos sobre a vasta planície de Konya (centro).
Segundo o ministro da Defesa israelita, Ehud Barak, o exercício "não foi anulado, mas adiado", informou o seu gabinete.

(Fonte: Diário Digital/Lusa)

Chipre e Turquia cancelam manobras militares para facilitar negociações

O Chipre e a Turquia cancelaram manobras militares que tinham previsto levar a cabo em Outubro, manifestação de um novo entendimento que visa facilitar as negociações sobre a reunificação da ilha, anunciou hoje fonte governamental.
O Governo do Chipre anunciou hoje a suspensão dos exercícios "Nikiforos" da Guarda Nacional em resposta à anulação por parte da Turquia de manobras conjuntas com a autoproclamada República Turca do Norte do Chipre.
Ancara anunciou hoje a suspensão dos exercícios, que se realizam todos os anos em Outubro, pretendendo com isto criar um clima mais favorável às negociações entre Gregos e Cipriotas turcos, retomadas em Setembro passado, com a intenção de acabar com os 35 anos de divisão da ilha mediterrânica.

(Fonte: Lusa)

Terim deixa a selecção turca

Fatih Terim vai deixar o cargo de seleccionador da Turquia depois do último jogo da fase de qualificação para o Mundial de 2010, esta quarta-feira, frente à Arménia. A decisão deve-se ao facto de a sua selecção não ter logrado o apuramento para a fase final, na África do Sul.

"Feitos consideráveis"
Depois de aceitar a demissão de Terim, o presidente da Federação Turca de Futebol, Mahmut Özgener, disse: "A nossa selecção alcançou feitos consideráveis no futebol mundial, mas faltou-lhe consistência. Pretendemos ultrapassar esse problema no próximo ciclo. Respeitamos a decisão de Terim e agradecemos os serviços prestados".

Muito sucesso
Actualmente com 56 anos, Terim qualificou a Turquia para o seu primeiro Campeonato da Europa durante a sua primeira passagem pelo cargo, entre 1992 e Junho de 1996. Contudo, demitiu-se depois de a sua equipa sofrer três derrotas consecutivas na fase de grupos do EURO '96. Terim regressou ao comando técnico em 2005 e foi um dos obreiros da bem-sucedida campanha de qualificação da Turquia para o UEFA EURO 2008, onde impressionou ao chegar até às meias-finais.

Ponto final
No entanto, a fase de qualificação para o Mundial de 2010 ficou aquém das expectativas e, com apenas 12 pontos somados em nove jogos, a Turquia está atrás da Espanha, vencedora do grupo, e da Bósnia-Herzegovina, segunda classificada. Sem nada em discussão no desafio de quarta-feira, em Bursa, a derrota por 2-0 fora de casa, frente à Bélgica, no Sábado, revelou-se fatal.

(Fonte: UEFA.com)

11 outubro 2009

Erdoğan manifesta reservas quanto ao tratado com a Arménia

O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdoğan, quer ver a retirada arménia do enclave de Nagorno-Karabakh para que o tratado aprovado no Sábado para a normalização das relações entre a Turquia e a Arménia possa ser mais facilmente aceite pelo Parlamento.
“Nós, enquanto Governo, abrimos caminho para esta cooperação, mas se vai ou não ser aplicada caberá ao Parlamento decidir”, avisou Erdoğan num congresso partidário, citado pela Reuters. “Se este assunto [da retirada de forças] for resolvido, o nosso povo e o nosso Parlamento terão uma atitude mais positiva em relação a este protocolo e a este processo.”
Na véspera, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países assinaram em Zurique um acordo considerado histórico, que pretende acabar com um século de hostilidades, normalizar as relações diplomáticas e abrir as fronteiras entre os dois vizinhos. O maior entrave à sua aprovação por parte de Ancara era a questão de Nagorno-Karabakh, um enclave no Azerbaijão (país turcófono e muçulmano), cuja ocupação por parte da Arménia levou a Turquia a fechar as fronteiras, em 1993.
“Queremos que todas as fronteiras se abram ao mesmo tempo... Mas enquanto a Arménia não se retirar dos territórios do Azerbaijão que ocupa, a Turquia não pode ter uma atitude positiva em relação a este assunto”, adiantou o primeiro-ministro. Erdoğan garantiu que, apesar das suas renitências, apresentará o acordo para que este seja ratificado pelos deputados.
O passo dado entre os dois vizinhos foi criticado pelo ministério azerbaijano dos Negócios Estrangeiros. O Governo de Baku defendeu que a Turquia não deveria ter assinado o documento sem primeiro ver resolvida a questão do enclave. Pouco depois de assinado o acordo, os Negócios Estrangeiros emitiram um comunicado no qual diziam que a abertura das fronteiras entre a Turquia e a Arménia “colocará em xeque a paz regional e a segurança”.
Uma reacção mais positiva surgiu da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). “Saúdo o acordo histórico de normalização das relações entre a Turquia e a Arménia”, dois países membros da OSCE, declarou o primeiro-ministro e chefe da diplomacia grega, George Papandreou, também actual presidente da Organização. “Aplaudo os esforços e a vontade política demonstrada pelos dois dirigentes para ultrapassar as suas diferenças”, cita a AFP.
Da parte arménia, foi preciso abrir mão da reivindicação de que a Turquia teria de reconhecer como genocídio o massacre e deportação de Arménios no fim do império otomano, entre 1915 e 1917.

(Fonte: Público)

10 outubro 2009

UE: Acordos entre Arménia e Turquia são um passo para a paz no Cáucaso


A Comissão Europeia e a presidência sueca temporária da União Europeia (UE) comemoraram neste Sábado os acordos de normalização das relações entre Arménia e Turquia, assinados em Zurique, Suíça, considerando-os um passo para a resolução dos conflitos em toda a região do sul do Cáucaso.
"A Comissão Europeia considerou que este é um passo válido para a paz e a estabilidade na região do sul do Cáucaso, e uma decisão verdadeiramente histórica que mostra que as duas partes estão dispostas a assumir um compromisso", indicou o executivo, em comunicado.
"Esta assinatura abre novas perspectivas para a resolução do conflito, principalmente o de Nagorno Karabakh", declarou a comissária europeia das Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner.
A cerimônia de assinatura dos acordos, prevista para as 17 horas na Universidade de Zurique, aconteceu às 20.20 horas depois das intensas discussões sob os olhares das delegações dos Estados Unidos, liderada pela secretária de Estado, Hillary Clinton, e Suíça.
As relações entre os Turcos e os Arménios sofrem há quase um século as consequências da lembrança do alegado genocídio e deportações de Arménios em 1915-1917 (mais de um milhão e meio de mortos segundo a Arménia, e de 300.000 a 500.000 segundo a Turquia, que rejeita o termo genocídio).
Depois de uma guerra de seis anos (de 1988 a 1994), Erevan passou a controlar o enclave povoado de Arménios no Azerbaijão, aliado da Turquia, que em 1993 fechou a sua fronteira à Arménia como represália.

(Fonte: AFP)

Turquia e Arménia assinam acordo que põe fim a um século de hostilidades

Por longos momentos pensou-se que não iria acontecer: o acordo entre a Arménia e a Turquia foi atrasado por “dificuldades de última hora”. Mas depois de uma reunião com a delegação norte-americana, a parte arménia terá ultrapassado as reservas que levantou sobre as declarações que iriam ser lidas na cerimónia. E foi finalmente assinado o protocolo que pretende acabar com um século de hostilidades entre os dois países vizinhos.
As objecções arménias reflectem a sensibilidade que rodeia esta questão. Nos dois países, as opiniões públicas não olham com indiferença para o que ontem os seus governantes assinaram. Haverá muitos, de um lado e do outro da fronteira, sem vontade de festejar. As resistências são tais que horas antes da cerimónia, o presidente arménio, Serge Sarkissian, justificou de forma solene ao país que “não teve alternativa ao restabelecimento das relações, sem condições prévias, com a Turquia”, cita a AFP. Mas tentou apaziguar os ânimos, explicando também que “ter relações com a Turquia não deve, de forma nenhuma, pôr em dúvida a realidade do genocídio... É um facto bem conhecido e que deve ser reconhecido”. A oposição vem de ambos os lados, e também da diáspora arménia, particularmente influente em França e nos EUA, refere a agência francesa. E por isso, a sua aprovação por parte dos respectivos parlamentos – fundamental para que o texto possa passar à prática – pode não ser tão rápida quanto os governos desejam. O acordo prevê um calendário para a normalização dos laços diplomáticos e a abertura da fronteira entre os dois vizinhos.
O motivo da disputa remonta a 1915-17, quando as tropas otomanas foram responsáveis por massacres e deportações de milhares de arménios – mais de um milhão e meio, segundo Erevan, entre 300 mil e 500 mil, defende Ancara. As populações eram enviadas em massa da Anatólia Oriental para o deserto sírio, entre outros locais, e quando não eram executadas pelas forças otomanas morriam de fome ou doença. A Arménia chama-lhe genocídio (há duas dezenas de países a fazê-lo), a Turquia recusa-se a aceitar o termo. Uma equipa conjunta de investigadores trabalhará para determinar quem tem razão, como prevê o acordo.

O espinho de Nagorno-Karabakh

Para além dos massacres, há um outro espinho, chamado Nagorno-Karabakh. O território dentro das fronteiras do Azerbaijão, de etnia arménia, foi alvo de uma disputa de seis anos (entre 1988 e 1994). Ficou sob controlo da Arménia. Como resposta, o Azerbeijão, aliado da Turquia (já que é um país turcófono e muçulmano), fechou as suas fronteiras com o país vizinho.

A Suíça dedicou-se à mediação do diferendo, mas precisou do auxílio de pesos-pesados. A Rússia, Estados Unidos e União Europeia envolveram-se nas negociações, pressionando os dois lados a avançar com a normalização das suas relações e mostrando o quanto ambos teriam a ganhar se o fizessem. Para a Turquia, isso significaria um avanço no processo de adesão à U. Para a Arménia, país sem recursos energéticos, o fim do seu isolamento económico.

“Estou seguro de que estas decisões serão muito positivas para o conjunto da região”, comentou ontem o chefe da diplomacia da UE, Javier Solana, em Zurique. “E não há dúvida nenhuma que será importante para os países implicados nas suas relações connosco”. União Europeia e Estados Unidos encontram vantagens importantes, e por isso o próprio presidente norte-americano, Barack Obama, declarara em Abril que o processo de negociações teria de avançar “rapidamente”.

As relações pacíficas entre ambos são vistas como fundamentais para a estabilidade do sul do Cáucaso, um corredor de petróleo e gás para o Ocidente, e uma região na qual a Rússia gosta de exibir a sua força, refere a Reuters. O êxito das negociações conduzidas por Washington e Moscovo levou um diplomata da delegação da secretária de Estado norte-americana, de Hillary Clinton (que foi a Zurique assistir à assinatura do acordo), a comentar à AFP que este era “um exemplo concreto da forma como podemos trabalhar juntos”.

(Fonte: Público)

09 outubro 2009

Milhares de Arménios manifestam-se contra acordo com Turquia

Milhares de Arménios manifestaram-se hoje em Erevan, capital da Arménia, para protestar contra a intenção do governo de assinar um acordo histórico de aproximação com a Turquia.
Segundo um jornalista da AFP, os manifestantes nas ruas seriam perto de dez mil e muitos exibiam cartazes dizendo "Não às concessões aos Turcos".
A Turquia e a Arménia vão assinar sábado em Zurique dois protocolos sobre o estabelecimento de relações diplomáticas e sobre o desenvolvimento de relações, disse à Lusa o embaixador turco em Portugal, Kaya Türkmen.
As relações entre os dois países têm sido "envenenadas" pelos alegados massacres de Arménios durante o Império Otomano.
Segundo a Arménia, nos últimos anos do Império Otomano mais de um milhão de Arménios foram mortos pelas forças otomanas, no que classifica de genocídio. A Turquia sempre negou tais acusações, falando de matanças de ambas as partes.
Num documento entregue hoje na presidência arménia, os contestatários do acordo pedem ao chefe de Estado, Serge Sarkissian, para não assinar os protocolos. "Estes protocolos têm elementos perigosos para a nossa nação, para o nosso Estado e ameaçam os nossos interesses", refere o texto.
A manifestação foi organizada por vários partidos da oposição, incluindo a Federação Arménia Revolucionária, que deixou a coligação no poder em desacordo com o processo de reconciliação com a Turquia.
Uma vez assinados, os protocolos têm de ser ratificados pelos parlamentos dos dois países.
A Turquia e a Arménia anunciaram em Agosto que chegaram a acordo quanto a dois textos sobre o estabelecimento de relações diplomáticas e a reabertura da fronteira.
"Estes protocolos têm elementos perigosos para a nossa nação, para o nosso Estado e ameaçam os nossos interesses", refere o texto. A manifestação foi organizada por vários partidos da oposição, incluindo a Federação Arménia Revolucionária, que deixou a coligação no poder em desacordo com o processo de reconciliação com a Turquia. Uma vez assinados, os protocolos têm de ser ratificados pelos parlamentos dos dois países. A Turquia e a Arménia anunciaram em Agosto que chegaram a acordo quanto a dois textos sobre o estabelecimento de relações diplomáticas e a reabertura da fronteira.

(Fonte: Diário Digital/Lusa)

08 outubro 2009

O novo primeiro-ministro da Grécia aproxima-se da Turquia

O novo primeiro-ministro da Grécia, Georges Papandreou, viaja sexta-feira para a Turquia para participar numa reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros dos Balcãs em Istambul, na sua primeira saída do país desde que ganhou as eleições.
A visita foi anunciada pelo governo grego sem indicar se Papandreou, que acumula o cargo de primeiro-ministro com o de ministro dos Negócios Estrangeiros, se reunirá com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdoğan, ou com o presidente, Abdullah Gül.
A comunicação social turca noticiou que não está prevista qualquer reunião com Erdoğan.
Fontes diplomáticas gregas insistiram no carácter não oficial desta visita, destacando que a primeira visita de Papandreou ao estrangeiro com primeiro-ministro será no próximo dia 19, para se reunir com o presidente de Chipre, Dimitris Christofias.
O partido socialista grego (PASOK) ganhou as eleições legislativas antecipadas realizadas no passado Domingo.
Georges Papandreou chefiou a diplomacia grega entre 1999 e 2004, tendo defendido uma aproximação à vizinha Turquia, país com o qual Atenas tem contenciosos territoriais há vários anos.

(Fonte: Diário Digital/Lusa)

Thilo Sarrazin: "Árabes e Turcos só servem para vender frutas e legumes"

O Banco Central Alemão, uma das instituições mais conceituadas e respeitadas em toda a Alemanha, viu-se subitamente envolvido numa polémica sobre xenofobia, depois de um dos seus conselheiros, Thilo Sarrazin, de 64 anos, dizer "que os imigrantes árabes e turcos não têm qualquer actividade produtiva que não seja a de vender frutas e legumes".
Num comunicado pouco usual à imprensa, o governador do banco, Axel Weber, admitiu que as afirmações do conselheiro causaram "dano à reputação da instituição" e pediu, indirectamente, que Sarrazin solicitasse a demissão. Weber não pode demiti-lo do cargo. Apenas o Presidente, Horst Köhler, que foi quem o nomeou, tem plenos poderes para o fazer. Até agora, o chefe do Estado alemão não quebrou o silêncio para fazer qualquer comentário sobre o caso.
Numa entrevista publicada pela Lettre International, revista cultural da cidade de Berlim, o controverso antigo ministro das Finanças da cidade e do estado-federado de Berlim declarou que "70% dos turcos e 90% dos árabes de Berlim não querem saber de educar os seus filhos e a única coisa que sabem produzir são meninas de véu".
Sarrazin sublinha que "40% dos nascimentos em Berlim acontecem na classe baixa". O que, segundo ele, mostra como "os Turcos estão a conquistar a Alemanha com a sua taxa de natalidade". O conselheiro do Bundesbank, nomeado este ano para o cargo, justifica com esta teoria "o facto de a população alemã ser cada vez mais e mais estúpida".
O responsável alemão vai mesmo ao ponto de afirmar que prefere imigrantes judeus. "Seria mais feliz se fossem os judeus da Europa de Leste a virem para cá, pois eles têm uma inteligência que é 15% superior à dos Alemães".
A reacção da comunidade turca na Alemanha não se fez esperar. "Estas afirmações são próprias de membros da extrema-direita. O senhor Sarrazin não pensa no impacto das suas palavras", declarou o presidente da comunidade turca na Alemanha, Kenan Kolat, citado pela agência DPA.
Também o Partido Social-Democrata, a que pertence Sarrazin, condenou as suas declarações e indicou que está a ponderar expulsá-lo da formação. A procuradoria-geral indicou, por sua vez, que ia estudar se foi ou não cometido crime de incitação ao ódio racial.
A Alemanha é um país com quatro milhões de muçulmanos, muitos deles descendentes dos Turcos que ajudaram a reconstruir o país após a Segunda Guerra Mundial. Chamavam-lhes os "trabalhadores convidados".
A chanceler alemã, Angela Merkel, é abertamente contra a entrada da Turquia na União Europeia.

(Fonte: Diário de Notícias)

Embaixador da Turquia em Portugal classifica de "passo em frente" acordo entre Turquia e Arménia

A Turquia e a Arménia vão assinar Sábado em Zurique dois protocolos sobre o estabelecimento de relações diplomáticas e sobre o desenvolvimento de relações, afirmou hoje à agência Lusa o embaixador turco em Portugal, Kaya Türkmen.
O acordo de reconciliação "vai ser assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros" turco, Ahmet Davutoğlu, e arménio, Eduard Nalbandian, precisou o diplomata.
Kaya Türkmen classificou de "passo em frente" a assinatura dos protocolos, que prevêem a abertura das fronteiras comuns "nos dois meses seguintes à sua ratificação", assim como consultas políticas regulares entre os dois países.

(Fonte: Lusa)

07 outubro 2009

O estranho diferendo de Chipre

Por João Carlos Barradas

Sobra muito pouco tempo ao novo primeiro-ministro grego, George Papandreou, para tentar desbloquear o impasse nas negociações para a reunificação de Chipre.
O líder socialista distingiu-se à frente da diplomacia de Atenas a partir de 1999 pelos esforços de normalização das relações com a Turquia e o apoio ao plano de reunificação de Chipre proposto pela ONU até ter sido afastado pelo novo ciclo de governação dos conservadores da Nova Democracia em Março de 2004.
O plano de Kofi Annan de criação de uma confederação na ilha dividida desde 1974 foi a referendo a 24 de Abril de 2004 e, apesar de aprovado pelos Cipriotas turcos, acabou rejeitado pelos Cipriotas gregos, precisamente uma semana antes da entrada formal de Chipre na União Europeia.

Bloqueios e vetos
A questão cipriota é um dos obstáculos maiores nas negociações de adesão da Turquia à União Europeia, encetadas em Outubro de 2005.

Apenas um dos 35 capítulos do processo formal de negociações foi concluído - "Ciência e Pesquisa" -, outros oito entretanto abertos estão congelados desde 2006 devido ao diferendo sobre tráfego em portos e aeroportos cipriotas, e a discussão do dossier "Energia" bloqueada pelo veto de Atenas.

O chefe do governo socialista em Atenas pode precisamente começar por pressionar para o levantamento deste veto para tentar desbloquear a recusa turca em permitir o tráfego de navios e aviões cipriotas gregos à parte Norte da ilha nos termos do acordo firmado com a União Europeia em 2005.

Qualquer iniciativa vinda da parte grega chegará já demasiado tarde para impedir a avaliação negativa da Comissão Europeia, a anunciar no próximo dia 14, quanto ao evoluir das negociações, dado que Ancara recusa o compromisso de abertura parcial de apenas um porto e um aeroporto no Norte da ilha sem que os 27 permitam simultaneamente o tráfego comercial por parte dos Cipriotas turcos.

Até ao Conselho Europeu de Dezembro alguma coisa poderá, no entanto, mudar de forma a permitir um compromisso entre o presidente cipriota grego Demetris Christofias e o seu homólogo turco Mehmet Ali Talat, que desde Setembro do ano passado têm negociado formalmente, sob mediação europeia e do enviado da ONU, o antigo ministro australiano dos negócios estrangeiros Alexander Downer.

As conversações bloquearam em Abril quando o Tribunal Europeu de Justiça reconheceu os direitos de Cipriotas gregos sobre propriedades em disputa na República Turca do Norte de Chipre, cuja declaração de independência em 1983 foi apenas reconhecida por Ancara.

Na mesma altura a direita nacionalista do Partido da Unidade Nacional triunfava na eleições para o parlamento, retirando a maioria aos sociais-democratas de Ali Talat e pondo em causa a sua reeleição nas presidenciais de Abril do próximo ano.

Todos perdem
A convergência entre Talat e Christofias - um histórico dos comunistas cipriotas gregos que ao ser eleito em Fevereiro de 2008 iniciou imediatamente contactos com o homólogo turco - corre o risco de vir a desaparecer para dar lugar a reiterados irredentismos nacionalistas.

Sem acordo de partilha de poder entre as duas comunidades a eventual retirada das tropas turcas - presentes no terço norte da ilha desde a invasão de 1974 em resposta ao golpe de estado da extrema-direita nacionalista grega apoiada pela Junta Militar em Atenas - ficará comprometida e a liberdade de movimento de pessoas, bens, capitais e serviços, tal como praticada na União Europeia sem efeito.

Para os 780 mil habitantes da República de Chipre (sendo 640 mil identificados como Cipriotas gregos) novo fracasso nas negociações sairá caro pois, além de arredar eventuais acordos de indemnizações quanto a propriedades perdidas no norte da ilha, redundará num maior isolamento no seio da União Europeia.

Para os 260 mil residentes turcos no norte da ilha (entre eles mais de 70 mil imigrantes turcos) a ausência de um acordo implicará uma dependência acrescida da Turquia na impossibilidade de desenvolverem contactos directos com o bloco da União Europeia.

As negociações de adesão da Turquia à União Europeia, por sua vez, entrarão em colapso e, as consequências quanto a estratégias para o sector energético ou cooperação com a NATO far-se-ão sentir no conjunto do bloco europeu.

O estranho caso de Chipre em que um país candidato à União Europeia recusa reconhecer um dos 27 estados membros, em que dois membros da NATO - Turquia e Grécia - se afrontam indirectamente por via de irredentismos étnicos, onde um terceiro - o Reino Unido - mantém bases militares, e em que todas as partes têm a perder com a continuação do diferendo, é um exemplo singular de como um secular domínio otomano caído nas mãos do império britânico, acaba por se tornar palco de um confronto étnico-religioso.

(Fonte: Jornal de Negócios)

06 outubro 2009

Parlamento turco prolonga operações militares contra rebeldes curdos

O Parlamento turco decidiu hoje autorizar o prolongamento por mais um ano das operações militares contra rebeldes curdos no Iraque.
A moção governamental, que autoriza o exército turco a realizar operações militares contra elementos do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em território iraquiano, foi aprovada por maioria parlamentar com 452 votos favoráveis, num total de 475 deputados presentes no hemiciclo.
O PKK é uma organização armada que luta desde 1984 pela criação de um Estado autónomo no sudeste da Turquia, zona maioritariamente curda.
Criada em 1974 por Abdullah Öcalan, a organização ganhou reputação de implacável, eliminando membros de grupos rivais e dirigentes locais pró-turcos.
A votação de hoje acontece num momento em que o governo turco, liderado pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), se prepara para apresentar no Parlamento medidas de apoio à comunidade curda, com o objectivo de diminuir o campo de influência do PKK junto da população da região sudeste do país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ahmet Davutoğlu, afirmou que a renovação da operação militar pretende ter um efeito dissuasor sobre os rebeldes, mas também promover o lançamento de novas reformas. "Mantendo a opção militar sobre a mesa, ao lado de medidas económicas, sociais e culturais, vamos reforçar o nosso poder de dissuasão e o nosso espaço de manobra", afirmou o chefe da diplomacia turca, em declarações no Parlamento. "O nosso objectivo é estabelecer um ambiente de segurança duradouro", concluiu.
O Parlamento turco já tinha prorrogado uma vez a duração da operação militar, aprovada inicialmente em 2007. O actual mandato, que terminava a 17 de Outubro, permitiu ao exército turco realizar vários raides aéreos na região Norte do Iraque onde foram localizados, segundo Ancara, cerca de dois mil combatentes do PKK.
As tropas turcas também realizaram uma acção militar terrestre durante oito dias, em Fevereiro do ano passado.

(Fonte: Lusa/Diário de Notícias)

Um morto e 100 detidos em protestos contra o FMI

Um homem de 55 anos morreu, vítima de ataque cardíaco, e cem pessoas foram detidas esta terça-feira na sequência dos confrontos entre a polícia e os manifestantes que protestam em Istambul contra o encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).
Desde a manhã que a polícia turca tenta fazer frente às manifestações, utilizando canhões de água e granadas de gás lacrimogéneo.
De acordo com as autoridades, vários proprietários de lojas encerraram os estabelecimentos comerciais devido à violência dos protestos que incluíram a destruição de montras de restaurantes e de vários bancos situados nas imediações do local do encontro.
Recorde-se que na passada semana um estudante de comunicação social lançou um sapato contra o presidente do FMI, Dominique Strauss-Khan.

(Fonte: Correio da Manhã)

04 outubro 2009

Mundiais de Esgrima de Antália: Joaquim Videira é eliminado pelo campeão olímpico e acaba em quinto

O atirador português Joaquim Videira, vice-campeão mundial há dois anos, terminou hoje no quinto lugar na competição de espada masculina dos Mundiais de Esgrima, que decorrem na cidade turca de Antália.
Joaquim Videira acabou eliminado dos quartos-de-final pelo actual campeão olímpico da especialidade, o Italiano Matteo Tagliarol, por 15-13, alcançando, mesmo assim, o segundo melhor resultado de sempre da esgrima portuguesa.
"É um resultado fantástico. Depois do quadro de 16, tudo era possível e com sorte poderia ter chegado às medalhas. Teve azar em apanhar pela frente o campeão olímpico, que é um atirador poderosíssimo. O quinto lugar prova que o segundo posto em 2006 não foi por acaso", destacou à agência Lusa o presidente da Federação Portuguesa de Esgrima, Frederico Valarinho.

(Fonte: Visão/Lusa)

02 outubro 2009

Ancara pede adesão à UE "o mais rápido possível"

O comissário europeu para o Alargamento assegurou hoje "não haver datas" para a adesão da Turquia, depois do ministro turco dos Negócios Estrangeiros ter advogado a entrada de Ancara "quanto antes". O ministro Ahmet Davutoğlu avisou que "2015 seria demasiado tarde".
Numa conferência de imprensa conjunta, na sede da Comissão Europeia (CE), o comissário Olli Rehn aconselhou a Turquia a resolver as suas carências em matérias como o respeito dos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa para continuar o seu caminho rumo à adesão.
Antes, Davutoğlu manifestara descontentamento pela desaceleração das negociações, abertas em 2005, e defendera a entrada da Turquia na UE "o mais rápido possível".
"Mesmo 2015 seria demasiado tarde, não só para nós, como para a União Europeia (UE)", realçou.
Questionado sobre estas declarações, o comissário para o Alargamento lembrou que "não há datas para o acesso de nenhum país", já que não é possível saber antecipadamente quando é que um candidato vai cumprir as condições para harmonizar a sua legislação ao acervo comunitário.
Além disso, tanto a França como a Alemanha advogaram conjuntamente um estatuto especial para Ancara que não inclua a integração plena.
Outro dos obstáculos com que se depara a Turquia tem a ver com o seu contencioso territorial com um dos parceiros comunitários, Chipre, impedido de aceder aos portos e aeroportos turcos.
Em Paris, entre 200 e 250 membros da diáspora arménia atrasaram hoje a cerimónia de deposição de uma coroa de flores pelo presidente arménio, Serge Sarkissian, em protesto contra a aproximação em curso entre Erevan e Ancara.
Precisamente hoje, o outro candidato a entrar na UE desde 2005, a Croácia, retomou as negociações de adesão, depois de quase um ano de paralisação devido ao conflito fronteiriço com a vizinha Eslovénia.
(Fonte: Lusa/Diário de Notícias)

Turquia recusa abrir portos e aeroportos a Cipriotas gregos

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros recusou hoje abrir os portos e os aeroportos aos Cipriotas gregos, apesar de um ultimato europeu, e expressou impaciência perante a lentidão das negociações sobre a adesão da Turquia à União Europeia.
Ahmet Davutoğlu, que falava em Bruxelas, onde decorrem consultas diplomáticas sobre a adesão da Turquia à UE, faz depender a abertura dos portos e aeroportos turcos de um acordo nas negociações de paz entre as comunidades grega e turca da ilha de Chipre.
"O reconhecimento dos Cipriotas gregos não é possível para nós se a questão do Chipre não estiver resolvida", disse o ministro.
A União Europeia deu a Ancara um prazo até ao fim de 2009 para adoptar todas as medidas necessárias para alargar o acordo aduaneiro UE-Turquia aos Estados membros que entraram na UE em 2004, como o Chipre.
As negociações de adesão da Turquia são difíceis devido ao não reconhecimento por Ancara da República de Chipre, membro da UE.
Oito capítulos do processo de adesão estão congelados desde Dezembro de 2006 devido à recusa da Turquia em autorizar navios e aviões cipriotas a acederem aos portos e aeroportos turcos.
A Comissão Europeia deverá divulgar a 14 de Outubro um relatório muito aguardado sobre a Turquia, que avaliará os esforços de Ancara.

(Fonte: Lusa/Diário de Notícias)

Turquia é tema obrigatório na campanha eleitoral grega

A "questão da Turquia", que gerou algumas posições de consenso entre os principais rivais políticos, constituiu tema obrigatório da campanha eleitoral para as eleições legislativas de Domingo na Grécia.
A dimensão do país vizinho e o problema da imigração, o prolongado contencioso no Mar Egeu e em Chipre ou o processo de adesão turca à União Europeia (UE) voltaram a animar o debate.
Apesar do processo de reaproximação entre Atenas e Ancara, iniciado em finais de 1999 na sequência do terramoto que atingiu a capital turca, permanecem pontos de tensão que voltaram a emergir durante a campanha.
Em 14 de Setembro, um helicóptero da Lituânia que sobrevoava o Mar Egeu recebeu uma mensagem rádio de um radar turco, que pedia para se retirar da "zona aérea turca". Os pilotos, envolvidos no programa de coordenação operacional das fronteiras externas da UE (FRONTEX), ignoraram a mensagem. Um comunicado oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros grego informou depois que o aparelho tinha localizado um barco que transportava imigrantes ilegais para a ilha grega de Farmakonisi, enquanto um navio-patrulha turco era detectado na área, em águas territoriais gregas.
Terá sido a sexta vez que a Turquia emite sinais de emergência por radar dirigidos a aparelhos que sobrevoam o Mar Egeu. E as acusações sobre frequentes violações do espaço aéreo grego, a intercepção de aviões de combate gregos por caças turcos ou as acusações de "cumplicidade" no tráfico clandestino de imigrantes implicaram, nos últimos meses, novo aumento da tensão entre Atenas e Ancara.
Esta "guerra de nervos" não tem contudo impedido o prosseguimento do diálogo bilateral. No decurso da campanha para as eleições do próximo Domingo, o líder conservador da Nova Democracia (ND) e primeiro-ministro, Costas Karamanlis, manifestou o apoio da Grécia à "orientação europeia da Turquia", numa referência ao complexo processo de negociações de adesão de Ancara à UE, iniciado oficialmente em Outubro de 2005.
Sublinhou ainda que a Turquia "deve honrar os seus compromissos" e alertou que "o ponto-chave para o prosseguimento das negociações está em Dezembro próximo", numa referência ao aguardado relatório da União sobre o estado das conversações de adesão.
O governo grego tem exigido à Turquia o respeito pelo acordo de 2001 sobre o repatriamento de imigrantes clandestinos, a aplicação do acordo europeu sobre imigração e asilo e o fim da protecção aos traficantes ilegais.
Já o líder socialista do PASOK, George Papandreou, apontado pelas sondagens como o futuro primeiro-ministro, criticou a política externa do país face à Turquia, numa referência ao contencioso fronteiriço no Mar Egeu, a violação do espaço aéreo do país ou a questão cipriota.
Contudo, o antigo ministro grego dos Negócios Estrangeiros, cargo que exerceu durante dez anos no último executivo dos socialistas, assegurou que em caso de vitória do PASOK "o governo não acenará com o seu direito de veto face à marcha europeia da Turquia".
Restam no entanto questões decisivas por solucionar, desde o eterno diferendo em torno da plataforma continental no Mar Egeu, do espaço aéreo grego, do estatuto militar das ilhas do Leste do Egeu, que necessitam de um regulamento legal e definitivo, até ao problema de Chipre. Que também envolve os dois vizinhos rivais.

(Fonte: Diário de Notícias)

01 outubro 2009

Strauss-Khan alvo de sapato turco




Um estudante universitário turco tentou atingir o presidente do FMI com um sapato, mas errou o alvo. Ao mesmo tempo, um grupo de alunos tentava desenrolar uma faixa com críticas ao partido actualmente no poder na Turquia (AKP).

(Fonte: RTP)

Estudante turco atirou sapatilha contra director-geral do FMI

Um estudante turco atirou esta manhã uma sapatilha contra Dominique Strauss-Kahn, director-geral do FMI, sem o atingir.
O responsável francês terminava uma palestra numa universidade de Istambul, onde se encontra para as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, quando um jovem desceu a correr o auditório, gritando “FMI vai-te embora da Turquia”, relata a AFP. O estudante teve tempo para lançar uma das suas sapatilhas contra Strauss-Kahn, antes de ser dominado por vários agentes de segurança, que o levaram de imediato para o exterior.
A sapatilha aterrou a um metro do director-geral do FMI que, de microfone na mão, tentava manter o sorriso.
Segundo as televisões turcas, o jovem chama-se Selçuk Özbek e é um estudante da universidade pública de Eskişehir, no noroeste do país.
O rapaz estava acompanhado por uma dezena de estudantes filiados no Partido Comunista turco (TKP) que foram também levados para fora da sala quando tentaram desenrolar uma faixa com inscrições contra o FMI e o AKP, o partido islamita no poder.
O governo de Recep Erdoğan está actualmente a negociar com a instituição internacional um novo empréstimo, semelhante ao que em 2005 permitiu ao país evitar o colapso do seu sistema financeiro, fragilizado por uma crise que se arrasta desde o início da década.
Já depois do final da sessão, a porta-voz de Strauss-Kahn garantiu que o dirigente até ironizou o incidente, dizendo que “os estudantes foram pelo menos bem-educados ao esperar pelo final da sessão”.

(Fonte: Público)