22 maio 2009

Petrobras vai explorar águas turcas

Na presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Abudullah Gül, a Petrobras assinou acordo com a estatal turca Turkish Petroleum Corporation (TPAO), ratificando o contrato para cessão da sonda Leiv Eiriksson, que vai operar no Mar Negro, local pouco explorado, considerado como a última fronteira do petróleo no mundo. O contrato havia sido originalmente assinado no fim de Abril entre a estatal e a Petrobras Oil & Gas.
Esses investimentos estão contemplados no planeamento estratégico da companhia, que prevê investimentos de US$ 15,9 bilhões no segmento internacional nos próximos cinco anos.
As negociações começaram em 2006 e já consumiram US$ 130 milhões no estudos de dois blocos. Mais US$ 630 milhões serão gastos no aluguer por três anos da sonda norueguesa Leiv Eiriksson, que deve chegar em Dezembro e ser cedida por seis meses à TPAO, que pagará um sexto do valor. Até ao fim do próximo ano, devem ser gastos mais US$ 250 milhões, o que eleva o orçamento do projecto ao patamar de US$ 1 bilhão de dólares.
A estatal turca poderá fazer uso do equipamento para perfuração de um dos poços da Petrobras no Mar Negro, com a possibilidade de extensão para poços adicionais, após a perfuração do poço Sinop, do qual a Petrobras é operadora. A previsão é de que as operações de perfuração sejam iniciadas no primeiro trimestre de 2010.
A opção dos Turcos pela Petrobras deve-se à tecnologia da empresa brasileira na exploração em águas profundas. A estimativa é de que o petróleo esteja a cerca de 1000 metros de profundidade e a 230 kms da costa.
Em entrevista no Palácio Presidencial, Lula disse que a necessidade de investir na camada pré-sal no Brasil não é motivo para a Petrobras deixar de buscar parcerias a fim de prospectar petróleo em outras regiões do mundo. "Estamos avançando porque nosso investimento em pesquisa passou de US$ 500 milhões para US$ 2 bilhões", disse, observando que a existência de petróleo no pré-sal é mais um motivo para os investimentos em outras regiões continuarem. O presidente ainda destacou que, se houver possibilidade do país se associar com outras empresas pelo mundo, isso será feito. "Queremos ser a primeira de petróleo. Ficamos muito tempo sem fazer investimento", afirmou.

(Fonte: Monitor Mercantil)

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