04 junho 2009

PPM quer Turquia na UE

O cabeça-de-lista do Partido Popular Monárquico (PPM) às eleições europeias, Frederico Carvalho, visitou hoje a mesquita central de Lisboa, onde defendeu a integração da Turquia na União Europeia, pois “não há que ter medo do Islão”.

Durante esta iniciativa, o candidato do PPM avançou com uma proposta para um futuro governo, com figuras do PSD, CDS-PP e PPM.

“Eu não punha de parte o Paulo Rangel (PSD) como primeiro-ministro, o Nuno Melo (CDS-PP) como ministro dos Negócios Estrangeiros e alguém do PPM como ministro do Ambiente”, rematou o candidato, expectante em relação ao sufrágio de Domingo.

Com a visita à mesquita central de Lisboa, uma iniciativa subordinada ao tema “Quem tem medo do Islão?”, o candidato pretendeu demonstrar que “não há que ter medo do Islão”, quando se fala na integração da Turquia na UE.

“Ser português é respeitar e integrar as diferentes culturas religiosas”, afirmou, acrescentando que “o desconhecimento é que leva ao medo”.

A visita à mesquita realizou-se, “infelizmente” para o candidato, no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República arquivou o caso dos voos da CIA, nos quais alegadamente muçulmanos foram transportados “ilegalmente” para uma base de Guantánamo.

“É uma pena que Portugal, os políticos e a justiça portuguesa ainda não tenham aprendido que, para mantermos a nossa própria soberania, não precisamos de alinhar constantemente com os Estados Unidos”, afirmou Frederico Carvalho, considerando que isto só nos afasta do mundo árabe e muçulmano.

Após a visita guiada pelo actual imã da mesquita central de Lisboa, Sheik David Munir, o candidato subscreveu a sua mensagem de “respeito mútuo”, de que “podemos todos viver no mesmo mundo e compartilhar as mesmas ideias, respeitando a crença e os rituais de cada um”.

Frederico Carvalho revelou ainda que nesta segunda semana de campanha houve mais experiências “positivas” do que na primeira, lamentando o facto de não ter as “mesmas oportunidades” que tiveram os “grandes partidos” de passar a mensagem do PPM, “mais positiva e de responsabilidade”.

(Fonte: Público)

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